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COMEMORAÇÃO DA MORTE DE CRISTO
Comemoração
da Morte de Cristo, Refeição Noturna do Senhor, Ceia do
Senhor ou simplesmente Memorial são termos usados pelas Testemunhas de Jeová para se referirem àquela
que consideram ser a mais importante celebração do ano, a única cujo
aniversário se sentem na obrigação religiosa de comemorar. Trata-se de uma
celebração em memória da morte de Jesus
Cristo, que aceitam como o Filho de Deus. Outras denominações cristãs
costumam referir-se a esta celebração pelo termo Eucaristia,
no entanto, a cerimónia assume contornos bastante diferentes entre as
Testemunhas.
OBJETIVO
A Comemoração da Morte de
Cristo visa essencialmente recordar o que as Testemunhas consideram ser os
maiores actos de amor jamais realizados, a saber, a entrega voluntária da vida
de Jesus, em sacrifício, para redenção da humanidade e, acima de tudo, a dádiva
do Pai, Jeová Deus, ao enviar o Seu Filho à Terra para esse propósito, conforme
entendem de versículos tais como:
·
João 3:16
"Porque
Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo
aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna." (Tradução do Novo Mundo)
·
Mateus 20:28
"Assim
como o Filho do homem não veio para que se lhe ministrasse, mas para ministrar
e dar a sua alma como resgate em troca de muitos." (TNM)
As Testemunhas entendem ainda
que a Comemoração destaca a vida íntegra de Jesus, em defesa da Soberania
Universal de Jeová, tendo sido ele recompensado com a ressurreição para uma
vida imortal e gloriosa nos céus, aguardando à direita do Pai o momento de assumir o reinado sobre a Terra.
UTILIZAÇÃO DO TERMO COMEMORAÇÃO
Para alguns, o termo
"comemoração" traz à ideia uma festa efusiva de diversão. No entanto,
segundo a 7ª edição do dicionário Porto Editora, editado em Portugal, a palavra
"comemorar" significa:
"fazer
recordar, trazer à memória, solenizar para recordar; lembrar. (do latim commemorare, 'lembrar')"
Assim, o termo usado pelas
Testemunhas visa "trazer à memória" e recordar solenemente o que
consideram ter sido o mais nobre dos actos, a oferta voluntária da vida de
Jesus Cristo. Tal como muitos países e instituições comemoram os aniversários
do nascimento ou morte dos seus maiores heróis ou figuras de destaque, as
Testemunhas consideram especialmente importante comemorar solenemente a morte
daquele a quem consideram ser o Salvador da Humanidade. Encaram esta
comemoração ou celebração, não como um momento de diversão banal mas, antes,
como uma cerimónia solene, que convida à meditação e reflexão. Apesar do
respeito e reverência com que encaram a ocasião, sentem-se particularmente
felizes e alegres em estar presentes, visto que a morte e ressurreição de Jesus
confere-lhes a esperança de um futuro brilhante, durante uma vida eterna.
INÍCIO DA CELEBRAÇÃO
Visto que crêem na Bíblia, as
Testemunhas remetem para os evangelhos a origem e instituição desta
Comemoração.
Segundo o relato bíblico,
Jesus, como judeu que era, celebrava anualmente a Páscoa judaica.
Esta cerimónia recordava os acontecimentos da noite de 14 do mês de Nisã, ocorridos
mais de quinze séculos antes, quando os hebreus então cativos no Egipto foram
libertos sob a liderança de Moisés. Nessa noite, todos os israelitas foram
instruídos a abaterem um cordeiro que deveria ser o alimento de cada família e
cujo sangue deveria ser usado para marcar as ombreiras das portas. Esta marca
livraria as casas assinaladas da morte de cada primogénito às mãos de um anjo
executor que as passaria por alto. A própria palavra Páscoa deriva-se do antigo
vocábulo hebraico pésach, ou "passar por alto" [em inglês, passover].
