Blog
“Testemunhas de Jeová”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.
Disponível
em http://alazegabriel.blogspot.com.br/
CRONOLOGIA
BÍBLICA – TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
A palavra portuguesa cronologia é uma derivação do termo grego khronología (dekhrónos, tempo, e légo, dizer ou contar), isto é, "o cálculo do tempo". A cronologia torna possível situar os eventos na sua sequência ou associação ordeira, e atribuir datas correctas a eventos específicos. As Testemunhas de Jeová sempre se interessaram pela cronologia dos eventos históricos relatados na Bíblia, especialmente quando tal estudo lhes fornece mais pistas sobre o cumprimento das ansiadas profecias do fim do sistema de coisas e da implantação do Reino de Deus na Terra
Datação das Eras
Para a contagem de períodos longos, usualmente recorre-se à fixação de determinadas "eras", usando um acontecimento notável como ponto inicial, a partir do qual medem períodos de muitos anos. Assim, nas nações influenciadas pela cultura do cristianismo, quando alguém refere o dia 8 de Setembro de 2006, está a referir-se ao oitavo dia do nono mês do ano dois mil e seis, contado a partir do que alguns crêem ter sido o ano do nascimento de Jesus. Segundo a cronologia usada pelas Testemunhas de Jeová, e inclusivamente pela maioria dos historiadores actuais, Jesus Cristo não nasceu no ano 1 d.C. mas sim algum tempo antes disso. Para as Testemunhas, Jesus nasceu no Outono do ano 2 a.C. (ano dois antes de Cristo) o que conduz à contradição absurda de dizer que Jesus nasceu antes dele mesmo. Assim, para evitar essa discrepância, as Testemunhas costumam usar a expressão EC (Era Comum) para substituir o usual d.C. ou AD (Anno Domini ou ano do Senhor). Por contrapartida, AEC designa o período Antes da Era Comum.
Porém, em sua maioria os historiadores apóiam e fundamentam o ano acerca do nascimento de Jesus Cristo como certa e real embasada nos historiadores da época, pois era de conhecimento de todos cristãos da época que Jesus morreu com trinta e três anos e o ano de sua crucificação era documentada, sendo assim, o ano 1 d.C seria trinta e três anos antes de sua crucificação, qualquer outra conclusão remove a verdade sobre a idade de Jesus ou a capacidade analítica dos historiadores da época, sabe-se que o mês de nascimento pode sim estar equivocada e foi anunciada como dezembro, como necessidade da difícil adaptação das festas pagãs ao novo calendário cristão estabelecido durante o Reinado de Constantino, sabe-se que 25 de dezembro era a data da celebração ao nascimento do deus-Sol e a retirada das comemorações inevitavelmente levantaria uma revolta popular contra seu reinado e devido a isto implantou o nascimento de Jesus para ser comemorada em tal data, porém é afinidade comum aos historiadores mundiais que o nascimento ocorreu provavelmente entre os meses de julho e setembro.
Datas Fundamentais
Para as Testemunhas de Jeová, uma data fundamental é uma ano calendar na história que tem base de aceitação nos meios seculares, académicos e históricos, e corresponde a um evento específico relatado na Bíblia. Para elas, essas datas na corrente do tempo têm um significado especial porque servem de ponto de partida para a contagem de períodos que consideram importantes. Uma vez estabelecida esta data fundamental, os cálculos para frente ou para trás a partir dessa data são feitos com base nos relatos da própria Bíblia, que as Testemunhas consideram totalmente fidedigna, como a declarada duração da vida de pessoas ou a dos reinados dos reis. Assim, partindo de um ponto fixo, usam a cronologia interna da própria Bíblia para datar muitos dos relatados eventos bíblicos.
Data fundamental para as Escrituras Hebraicas
Para a cronologia das Escrituras Hebraicas, popularmente conhecidas como Velho Testamento, um evento destacado relatado tanto na Bíblia como na História é a conquista da cidade de Babilónia pelos medos e persas sob o comando de Ciro. Diversas fontes históricas (incluindo Deodoro, Africano, Eusébio, Ptolomeu e as tabuinhas babilônicas) confirmam 539 AEC como o ano da queda de Babilónia diante de Ciro. A Crónica de Nabonido refere o mês e o dia da queda da cidade, sem mencionar o ano. Os historiadores estabeleceram a data da queda de Babilónia em 11 de Outubro de 539 AEC, segundo o calendário juliano, ou 5 de Outubro no calendário gregoriano.
