Blog “Testemunhas de
Jeová”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.
Disponível em http://www.alazegabriel.blogspot.com.br
CRONOLOGIA
DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
A palavra portuguesa cronologia é uma
derivação do termo grego khronología (de khrónos, tempo, e légo,
dizer ou contar), isto é, "o cálculo do tempo". A cronologia
torna possível situar os eventos na sua sequência ou associação ordeira, e
atribuir datas correctas a eventos específicos. As Testemunhas de Jeová sempre se interessaram
pela cronologia dos eventos históricos relatados na Bíblia,
especialmente quando tal estudo lhes fornece mais pistas sobre o cumprimento
das ansiadas profecias do fim do sistema de coisas e da
implantação do Reino de Deus na Terra.
DATAÇÃO DAS ERAS
Para a contagem de períodos longos, usualmente
recorre-se à fixação de determinadas "eras", usando um acontecimento
notável como ponto inicial, a partir do qual medem períodos de muitos anos.
Assim, nas nações influenciadas pela cultura do cristianismo, quando alguém
refere o dia 8 de Setembro de 2006, está a referir-se ao oitavo dia do
nono mês do ano dois mil e seis, contado a partir do que alguns crêem ter sido
o ano do nascimento de Jesus. Segundo a cronologia usada pelas Testemunhas de
Jeová, e inclusivamente pela maioria dos historiadores actuais, Jesus Cristo
não nasceu no ano 1 d.C. mas sim algum tempo antes disso. Para as Testemunhas,
Jesus nasceu no Outono do ano 2 a.C. (ano dois antes de Cristo) o que conduz à
contradição absurda de dizer que Jesus nasceu antes dele mesmo. Assim, para
evitar essa discrepância, as Testemunhas costumam usar a expressão EC (Era Comum) para
substituir o usual d.C. ou AD
(Anno
Domini ou ano do Senhor). Por contrapartida, AEC designa o período
Antes da Era Comum.
Porém, em sua maioria os historiadores apóiam e
fundamentam o ano acerca do nascimento de Jesus Cristo como certa e real
embasada nos historiadores da época, pois era de conhecimento de todos cristãos
da época que Jesus morreu com trinta e três anos e o ano de sua crucificação
era documentada, sendo assim, o ano 1 d.C seria trinta e três anos antes de sua
crucificação, qualquer outra conclusão remove a verdade sobre a idade de Jesus
ou a capacidade analítica dos historiadores da época, sabe-se que o mês de
nascimento pode sim estar equivocada e foi anunciada como dezembro, como
necessidade da difícil adaptação das festas pagãs ao novo calendário cristão
estabelecido durante o Reinado de Constantino, sabe-se que 25 de dezembro era a
data da celebração ao nascimento do deus-Sol e a retirada das comemorações
inevitavelmente levantaria uma revolta popular contra seu reinado e devido a
isto implantou o nascimento de Jesus para ser comemorada em tal data, porém é
afinidade comum aos historiadores mundiais que o nascimento ocorreu
provavelmente entre os meses de julho e setembro.
DATAS FUNDAMENTAIS
Para as Testemunhas de Jeová, uma data fundamental
é uma ano calendar na história que tem base de aceitação nos meios seculares,
académicos e históricos, e corresponde a um evento específico relatado na Bíblia. Para
elas, essas datas na corrente do tempo têm um significado especial porque
servem de ponto de partida para a contagem de períodos que consideram
importantes. Uma vez estabelecida esta data fundamental, os cálculos para
frente ou para trás a partir dessa data são feitos com base nos relatos da
própria Bíblia, que as Testemunhas consideram totalmente fidedigna, como a
declarada duração da vida de pessoas ou a dos reinados dos reis. Assim,
partindo de um ponto fixo, usam a cronologia interna da própria Bíblia para
datar muitos dos relatados eventos bíblicos.
DATA FUNDAMENTAL PARA AS
ESCRITURAS HEBRAICAS
Para a cronologia das Escrituras Hebraicas,
popularmente conhecidas como Velho
Testamento, um evento destacado relatado tanto na Bíblia como na História é
a conquista da cidade de Babilónia pelos medos e persas sob o comando de Ciro. Diversas fontes
históricas (incluindo Deodoro, Africano, Eusébio, Ptolomeu e as tabuinhas babilônicas) confirmam 539 AEC como
o ano da queda de Babilónia diante de Ciro. A Crónica de Nabonido refere o mês e o dia da
queda da cidade, sem mencionar o ano. Os historiadores estabeleceram a data da
queda de Babilónia em 11 de Outubro de 539 AEC, segundo o calendário juliano, ou 5 de Outubro no calendário gregoriano.