A morte dos primogénitos entre os egípcios, ou seja, a décima praga, acabou por
levar o Faraó a deixar partir os cativos. Segundo as instruções divinas, esta
libertação deveria ser comemorada por repetir a refeição daquela noite. Assim,
por muitos séculos, a cada dia 14 de Nisã, pouco depois do pôr do sol (início
do dia entre os judeus) os judeus tomavam esta refeição pascal e relembravam a
libertação da escravidão no Egipto. Visto que, tanto Jesus como os seus doze
apóstolos eram judeus, eles se reuniram para a Páscoa anual, refeição altamente
simbólica. Era constituída por cordeiro assado, pão não fermentado (para
recordar o precipitado êxodo ou fuga dos israelitas que não permitiu sequer que
o pão levedasse) e ervas amargas (para lembrar a dura escravidão). A refeição
era acompanhada de vinho.
Segundo o entendimento das
Testemunhas, no final desta refeição pascal, Jesus mandou embora Judas
Iscariotes, permanecendo na sala com os restantes onze apóstolos. Então,
conforme o relato de Lucas 22:19, 20 (TNM), ele distribuiu
entre eles um pouco do pão não levedado da Páscoa, dizendo:
"Isto
significa meu corpo que há de ser dado em vosso benefício."
A seguir, Jesus fez passar um
copo de vinho, dizendo:
"Este
copo significa o novo pacto em virtude do meu sangue, que há de ser derramado
em vosso benefício."
Ele disse também:
"Persisti
em fazer isso em memória de mim."
Assim, esta última ceia,
tomada talvez por volta das nove ou dez da noite, acabou por ser em antecipação
da sua morte visto que Jesus morreu às três horas da tarde desse mesmo dia (do
ponto de vista do calendário judaico).
O apóstolo Paulo, ao escrever
aos cristãos em Corinto,
descreveu esta cerimónia instituída por Jesus da seguinte forma:
· 1 Coríntios 11:23-26
"Pois eu recebi do Senhor o que também vos transmiti, que o Senhor
Jesus, na noite em que ia ser entregue, tomou um pão, e, depois de ter dado
graças, partiu-o e disse: "Isto significa meu corpo em vosso benefício.
Persisti em fazer isso em memória de mim." Ele fez o mesmo também com
respeito ao copo, depois de tomar a refeição noturna, dizendo: "Este copo
significa o novo pacto em virtude do meu sangue. Persisti em fazer isso, todas
as vezes que o beberdes, em memória de mim." Pois, todas as vezes que
comerdes este pão e beberdes este copo, estais proclamando a morte do Senhor,
até que ele chegue.
Assim, as Testemunhas entendem
que a Comemoração da Morte de Cristo substituiu a celebração da Páscoa,
deixando aquela cerimónia de ter qualquer significado para os cristãos. Para os
seus seguidores, Jesus era o próprio cordeiro pascal que nesse mesmo dia seria
sacrificado, e cujo sangue resultaria na libertação ou salvação dos crentes. As
Testemunhas realizam anualmente esta cerimónia, não como um mero ritual
formalístico, mas atribuindo-lhe importância central na sua forma de adoração.
COMO REALIZAM A COMEMORAÇÃO
Memorial
realizado em recinto desportivo com uma assistência de cerca de 800 pessoas,
muito acima da lotação do Salão
do Reino local
Nessa reunião anual, as
Testemunhas de Jeová reúnem-se após o pôr do sol, segundo o horário de cada
região do mundo, no dia do actual calendário que corresponda ao antigo décimo
quarto dia do mês de Nisã. Estas reuniões são realizadas no Salão
do Reino local ou, caso a assistência esperada exceda a sua lotação, em
salas alugadas para o efeito. Não é usada qualquer decoração especial ou
adereços específicos, apesar de, especialmente no caso de salas alugadas, haver
a preocupação de tornar o local digno para o evento. É colocada uma tribuna
para o orador, usualmente com amplificação sonora, e uma mesa que contém os
emblemas da Comemoração, ou seja, o prato com o pão ázimo, ou não levedado, e
uma taça com vinho puro de uva, sem aditivos. Caso a assistência seja numerosa,
o número dos emblemas poderá aumentar para permitir que a passagem entre os
presentes se efectue em cerca de dez minutos.