Após a conquista e durante o seu primeiro ano de domínio sobre a vencida Babilónia, Ciro emitiu o seu famoso decreto que autorizava os judeus a retornar a Jerusalém. Em vista do relato da Bíblia, o decreto foi promulgado provavelmente em fins de 538 AEC ou perto da primavera de 537 AEC. Isto daria ampla oportunidade para os judeus se restabelecerem na sua terra e ir a Jerusalém para restaurar a adoração de Jeová no "sétimo mês", tisri no calendário judaico, ou por volta de 1 de Outubro de 537 AEC (Esdras 1:1-4; 3:1-6).
539 AEC
Os historiadores sustentam que Babilónia caiu diante do exército de Ciro em Outubro de 539 AEC. O rei era então Nabonido, mas, segundo mencionado na Bíblia, o seu filho Belsazar era co-regente do império. Alguns eruditos elaboraram uma lista de reis neo-babilónicos e da duração de seus reinados, remontando desde o último ano de Nabonido até ao pai de Nabucodonosor,Nabopolassar.
De acordo com essa cronologia neo-babilónica, o príncipe herdeiro, Nabucodonosor, derrotou os egípcios na batalha de Carquemis, em 605 AEC. Depois de Nabopolassar falecer, Nabucodonosor voltou a Babilônia para ascender ao trono. Seu primeiro ano de reinado iniciou-se na primavera seguinte, do ano 604 AEC.
A Bíblia relata que os babilónios sob o comando de Nabucodonosor destruíram Jerusalém no seu décimo oitavo ano de reinado (décimo nono quando se inclui o ano de ascensão). Assim, caso se aceite esta cronologia neo-babilônica, então a conquista de Jerusalém ocorreu no ano 587 a 586 AEC.
Algumas evidências principais desta cronologia são:
O Cânon de Ptolomeu
Cláudio Ptolomeu era um astrónomo grego, que viveu no Século II EC. O seu Cânon, ou lista de reis, relacionava-se com uma obra sobre astronomia, produzida por ele. A maioria dos historiadores modernos aceita a informação de Ptolomeu sobre os reis neo-babilónicos e a duração de seus reinados (embora Ptolomeu omita o reinado de Labashi-Marduque). Parece que Ptolomeu baseou a sua informação histórica em fontes que datavam do período selêucida, o qual começou mais de 250 anos depois de Ciro ter capturado Babilónia. Portanto, não surpreende que as cifras de Ptolomeu concordem com as de Beroso, sacerdote babilónico do período selêucida.
Estela de Nabonido, de Harã
Esta estela ou coluna contemporânea com uma inscrição foi descoberta em 1956. Menciona os reinados dos reis neo-babilónicos Nabucodonosor, Evil-Merodaque e Neriglissar. As cifras para estes três concordam com as do Cânon de Ptolomeu.
VAT 4956
Trata-se duma tabuinha cuneiforme que fornece informações astronómicas datando até 568 AEC. Diz que as observações eram desde o trigésimo sétimo ano de Nabucodonosor. Isto corresponderia à cronologia que coloca o seu décimo oitavo ano de reinado em 587 a 586 AEC. Todavia, essa tabuinha é admitidamente uma cópia feita Século III AEC, de modo que é possível que sua informação histórica seja simplesmente a que era aceita no período selêucida.
Tabuinhas comerciais:
Milhares de tabuinhas cuneiformes, neo-babilónicas, contemporâneas, foram encontradas com simples registos de transacções comerciais, mencionando o ano do rei babilónico em que ocorreu a respectiva transacção. Tabuinhas desta espécie foram encontradas para todos os anos de reinado dos reis neo-babilónicos conhecidos na cronologia aceita do período.
