sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CONDUTA EM PACIENTE TESTEMUNHA DE JEOVÁ SOB O ENFOQUE DA BIOÉTICA



Blog “Testemunhas de Jeová”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.

 
Autoria:
Max Grinberg; Graziela Zlotnik Chehaibar - Instituto do Coração - InCor, São Paulo, SP - Brasil

AO LEITOR

Este caso suscita três possíveis condutas. Acesse o endereço http://www.arquivosonline.com.br/enquete/artigo2689.asp e marque a sua opção.
Mulher de 68 anos, batizada há 2 anos como Testemunha de Jeová (TJ), foi internada pelo SUS com insuficiência cardíaca para uma cirurgia de troca de prótese biológica mitral com disfunção importante.
A paciente apresentou um termo assinado e registrado em cartório, assinado por duas testemunhas, no qual dizia que ela não aceitava receber nenhum tipo de derivado de sangue e isentava de responsabilidade toda a equipe médica em casos de intercorrências com indicação de transfusão de sangue.
A equipe profissional conversou com a paciente e deixou claro que uma terceira operação de grande porte estava associada à alta probabilidade de uma transfusão de sangue.
A paciente pediu para ser tratada com técnicas alternativas que não a transfusão de sangue, não autorizando o procedimento em nenhuma situação.

QUAL A SUA CONDUTA?

Opção 1: Recusar-se a cuidar da paciente

Recusar o tratamento cirúrgico é maneira de o médico respeitar a autonomia da paciente, ou seja, sua capacidade de governar a si mesma, livre de interferência ou pressão externa.

Opção 2: Providenciar o tratamento cirúrgico e realizar transfusão de sangue caso haja evidente risco à vida da paciente

Transfundir o paciente quando houver risco iminente de vida é direcionar intervenção em beneficio do seu paciente, acreditando que a vida tem um valor superior em relação às crenças.

Opção 3: Providenciar o tratamento cirúrgico e não transfundir sangue em nenhuma hipótese

O médico acredita que o principio da autonomia precisa ser legitimado e respeitado. Sendo assim, o paciente tem direito de recusar um tratamento médico mesmo em circunstâncias de iminente risco de vida . O médico respeita as convicções da paciente sem impor as suas próprias, fazendo do respeito pelas escolhas um ato beneficente.