A reunião dura cerca de uma
hora e é constituída por uma palestra à base da Bíblia onde o orador recorda os
eventos daquela noite de 14 de Nisã de 33 EC, segundo a cronologia das Testemunhas. São
destacados os actos de amor de Jeová e de Jesus e como estes beneficiam a
humanidade escravizada ao pecado. A doutrina do resgate é
considerada com pormenor, apresentando-se argumentos que relacionam o
sacrifício de Jesus Cristo com a salvação da humanidade. Descreve-se também a
crença de que apenas 144.000 pessoas, ungidas ou
escolhidas, serão ressuscitadas para uma vida imortal no céu, junto com Cristo,
com o objectivo de reinarem sobre a Terra. Para os restantes da humanidade, é
apresentada a esperança de uma vida eterna na Terra, sob a liderança desse Reino de Deus.
Perto do final da palestra, é
então iniciada a Comemoração propriamente dita sendo que, após uma oração
proferida por um ancião local, o pão é
passado por todos os presentes na assistência. O mesmo procedimento é
seguidamente efetuado quanto ao vinho.
A reunião começa e termina com
oração e cânticos apropriados à ocasião. Entendem assim repetir algo que o
próprio Cristo fez junto com os apóstolos fiéis, conforme o seguinte relato:
· Mateus 26:30
"Por fim, depois de cantarem louvores, saíram para o Monte das
Oliveiras." (TNM)
O PÃO E O VINHO EMBLEMÁTICOS
O pão
ázimo ou não fermentado e o vinho sem aditivos, representam respetivamente
o corpo imaculado de Cristo e o seu sangue derramado em redenção dos humanos.
São assim símbolos ou emblemas da vida perfeita do Cristo, ou Messias, o Filho
de Deus, que ele entregou voluntariamente. As Testemunhas de Jeová rejeitam a
doutrina da transubstanciação, a crença das grandes
denominações ditas cristãs, segundo a qual após a consagração do pão e do vinho
pelo sacerdote, estes se transformam literalmente na substância do corpo e do
sangue de Cristo. Também rejeitam a doutrina da consubstanciação, a ideia que a sua carne e seu
sangue se combinam com o pão e o vinho.
Para as Testemunhas, o pão e o
vinho usados são meramente ilustrativos ou emblemáticos, ou seja, representam o
corpo e o sangue do Cristo, mas não possuem qualquer poder milagroso ou
similar.
PARTICIPANTES DOS EMBLEMAS
As Testemunhas creem que
apenas os homens e mulheres ungidos com espírito santo, portanto pertencentes à
classe dos 144.000, devem tomar dos emblemas. Baseiam esta
doutrina nos seguintes versículos bíblicos:
· Lucas 22:28-29
"No entanto, vós sois os que ficastes comigo nas minhas provações;
e eu faço convosco um pacto, assim como meu Pai fez comigo
um pacto, para um reino." (TNM)
Estas palavras foram
proferidas por Jesus
aos seus onze apóstolos fiéis. Para as Testemunhas, isto indica que os que
tomam dos emblemáticos pão e vinho entram numa relação pactuada com Jesus, para
reinarem com ele. Segundo elas, o número e a função destes escolhidos são
indicados nos seguintes textos:
· Lucas 12:32
"Não temas, pequeno rebanho, porque vosso Pai aprovou dar-vos o
reino." (TNM)
· Revelação 5:9-10
"Digno és de tomar o rolo e de abrir os seus selos, porque foste
morto e com o teu sangue
compraste pessoas para Deus,
dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação, e fizeste deles um reino e
sacerdotes para o nosso Deus, e hão de reinar sobre a terra." (TNM)
· Revelação 14:1-5
"E eu vi, e eis o Cordeiro em pé no monte
Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que têm o nome dele e o nome
de seu Pai escrito nas suas testas. [...] E ninguém podia aprender esse
cântico, exceto os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
[...] Estes foram comprados dentre a humanidade como primícias para Deus e para
o Cordeiro, e não se achou falsidade na sua boca; não têm mácula." (TNM)
Assim, caso se encontre alguém
na assistência que creia pertencer a este grupo, ou "pequeno rebanho"
conforme a terminologia encontrada em Lucas 12:32 acima transcrito, ele ou ela
comerá parte do pão e beberá um pouco de vinho. Isso indicará aos restantes que
tal pessoa possui uma esperança de reinar com Cristo nos céus. Se existirem na
congregação anciãos que já tomam dos emblemas por vários anos e ainda possuem
capacidade para discursar, geralmente serão os convidados para proferir a
palestra e as orações. No entanto, isso não acontece na vasta maioria das
congregações das Testemunhas, conforme se pode verificar pelo facto de em 2011 terem comparecido
à Comemoração da Morte de Cristo um total de 19.374.737 pessoas sendo que uma
minoria de 11.824 tomaram dos emblemas, ou seja, por volta de de 0,05 por cento
da assistência mundial [1].