Do ponto de vista histórico secular, essas evidências parecem confirmar a cronologia neo-babilónica que fixa o décimo oitavo ano de Nabucodonosor (e a destruição de Jerusalém) em 587 a 586 AEC. No entanto, segundo a perspectiva das Testemunhas, pode existir a possibilidade de que o actual quadro da história babilónica pode ser enganoso ou errado. Por exemplo, é bem reconhecido que muitos sacerdotes e reis do passado às vezes alteravam os registos para os seus próprios objectivos. Ou mesmo quando a evidência descoberta é exacta, ainda poderão ocorrer erros de interpretação pelos eruditos modernos ou esta estar incompleta. Também, já ocorreu várias vezes que novos achados arqueológicos alteraram drasticamente a cronologia de um determinado período.
Evidentemente por reconhecer tais fatos, o Professor Edward F. Campbell Jr. apresentou uma tabela que inclui cronologia neo-babilónica, mas incluiu a ressalva:
"Nem se precisa dizer que estas listas são provisórias. Quanto mais se estuda a complexidade dos problemas cronológicos no antigo Oriente Próximo, tanto menos se está inclinado a pensar numa apresentação como sendo definitiva. Por este motivo, o termo circa [cerca de] poderia ser usado ainda mais liberalmente do que é." — The Bible and the Ancient Near East (edição 1965), pág. 281.
As Testemunhas de Jeová, que acreditam na Bíblia como sendo a Palavra inspirada de Deus, consideram que ela pode ser usada como medida na avaliação da história e dos conceitos seculares. Assim, colocam a autoridade dela acima das opiniões de historiadores seculares, que estão sujeitos a mudanças. Devido a isso, segundo a sua interpretação das escrituras, as Testemunhas datam a destruição de Jerusalém cerca de vinte anos mais cedo, ou seja, em 607 AEC.
Essa interpretação é essencialmente baseada nas palavras do profeta Jeremias que predisse que os babilônios destruiriam Jerusalém, e transformariam a cidade e o país numa desolação. (Jeremias 25:8, 9). Em seguida o profeta acrescentou:
§ Jeremias
25:11: "E toda esta terra terá de tornar-se um lugar devastado, um
assombro, e estas nações terão de servir ao Rei de Babilônia por setenta
anos." (NM
Tradução do Novo Mundo)
Segundo esta perspectiva, os 70 anos referidos na profecia
expiraram quando Ciro, o Grande, no seu primeiro ano, libertou os judeus e
estes voltaram à sua pátria. As Testemunhas de Jeová acreditam que a leitura
mais directa de Jeremias 25:11 e de outros textos é que os 70 anos contam desde
quando os babilónios destruíram Jerusalém e deixaram a terra de Judá desolada.
Os que se baseiam principalmente na informação secular quanto
à cronologia daquele período reconhecem que se Jerusalém tivesse sido destruída
em 587 ou 586 AEC, certamente não se teriam passado 70 anos até Babilónia ser
conquistada e Ciro deixar os judeus voltar à sua pátria. Na tentativa de
harmonizar estas questões, afirmam que a profecia de Jeremias começou a
cumprir-se em 605 AEC. Escritores posteriores citam Beroso como dizendo que Nabucodonosor, após a
batalha de Carquemis, estendeu a influência babilónica sobre toda a Síria e
Palestina, e que, quando voltou a Babilónia (no seu ano de ascensão, em 605
AEC), levou cativos judaicos ao exílio. Assim calculam os 70 anos como período
de servidão a Babilónia, começando em 605 AEC. Isto significaria que o período
de 70 anos expiraria em 535 AEC.
No entanto, as Testemunhas contrapõem que esta interpretação
apresenta vários problemas. Embora Beroso afirme que Nabucodonosor levou
cativos judaicos no seu ano de ascensão, não há nenhum documento cuneiforme que
confirme isso. O que é ainda mais significativo, Jeremias 52:28-30 relata
cuidadosamente que Nabucodonosor levou cativos judaicos no seu sétimo ano, no
seu décimo oitavo ano e no seu vigésimo terceiro ano, mas não no seu ano de
ascensão. Também, o historiador judaico Josefodeclara que,
no ano da batalha de Carquemis, Nabucodonosor conquistou toda a
Siria-Palestina, "excepto
a Judéia" (Antiquities
of the Jews X, vi, 1),
contradizendo Beroso e entrando em conflito com a afirmação de que os 70 anos
de servidão judaica começaram no ano de ascensão de Nabucodonosor.