Após a conquista e durante o seu primeiro ano de
domínio sobre a vencida Babilónia, Ciro emitiu o seu famoso decreto que
autorizava os judeus
a retornar a Jerusalém. Em vista do relato da Bíblia, o decreto foi
promulgado provavelmente em fins de 538 AEC ou perto da primavera de 537 AEC.
Isto daria ampla oportunidade para os judeus se restabelecerem na sua terra e
ir a Jerusalém para restaurar a adoração de Jeová no "sétimo mês", tisri no calendário judaico, ou por volta de 1 de Outubro
de 537 AEC (Esdras 1:1-4; 3:1-6).
539 AEC
Os historiadores sustentam que Babilónia
caiu diante do exército de Ciro em Outubro de 539 AEC. O rei era então Nabonido, mas,
segundo mencionado na Bíblia, o seu filho Belsazar era
co-regente do império. Alguns eruditos elaboraram uma lista de reis
neo-babilónicos e da duração de seus reinados, remontando desde o último ano de
Nabonido até ao pai de Nabucodonosor, Nabopolassar.vitina
De acordo com essa cronologia neo-babilónica, o
príncipe herdeiro, Nabucodonosor, derrotou os egípcios na batalha de Carquemis, em
605 AEC. Depois de Nabopolassar falecer, Nabucodonosor voltou a Babilônia para
ascender ao trono. Seu primeiro ano de reinado iniciou-se na primavera
seguinte, do ano 604 AEC.
A Bíblia relata que os babilónios sob o comando de
Nabucodonosor destruíram Jerusalém no seu décimo oitavo ano de reinado (décimo nono
quando se inclui o ano de ascensão). Assim, caso se aceite esta cronologia
neo-babilônica, então a conquista de Jerusalém ocorreu no ano 587 a 586 AEC.
Algumas evidências principais desta cronologia são:
·
O Cânon de Ptolomeu
Cláudio Ptolomeu era um astrónomo grego, que viveu
no Século II EC. O seu Cânon, ou lista de reis, relacionava-se com uma obra
sobre astronomia, produzida por ele. A maioria dos historiadores modernos
aceita a informação de Ptolomeu sobre os reis neo-babilónicos e a duração de
seus reinados (embora Ptolomeu omita o reinado de Labashi-Marduque).
Parece que Ptolomeu baseou a sua informação histórica em fontes que datavam do
período selêucida, o qual começou mais de 250 anos depois de Ciro ter capturado
Babilónia. Portanto, não surpreende que as cifras de Ptolomeu concordem com as
de Beroso,
sacerdote babilónico do período selêucida.
·
Estela de Nabonido, de Harã
Esta estela ou coluna contemporânea com uma
inscrição foi descoberta em 1956. Menciona os reinados dos reis neo-babilónicos
Nabucodonosor, Evil-Merodaque e Neriglissar.
As cifras para estes três concordam com as do Cânon de Ptolomeu.
·
VAT 4956
Trata-se duma tabuinha cuneiforme que fornece
informações astronómicas datando até 568 AEC. Diz que as observações eram desde
o trigésimo sétimo ano de Nabucodonosor. Isto corresponderia à cronologia que
coloca o seu décimo oitavo ano de reinado em 587 a 586 AEC. Todavia, essa
tabuinha é admitidamente uma cópia feita Século III AEC, de modo que é possível
que sua informação histórica seja simplesmente a que era aceita no período
selêucida.
·
Tabuinhas comerciais:
Milhares de tabuinhas cuneiformes, neo-babilónicas,
contemporâneas, foram encontradas com simples registos de transacções
comerciais, mencionando o ano do rei babilónico em que ocorreu a respectiva
transacção. Tabuinhas desta espécie foram encontradas para todos os anos de
reinado dos reis neo-babilónicos conhecidos na cronologia aceita do período.