As Testemunhas de Jeová que
não possuem esta esperança celestial, ou seja, não consideram fazer parte do
"pequeno rebanho", crêem pertencer a um grupo de "outras
ovelhas", conforme as palavras de Jesus:
· João 10:16
"E tenho outras ovelhas, que não são deste aprisco; a estas também
tenho de trazer, e elas escutarão a minha voz e se tornarão um só rebanho, um
só pastor." (TNM)
Para tais estará reservada a
vida eterna na Terra,
conforme entendem da seguinte promessa bíblica:
· Salmos 37:29
"Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para
todo o sempre." (TNM)
Entendem que, a existir uma
classe de governantes celestiais, deverá existir um grupo muito superior de
súbditos terrestres. Assim, ao passar pela sua frente o pão e o vinho, o acto de não
tomar deles revela esta sua esperança. Apesar de não participarem dos emblemas
durante a Comemoração, estes assistentes consideram ser um privilégio estarem
presentes naquele dia como observadores apreciativos.
PERIODICIDADE E DIA DA COMEMORAÇÃO
Segundo a Bíblia, Jesus Cristo
morreu no décimo quarto dia do mês judaico de Nisã, que se iniciava na lua nova
visível em Jerusalém, mais próxima do equinócio
de Primavera,
que ocorre a 21 de Março. Assim, usando o actual calendário, Jesus morreu num
dia de quinta para sexta-feira. Isto acontece porque o dia entre os judeus não
se iniciava à meia noite, mas sim ao pôr do sol. Portanto, a véspera de sábado
(dia sagrado dos judeus) em que Jesus morreu, começou na noitinha de quinta
feira até ao pôr do sol de sexta, tendo ele expirado por volta das três horas
da tarde. A sua ressurreição ocorreu no terceiro dia, ou seja, na madrugada do
dia 16 de Nisã (que hoje seria um domingo).
As Testemunhas de Jeová
entendem que cumprir a ordem de Jesus de repetir a passagem do pão e do vinho
em memória de Jesus deve ser realizada na mesma data, a cada ano, tal como
acontece com um aniversário. Os judeus, entre os quais o próprio Jesus,
comemoravam a Páscoa anualmente. Assim, para as Testemunhas parece lógico que
esta nova celebração, que substitui a Páscoa, também deve ser realizada
anualmente, no dia exacto da sua efeméride.
Nos anos seguintes à morte de
Jesus, muitos se apegaram ao arranjo original e celebravam a Refeição Noturna
do Senhor todos os anos em 14 de Nisã. Com o tempo, eles passaram a ser
chamados de quartodecimanos, que significa "os do décimo
quarto dia". Alguns eruditos reconhecem que esses
"quartodecimanos" seguiam o modelo apostólico original. Certo
historiador disse:
"No que
se refere ao dia da celebração, o costume das igrejas quartodecimanas da Ásia
seguia o da igreja de Jerusalém. No Século II, essas igrejas, no 14 de Nisã,
comemoravam a redenção realizada pela morte de Cristo." (Studia Patristica, Volume V, 1962, página 8)
Ao passo que muitos na Ásia
Menor seguiam a prática dos apóstolos, em Roma reservava-se o
domingo para a celebração. Por volta do ano 155 EC, Policarpo de Esmirna, representante das
igrejas da Ásia, visitou Roma para tratar deste e de outros problemas.