Além disso, em outro lugar, Josefo descreve a destruição de
Jerusalém pelos babilónios e escreve então que "toda a Judéia e Jerusalém,
e o templo, continuaram a ser um deserto por setenta anos" (Antiquities
of the Jews X, ix, 7).
Declarou especificamente que"a nossa cidade ficou desolada durante o
intervalo de setenta anos, até os dias de Ciro" (Against Apion I, 19).
O escritor Teófilo de Antioquia, do Século II EC, também
mostra que os 70 anos começaram com a destruição do templo, após o reinado de
onze anos de Zedequias. Estas
últimas perspectivas concordam com os seguintes versículos bíblicos:
§ 2
Crónicas 36:21:"Além disso, ele levou cativos a Babilônia os que foram
deixados pela espada, e eles vieram a ser servos dele e dos seus filhos até o
começo do reinado da realeza da Pérsia; para se cumprir a palavra de Jeová pela
boca de Jeremias, até que a terra tivesse saldado os seus sábados. Todos os
dias em que jazia desolada, guardava o sábado, para cumprir setenta anos." (NM)
§ Daniel
9:2: "No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelos
livros o número de anos a respeito dos quais viera a haver a palavra de Jeová
para Jeremias, o profeta, para se cumprirem as devastações de Jerusalém, a
saber, setenta anos." (NM)
As Testemunhas apresentam ainda argumentos
adicionais, usando a própria Bíblia, contra a alegação de que os 70 anos
começaram em 605 AEC e que Jerusalém foi destruída em 587 ou 586 AEC. Caso se
contasse a partir de 605 AEC, os 70 anos chegariam a 535 AEC. Mas, o escritor
bíblico Esdras relatou que
os 70 anos se estenderam até o "primeiro
ano de Ciro, Rei da Pérsia", tendo sido este monarca a emitir o
decreto que permitiu aos judeus voltar à sua pátria. (Esdras 1:1-4; 2 Crónicas
36:21-23) Os historiadores aceitam que Ciro conquistou Babilónia em Outubro de
539 AEC e que o primeiro ano de reinado de Ciro começou na primavera (do
hemisfério norte) de 538 AEC. Se o decreto de Ciro foi emitido mais para o
final do primeiro ano de reinado, os judeus não teriam tido dificuldade em ter
chegado à sua pátria por volta do "sétimo mês", tisri, conforme
Esdras 3:1. Isto seria em Outubro de 537 AEC.
As Testemunhas referem que não há
forma razoável de esticar o primeiro ano de Ciro de 538 até 535 AEC. Alguns
tentaram eliminar o problema alegando que Esdras e Daniel, ao falarem do
"primeiro ano de Ciro", estariam a usar algum conceito judaico
peculiar, talvez diferente da contagem oficial do reinado de Ciro. Mas, para as
Testemunhas isto não pode ser sustentado, porque tanto um governador
não-judaico como um documento dos arquivos persas concordam em que o decreto
foi emitido no primeiro ano de Ciro, tal como os escritores bíblicos o relatam
(Esdras 5:6, 13; 6:1-3; Daniel 1:21; 9:1-3).