Do ponto de vista histórico secular, essas
evidências parecem confirmar a cronologia neo-babilónica que fixa o décimo
oitavo ano de Nabucodonosor (e a destruição de Jerusalém) em 587 a 586 AEC. No
entanto, segundo a perspectiva das Testemunhas, pode existir a possibilidade de
que o actual quadro da história babilónica pode ser enganoso ou errado. Por
exemplo, é bem reconhecido que muitos sacerdotes e reis do passado às vezes
alteravam os registos para os seus próprios objectivos. Ou mesmo quando a
evidência descoberta é exacta, ainda poderão ocorrer erros de interpretação
pelos eruditos modernos ou esta estar incompleta. Também, já ocorreu várias
vezes que novos achados arqueológicos alteraram drasticamente a cronologia de
um determinado período.
Evidentemente por reconhecer tais fatos, o Professor
Edward F. Campbell Jr. apresentou uma tabela que inclui cronologia
neo-babilónica, mas incluiu a ressalva:
"Nem se precisa dizer que estas listas são
provisórias. Quanto mais se estuda a complexidade dos problemas cronológicos no
antigo Oriente Próximo, tanto menos se está inclinado a pensar numa
apresentação como sendo definitiva. Por este motivo, o termo circa [cerca de]
poderia ser usado ainda mais liberalmente do que é." — The Bible and the Ancient
Near East (edição 1965), pág. 281.
As Testemunhas de Jeová, que acreditam na Bíblia
como sendo a Palavra inspirada de Deus, consideram que ela pode ser usada como
medida na avaliação da história e dos conceitos seculares. Assim, colocam a
autoridade dela acima das opiniões de historiadores seculares, que estão
sujeitos a mudanças. Devido a isso, segundo a sua interpretação das escrituras,
as Testemunhas datam a destruição de Jerusalém cerca de vinte anos mais cedo,
ou seja, em 607 AEC.
Essa interpretação é essencialmente baseada nas
palavras do profeta Jeremias que predisse que os babilónios destruiriam
Jerusalém, e transformariam a cidade e o país numa desolação. (Jeremias 25:8,
9). Em seguida o profeta acrescentou:
·
Jeremias 25:11
"E toda esta terra terá de tornar-se um lugar
devastado, um assombro, e estas nações terão de servir ao Rei de Babilônia por
setenta anos." (NM Tradução do Novo
Mundo)
Segundo esta perspectiva, os 70 anos referidos na
profecia expiraram quando Ciro, o Grande, no seu primeiro ano, libertou os
judeus e estes voltaram à sua pátria. As Testemunhas de Jeová acreditam que a
leitura mais directa de Jeremias 25:11 e de outros textos é que os 70 anos
contam desde quando os babilónios destruíram Jerusalém e deixaram a terra de
Judá desolada.
Os que se baseiam principalmente na informação
secular quanto à cronologia daquele período reconhecem que se Jerusalém tivesse
sido destruída em 587 ou 586 AEC, certamente não se teriam passado 70 anos até
Babilónia ser conquistada e Ciro deixar os judeus voltar à sua pátria. Na
tentativa de harmonizar estas questões, afirmam que a profecia de Jeremias
começou a cumprir-se em 605 AEC. Escritores posteriores citam Beroso como dizendo
que Nabucodonosor, após a batalha de Carquemis, estendeu a influência
babilónica sobre toda a Síria e Palestina, e que, quando voltou a Babilónia (no
seu ano de ascensão, em 605 AEC), levou cativos judaicos ao exílio. Assim
calculam os 70 anos como período de servidão a Babilónia, começando em 605 AEC.
Isto significaria que o período de 70 anos expiraria em 535 AEC.
No entanto, as Testemunhas contrapõem que esta
interpretação apresenta vários problemas. Embora Beroso afirme que
Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu ano de ascensão, não há nenhum
documento cuneiforme que confirme isso. O que é ainda mais significativo,
Jeremias 52:28-30 relata cuidadosamente que Nabucodonosor levou cativos
judaicos no seu sétimo ano, no seu décimo oitavo ano e no seu vigésimo terceiro
ano, mas não no seu ano de ascensão. Também, o historiador judaico Josefo declara
que, no ano da batalha de Carquemis, Nabucodonosor conquistou toda a
Siria-Palestina, "excepto a Judéia" (Antiquities of the
Jews X, vi, 1), contradizendo Beroso e entrando em conflito com a afirmação
de que os 70 anos de servidão judaica começaram no ano de ascensão de
Nabucodonosor.