Infelizmente, não se chegou a um acordo neste assunto. Os cristãos na Ásia
Menor ficaram cada vez mais isolados nesta questão sobre quando se devia
celebrar a Última Ceia ou Refeição Noturna do Senhor.
Em 314 EC, o Concílio de Arles, na França, tentou
impor o arranjo romano e suprimir quaisquer alternativas. Os quartodecimanos
restantes não cederam. Com o fim de resolver este e outros assuntos que dividiam
os professos cristãos no seu império, o imperador Constantino
I convocou em 325 EC o Primeiro Concílio de Niceia. Aqui foi
emitido um decreto que ordenava a todos na Ásia Menor que se conformassem com o
costume romano. Como argumento, foi declarado especialmente indigno que esta, a
mais sagrada de todas as festividades, seguisse o cálculo da Páscoa dos Judeus
que tinham sujado as mãos com o mais terrível dos crimes, a morte do Salvador.
Isto leva a crer que foi o anti-semitismo a razão para fixar a data da
celebração em todas as sextas-feiras e não no mesmo dia em que os Judeus
celebravam a sua Páscoa.
Aqueles que celebravam a
Comemoração da Morte de Jesus no mesmo dia em que ele morreu eram encarados
como judaizantes. Foi esquecido que o próprio Jesus era judeu e que fora ele
quem dera àquele dia o seu significado, por oferecer a sua vida a favor da
humanidade. A partir de então, os quartodecimanos foram condenados como hereges
e cismáticos, e foram perseguidos. O Concílio de Antioquia, em 341 EC, decretou
que eles deviam ser excomungados. No entanto, no Século V
ainda existiam muitos deles e acabaram por persistir em pequenos números ainda
por muito tempo.
As Testemunhas de Jeová, em
todo o mundo, afirmam restaurar os procedimentos originalmente instituídos por
Jesus e pelos apóstolos e, assim, celebram a Morte de Jesus no exacto dia do
aniversário do seu martírio. Entendem que esta é a forma correta de obedecer à
ordem de Cristo: "Persisti em fazer isso em memória de mim."
LEMBRANÇA DOS ÚLTIMOS DIAS DE JESUS
Em face da importância que
atribuem à morte sacrificial de Jesus Cristo, as Testemunhas de Jeová costumam
envolver-se em actividades incrementadas na época do ano em celebram aquele
evento. Muitos entre elas aumentam a sua actividade de pregação, por
continuamente visitarem os seus vizinhos com a sua mensagem bíblica.
Esforçam-se também, individualmente ou em família, por recapitular na Bíblia os
últimos eventos que vividos por Jesus, lendo e meditando nos eventos que,
segundo a sua perspectiva, aconteceram em cada um dos dias anteriores à sua
morte e ressurreição. Segundo a sua leitura dos Evangelhos, as Testemunhas
descrevem esses dias conforme a tabela abaixo, lembrando que o dia judaico
terminava com o pôr do sol, iniciando-se então um novo dia. Assim, um dia
judaico corresponde, na actualidade, ao tempo decorrido entre as cerca das 18
horas e a meia noite de um dia e o que vai daí até ao pôr do sol do dia
seguinte.
Dia do mês
de Nisã de 33 EC segundo o antigo calendário judaico |
Dias correspondentes
em 2007 segundo o actual calendário ocidental |
Principais eventos do dia
segundo a descrição dos Evangelhos |
Fonte bíblica
|
Sexto dia, 7 de Nisã
|
Terça, 27 de Março
|
(A incluir)
|
|
Sábado, 8 de Nisã
|
Quarta, 28 de Março
Quinta, 29 de Março |
Jesus e os seus discípulos chegam a Betânia. Ao pôr do sol começa o sábado judaico.
|
(A incluir)
|
Primeiro dia, 9 de Nisã
|
Quinta, 29 de Março
Sexta, 30 de Março |
Após terminar o sábado, Jesus toma uma refeição
em casa de Simão, o Leproso. Maria, irmã de Marta
e de Lázaro,
unge Jesus com nardo. Muitos vêm de Jerusalém para ver e ouvir Jesus.