Argumentam que Daniel teria
confiado que os 70 anos não fossem simplesmente um número redondo mas uma cifra
exacta visto que, conforme referido em Daniel 9:1, 2, o escritor bíblico refere
a seguinte profecia de Jeremias:
§ Jeremias
29:10: "Assim disse Jeová: De acordo com o cumprimento de setenta anos
em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a
minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar." (NM)
Afirmando seguir a mesma confiança
que atribuem a Daniel, as Testemunhas estão dispostas a aceitar antes as evidências
contidas na Bíblia do que seguir uma cronologia que se baseia primariamente em
opiniões de historiadores e que discorda das Escrituras. Para elas, o
entendimento mais fácil e directo das diversas declarações bíblicas é que os 70
anos começaram com a desolação completa de Judá, depois de Jerusalém ter sido
destruída. Assim, contando para trás 70 anos a partir de quando os judeus
voltaram à sua pátria em 537 AEC, chegam a 607 AEC como a data em que
Nabucodonosor, no seu décimo oitavo ano de reinado, destruiu Jerusalém, tirou
Zedequias do trono e terminou com a linhagem de reis judeus no trono em
Jerusalém terrestre. Jeremias declara:
§ Jeremias
29:10: "Assim disse Jeová: De acordo com o cumprimento de setenta anos
em Babilônia, voltarei minha atenção para vós, e vou confirmar para convosco a
minha boa palavra por trazer-vos de volta a este lugar." (NM)
Alguns críticos mencionam que a Tradução
do Novo Mundo das Escrituras Sagradas é a única tradução bíblica que verte a expressão "em
Babilónia", ao invés de "para Babilónia", como alegam estar
declarado no Texto Massorético. Por sua vez, as Testemunhas apresentam várias
traduções para que se possa efectuar a necessária comparação:
"Porque
assim disse Iahweh: Quando se completarem, para Babilônia, setenta anos eu vos
visitarei e realizarei a minha promessa de vos fazer retornar a este
lugar."
"Porque
assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos
visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a
este lugar."
"Assim
diz o SENHOR: Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei
para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a
trazer-vos para este lugar."
§ Almeida - Versão Revista e Corrigida, edição de
1967:
"Porque,
assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos, em Babilónia, vos
visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a
este lugar."
"Assim
diz Javé: Quando se completarem setenta anos na Babilônia, eu olharei para
vocês e cumprirei minhas promessas, trazendo-os de volta para este lugar."
"Eis
o que diz o Senhor: Quando setenta anos tiverem decorrido para Babilônia, eu
vos visitarei a fim de realizar a promessa que vos fiz de aqui vos
reconduzir."
"O
SENHOR Deus diz ainda: Quando os setenta anos da Babilônia passarem, eu
mostrarei que me interesso por vocês e cumprirei a minha promessa de trazê-los
de volta à pátria."
§ Bíblia
Sagrada Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos Capuchinhos,
edição de 2002:
"Isto
diz o SENHOR: Quando se cumprirem os setenta anos na Babilónia, Eu vos
visitarei, a fim de realizar a promessa que fiz de vos trazer de novo a este
lugar."
§ Padre
António Pereira de Figueiredo, edição de 1900:
"Porque
isto diz o Senhor: Quando se começarem a cumprir os setenta annos em Babylonia,
eu vos visitarei, e renovarei a minha palavra favoravel sobre vós para vos
fazer voltar a este logar."
Parece assim claro que alguns
tradutores tomaram a mesma opção que a Comissão da Tradução do Novo Mundo
quanto a este versículo em particular.
Data
fundamental para as Escrituras Gregas
Pela perspectiva das Testemunhas,
determina-se uma data fundamental para as Escrituras Gregas Cristãs usando o
ano de sucessão do Imperador Augusto por Tibério César.
14 EC
Augusto morreu a 17 de Agosto de 14
EC e Tibério foi nomeado imperador pelo Senado Romano em 15 de setembro de 14
EC. As Testemunhas usam as declarações de Lucas para fixar os eventos nos Evangelhos:
§ Lucas
3:1-3:
"No
décimo quinto ano do reinado de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era
governador da Judéia e Herodes era governante distrital da Galiléia, mas
Filipe, seu irmão, era governante distrital do país da Ituréia e de Traconítis,
e Lisânias era governante distrital de Abilene, nos dias do principal sacerdote
Anás e de Caifás, veio a declaração de Deus a João, filho de Zacarias, no ermo.