Além disso, em outro lugar, Josefo descreve a
destruição de Jerusalém pelos babilónios e escreve então que "toda a
Judéia e Jerusalém, e o templo, continuaram a ser um deserto por setenta
anos" (Antiquities of the Jews X, ix, 7). Declarou especificamente
que "a nossa cidade ficou desolada durante o intervalo de setenta anos,
até os dias de Ciro" (Against Apion I, 19).
O escritor Teófilo de Antioquia, do Século II EC,
também mostra que os 70 anos começaram com a destruição do templo, após o
reinado de onze anos de Zedequias.
Estas últimas perspectivas concordam com os
seguintes versículos bíblicos:
·
2 Crónicas 36:21
"Além disso, ele levou cativos a Babilônia os
que foram deixados pela espada, e eles vieram a ser servos dele e dos seus
filhos até o começo do reinado da realeza da Pérsia; para se cumprir a palavra
de Jeová pela boca de Jeremias, até que a terra tivesse saldado os seus
sábados. Todos os dias em que jazia desolada, guardava o sábado, para cumprir
setenta anos." (NM)
·
Daniel 9:2
"No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel,
compreendi pelos livros o número de anos a respeito dos quais viera a haver a
palavra de Jeová para Jeremias, o profeta, para se cumprirem as devastações de
Jerusalém, a saber, setenta anos." (NM)
As Testemunhas apresentam ainda argumentos
adicionais, usando a própria Bíblia, contra a alegação de que os 70 anos
começaram em 605 AEC e que Jerusalém foi destruída em 587 ou 586 AEC. Caso se
contasse a partir de 605 AEC, os 70 anos chegariam a 535 AEC. Mas, o escritor
bíblico Esdras
relatou que os 70 anos se estenderam até o "primeiro ano de Ciro, Rei
da Pérsia", tendo sido este monarca a emitir o decreto que permitiu
aos judeus voltar à sua pátria. (Esdras 1:1-4; 2 Crónicas 36:21-23) Os
historiadores aceitam que Ciro conquistou Babilónia em Outubro de 539 AEC e que
o primeiro ano de reinado de Ciro começou na primavera (do hemisfério norte) de
538 AEC. Se o decreto de Ciro foi emitido mais para o final do primeiro ano de
reinado, os judeus não teriam tido dificuldade em ter chegado à sua pátria por
volta do "sétimo mês", tisri, conforme Esdras 3:1. Isto seria em Outubro de 537 AEC.
As Testemunhas referem que não há forma razoável de
esticar o primeiro ano de Ciro de 538 até 535 AEC. Alguns tentaram eliminar o
problema alegando que Esdras e Daniel, ao falarem do "primeiro ano de Ciro",
estariam a usar algum conceito judaico peculiar, talvez diferente da contagem
oficial do reinado de Ciro. Mas, para as Testemunhas isto não pode ser
sustentado, porque tanto um governador não-judaico como um documento dos
arquivos persas concordam em que o decreto foi emitido no primeiro ano de Ciro,
tal como os escritores bíblicos o relatam (Esdras 5:6, 13; 6:1-3; Daniel 1:21;
9:1-3).
Argumentam que Daniel teria confiado que os 70 anos
não fossem simplesmente um número redondo mas uma cifra exacta visto que,
conforme referido em Daniel 9:1, 2, o escritor bíblico refere a seguinte
profecia de Jeremias:
·
Jeremias 29:10
"Assim disse Jeová: De acordo com o
cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e
vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este
lugar." (NM)
Afirmando seguir a mesma confiança que atribuem a
Daniel, as Testemunhas estão dispostas a aceitar antes as evidências contidas
na Bíblia do que seguir uma cronologia que se baseia primariamente em opiniões
de historiadores e que discorda das Escrituras. Para elas, o entendimento mais
fácil e directo das diversas declarações bíblicas é que os 70 anos começaram
com a desolação completa de Judá, depois de Jerusalém ter sido destruída.
Assim, contando para trás 70 anos a partir de quando os judeus voltaram à sua
pátria em 537 AEC, chegam a 607 AEC como a data em que Nabucodonosor, no seu
décimo oitavo ano de reinado, destruiu Jerusalém, tirou Zedequias do trono e
terminou com a linhagem de reis judeus no trono em Jerusalém terrestre.