Na manhã seguinte, entra triunfalmente em Jerusalém e depois ensina no templo. |
(A incluir)
|
Segundo dia, 10 de Nisã
|
Sexta-feira, 30 de Março
|
Jesus vai cedo para Jerusalém. Expulsando os negociantes, ele purifica
o templo. Jeová
fala desde o céu.
|
(A incluir)
|
Terceiro dia, 11 de Nisã
|
Sábado, 31 de Março
|
Em Jerusalém, Jesus ensina no Templo de Jerusalém usando ilustrações. Condena os fariseus. Observa e elogia a modesta contribuição de uma
viúva. Fornece profecias que servirão de sinal da
sua futura presença invisível e da sua vinda gloriosa.
|
(A incluir)
|
Quarto dia, 12 de Nisã
|
Domingo, 1 de Abril
|
Jesus passa um dia calmo com os discípulos em
Betânia. Judas Iscariotes prepara a traição.
|
(A incluir)
|
Quinto dia, 13 de Nisã
|
Segunda, 2 de Abril
|
Mateus 26:1-19
|
|
Sexto dia, 14 de Nisã
|
Segunda, 2 de Abril
Terça, 3 de Abril |
Após o pôr do sol, ao iniciar o dia 14, os
judeus, incluindo Jesus, celebram a Páscoa. Jesus lava os pés
dos apóstolos. Judas sai para trair Jesus. Após a refeição pascal, Cristo
institui a Comemoração ou Memorial da sua morte.
Depois da meia-noite, é traído e preso no jardim de Getsêmani. Os apóstolos fogem. Julgamento perante os principais sacerdotes e o Sinédrio. Pedro nega a Jesus. Jesus fica de novo perante o Sinédrio. É enviado a Pilatos, depois a Herodes Antipas e de novo a Pilatos. Sentenciado à morte, pregado numa estaca, expira por volta das três horas da tarde e é sepultado. Jesus permanece morto durante o final deste primeiro dia. |
Mateus 26:20 - 27:61
|
Sábado, 15 de Nisã
|
Terça, 3 de Abril
Quarta, 4 de Abril |
Sábado judaico. Pilatos permite guardas no
túmulo de Jesus. Jesus permanece morto durante o segundo dia.
|
Mateus 27:62 - 66
|
Primeiro dia, 16 de Nisã
|
Quinta, 5 de Abril
|
Ao terceiro dia, durante a madrugada, Jesus é ressuscitado.
|
Mateus 28
|
UM NOVO TIPO DE CAMPANHA EM 2007
Por muitos anos, as
Testemunhas de Jeová têm usado convites para distribuir entre seus familiares,
colegas, vizinhos e conhecidos. No entanto, em 2007, um novo tipo de campanha
foi iniciado. Tratou-se de uma distribuição mundial de um convite durante os
dias 17 de Março a 2 de Abril, o dia em que se efectuou a Comemoração da Morte
de Cristo, após o pôr do sol. Centenas de milhões de convites foram impressos e
distribuídos em muitas línguas, tentando alcançar todas as famílias existentes
nas localidades onde existem congregações das Testemunhas de Jeová. O convite
também ficou disponível on-line em várias línguas, no web site
oficial das Testemunhas. O formulário de duas páginas, com ilustrações e
impresso a cores, incluía ainda um convite para um discurso público especial a
ser proferido nos Salões do Reino locais durante o domingo, dia 15 de
Abril ou, na impossibilidade de se realizar nesta data, no fim de semana
imediatamente a seguir. O tema "Você pode sentir-se seguro neste mundo
atribulado!" vinha mencionado no convite.
O MEMORIAL DA MORTE DE CRISTO EM 2011
O Memorial de 2011, foi
realizado no dia 17 de Abril. Em 2012, na quinta-feira, 5 de abril. Em 2013, na terça-feira, 26 de março.
REFERÊNCIAS
1.
↑
Anuário das Testemunhas de Jeová
de 2008, página 31 e estatísticas
no site oficial
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