Ele percorreu assim toda a região em volta do Jordão, pregando o batismo em
símbolo de arrependimento para o perdão de pecados." (NM)
Segundo as palavras de Lucas, João
Batista começou o seu
ministério no décimo quinto ano do reinado de Tibério. Se os anos foram
contados a partir da morte de Augusto, o décimo quinto ano estendeu-se de
Agosto de 28 EC a Agosto de 29 EC. Se foram contados a partir de quando Tibério
foi nomeado imperador pelo Senado, o ano transcorreu a partir de Setembro de 28
EC até Setembro de 29 EC. Logo após isso, Jesus, que era uns
seis meses mais novo do que João, apresentou-se para ser batizado, quando
"tinha cerca de trinta anos" (Lucas 3:2, 21-23; 1:34-38). Assim,
segundo as Testemunhas de Jeová, Jesus foi batizado e começou o seu ministério
por volta dos últimos meses de 29 EC. Visto que morreu na primavera, o seu
ministério de três anos e meio deve ter começado perto do outono de 29 EC.
Usando este raciocínio, Jesus teria nascido no outono de 2 AEC, visto que Lucas
3:23 mostra que Jesus tinha cerca de 30 anos quando começou o seu serviço.
AEC – ANTES DA ERA COMUM
b) pacto abraâmico começa a vigorar: bm 7; w04 15/1 26-27; w01 15/8 17; it-1 28, 614-615; it-2 72; it-3 155
b) livro de Gênesis é escrito: it-2 201
c) espias entram em Jericó: it-3 370
d) Jericó cai: it-2 518
997:
a) Roboão torna-se rei: it-3 454
c) Jeroboão torna-se rei de Israel: it-1 618
980:
Abias (Abijão) torna-se rei de Judá: it-1 16
978:
Asa torna-se rei de Judá: it-1 618
977:
primeiro ano do reinado de Asa: it-1 224
967:
Asa derrota os etíopes: it-1 778
b) Onri e Tibni tornam-se reis rivais de
Israel: it-3 135
913:
Jeorão (filho de Jeosafá) reina com seu pai: it-2 491-492
911:
Jeosafá morre: it-2 491
c. 905:
a) Jeú é
ungido rei de Israel: w98 1/1 12
c) Acazias (neto de Jeosafá) é morto
por Jeú: it-1 42
d) Atalia usurpa trono de Judá: it-1 264
898:
Jeoás (filho de Acazias) torna-se rei de Judá: it-2 486
876:
Jeoacaz torna-se rei de Israel: it-2 486
860:
Jeoacaz morre: it-2 486
859:
Jeoás (filho de Acazias) é assassinado: it-2 486-487
858:
Amazias torna-se rei de Judá: it-1 105
829:
Uzias (Azarias) torna-se rei de Judá: it-3 762
b) Oseias começa a profetizar: it-3 143-144
b) Peca torna-se rei de Israel: it-3 196
777:
a) Jotão torna-se rei de Judá: it-2 608-609
b) Miqueias começa a profetizar: w07 1/11 13
762:
Acaz torna-se rei de Judá: it-1 620
753:
Roma é fundada (tradição): it-3 459
746:
Acaz morre: it-2 425
732:
Senaqueribe ataca Judá: it-3 570-571
717:
Ezequias morre: it-2 88
716:
Manassés torna-se rei de Judá: it-2 751
661:
Amom torna-se rei de Judá: it-1 111
b) Faraó Neco(s) captura Carquemis: it-2 61
c) restabelecimento do Império Assírio
falha: it-1 259
628:
a) Jeoacaz torna-se rei de Judá: it-2 486
b) Jeoiaquim torna-se rei de Judá: it-2 488
c) Nabucodonosor torna-se rei de
Babilônia: it-3 53
624:
Baruque lê rolo no pátio do templo: w06 15/8 17
620:
Jeoiaquim torna-se vassalo de Nabucodonosor: it-2 489
b) Jeoiaquim morre: dp 32; it-2 488
614:
Zedequias e Seraías vão para Babilônia: it-3 578
613:
Ezequiel é designado: w07 1/7 11
611:
Ezequiel confirma futura queda de Jerusalém: w07 1/7 13