Jeremias 29:10
No versículo bíblico acima referido, Jeremias
declara:
·
Jeremias
29:10
"Assim disse Jeová: De acordo com o
cumprimento de setenta anos em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e
vou confirmar para convosco a minha boa palavra por trazer-vos de volta a este
lugar." (NM)
Alguns críticos mencionam que a Tradução do Novo Mundo
das Escrituras Sagradas é a única tradução bíblica que verte a expressão
"em Babilónia", ao invés de "para Babilónia", como alegam
estar declarado no Texto Massorético. Por sua vez, as Testemunhas apresentam
várias traduções para que se possa efectuar a necessária comparação:
"Porque assim disse Iahweh: Quando se
completarem, para Babilônia, setenta anos eu vos visitarei e realizarei a minha
promessa de vos fazer retornar a este lugar."
"Porque assim diz o Senhor: Certamente que
passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a
minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar."
"Assim diz o SENHOR: Logo que se cumprirem
para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para
convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar."
·
Almeida - Versão
Revista e Corrigida, edição de 1967
"Porque, assim diz o Senhor: Certamente que
passados setenta anos, em Babilónia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a
minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar."
"Assim diz Javé: Quando se completarem setenta
anos na Babilônia, eu olharei para vocês e cumprirei minhas promessas,
trazendo-os de volta para este lugar."
"Eis o que diz o Senhor: Quando setenta anos
tiverem decorrido para Babilônia, eu vos visitarei a fim de realizar a promessa
que vos fiz de aqui vos reconduzir."
"O SENHOR Deus diz ainda: Quando os setenta
anos da Babilônia passarem, eu mostrarei que me interesso por vocês e cumprirei
a minha promessa de trazê-los de volta à pátria."
·
Bíblia Sagrada Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos
Capuchinhos, edição
de 2002
"Isto diz o SENHOR: Quando se cumprirem os
setenta anos na Babilónia, Eu vos visitarei, a fim de realizar a promessa que
fiz de vos trazer de novo a este lugar."
·
Padre António Pereira de Figueiredo, edição de 1900
"Porque isto diz o Senhor: Quando se começarem
a cumprir os setenta annos em Babylonia, eu vos visitarei, e renovarei a minha
palavra favoravel sobre vós para vos fazer voltar a este logar."
Parece assim claro que alguns tradutores tomaram a
mesma opção que a Comissão da Tradução do Novo Mundo quanto a este versículo em
particular.
DATA FUNDAMENTAL PARA AS
ESCRITURAS GREGAS
Pela perspectiva das Testemunhas, determina-se uma
data fundamental para as Escrituras Gregas Cristãs usando o ano de sucessão do
Imperador Augusto
por Tibério César.
14 EC
Augusto morreu a 17 de Agosto de 14 EC e Tibério
foi nomeado imperador pelo Senado Romano em 15 de setembro de 14 EC. As
Testemunhas usam as declarações de Lucas para fixar os eventos nos Evangelhos:
·
Lucas
3:1-3
"No décimo quinto ano do reinado de Tibério
César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judéia e Herodes era governante
distrital da Galiléia, mas Filipe, seu irmão, era governante distrital do país
da Ituréia e de Traconítis, e Lisânias era governante distrital de Abilene, nos
dias do principal sacerdote Anás e de Caifás, veio a declaração de Deus a João,
filho de Zacarias, no ermo. Ele percorreu assim toda a região em volta do Jordão,
pregando o batismo em símbolo de arrependimento para o perdão de pecados." (NM)
Segundo as palavras de Lucas, João
Batista começou o seu ministério no décimo quinto ano do reinado de
Tibério. Se os anos foram contados a partir da morte de Augusto, o décimo
quinto ano estendeu-se de Agosto de 28 EC a Agosto de 29 EC. Se foram contados
a partir de quando Tibério foi nomeado imperador pelo Senado, o ano transcorreu
a partir de Setembro de 28 EC até Setembro de 29 EC. Logo após isso, Jesus, que era uns
seis meses mais novo do que João, apresentou-se para ser batizado, quando
"tinha cerca de trinta anos" (Lucas 3:2, 21-23; 1:34-38). Assim,
segundo as Testemunhas de Jeová, Jesus foi batizado e começou o seu ministério
por volta dos últimos meses de 29 EC. Visto que morreu na primavera, o seu
ministério de três anos e meio deve ter começado perto do outono de 29 EC.
Usando este raciocínio, Jesus teria nascido no outono de 2 AEC, visto que Lucas
3:23 mostra que Jesus tinha cerca de 30 anos quando começou o seu serviço.
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