b) Jerusalém é destruída: w11 1/10 26-31; w11 1/11 22-28; w11 15/12 31; bm 16; it-1 9, 620; it-2 438; it-3 74
e) últimos exilados de Jerusalém: it-1 467
602:
a) Nabucodonosor leva mais judeus ao exílio, conquista Moabe e Amom, e
invade o Egito: it-3 54
593:
Ezequiel tem visão do futuro templo: w99 1/3 8; it-3 684
586 ou
587: alegação de que esse é o ano em que Jerusalém foi destruída pelos
babilônios: w11 1/10 26, 28-31; w11 1/11 22-25, 27
b) primeiro e segundo livros dos Reis
são escritos: w05 1/8 8
556:
Nabonido torna-se rei de Babilônia: it-3 50
550:
Ciro une medos e persas: it-3 257
539:
a) Ciro captura Babilônia e torna-se seu rei: w11 1/10 28; bm 17; it-1 512-513, 607-608, 613; it-3 52
537:
judeus são repatriados, altar é erigido: bm 17; w06 15/1 17, 19; it-1 513, 617, 621; it-2 16; it-3 827
536:
a) Daniel recebe profecia dos reis do norte e do sul (Da 10-12): w07 1/9 19-20; dp 198, 201, 308; it-1 640
525:
Cambises II subjuga o Egito: it-1 780
522:
a) Cambises II morre: it-3 259
b) Esmérdis (Bardiia ou Gaumata) usurpa
o trono persa: it-3 259
d) Dario I (Histaspes) sobe ao trono: it-3 259
e) Dario I (Histaspes) derrota
Nabucodonosor III: it-1 621
521-520:
primeiro ano do reinado de Dario sobre Babilônia: it-1 621
520:
a) Ageu e Zacarias profetizam: it-1 64
b) construção do templo é retomada: w06 15/1 18
496:
Xerxes I é corregente com o pai, Dario I (Histaspes): it-3 261
484:
Assuero (Xerxes I) decreta extermínio dos judeus: it-3 353
480:
Xerxes I invade a Grécia: dp 213; g99 8/4 25-27; it-2 259
batalha em Termópilas: g99 8/4 26-27; it-3 259
479:
gregos derrotam persas em Plateia: g99 8/8 25-27
475:
Artaxerxes Longímano ascende ao trono: it-3 259-262
474-473:
primeiro ano do reinado de Artaxerxes Longímano: dp 197; it-3 261
455:
a) Artaxerxes Longímano decreta a reconstrução de Jerusalém e das muralhas:
w06 1/2 8-9; dp 197; it-1 621; it-3 77, 262, 583-584
b) livro de Neemias é escrito: it-3 77
424:
reinado de Artaxerxes Longímano termina: it-3 261
423-422:
primeiro ano do reinado de Dario II: it-3 261
404:
Artaxerxes II (Mnemon) torna-se rei: it-3 262
358:
Artaxerxes III (Oco) torna-se rei: it-3 262
336:
Alexandre, o Grande, ascende ao trono: dp 213-214; it-3 262
334:
Alexandre derrota os persas em Granico: it-3 262
333:
Alexandre derrota os persas em Isso: it-3 262
c) Alexandre conquista o Egito: it-1 780
331:
a) Alexandre derrota os persas em Gaugamela: it-3 262
b) Império Persa cai: it-3 262
301:
generais de Alexandre assumem o poder: dp 215; it-2 446
b) templo de Jerusalém é dessacrado:
w97 1/10 11; it-2 121
165:
templo de Jerusalém é rededicado: it-2 121
150:
Septuaginta é concluída: it-3 774
146:
Macedônia torna-se uma província romana: it-2 142
46:
Júlio César começa a governar: it-3 459
44:
Júlio César é assassinado: it-1 481
42:
vitória de Otávio e Marco Antônio na planície de Filipos: it-2 142
30:
a) Otávio conquista o Egito: it-1 780
b) Roma torna-se uma potência mundial:
dp 248
3: Gabriel prediz o nascimento de João, o Batizador: it-2 568
1: Herodes, o Grande morre: it-2 320-321
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sintam-se à vontade para enriquecer a participação nesse blog com seus comentários. Após análise dos mesmos, fornecer-lhe-ei um feedback simples.