quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA MODERNA DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ - TÓPICO 2



Blog “Testemunhas de Jeová”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.


ESTRUTURA MUNDIAL DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ DA ATUALIDADE

As congregações dos Estudantes da Bíblia (que adotaram o nome Testemunhas de Jeová a partir de 1931) aumentaram de número nos Estados Unidos da América, no Canadá e na Europa durante a vida de Charles Taze Russell.
Nos finais da década de 70 do Século XIX, várias pessoas liam com interesse os artigos publicados por Russell. Em Julho de 1879 passaram a ser assinantes da revista "A Torre de Vigia de Sião" (actualmente "A Sentinela") e estudavam as publicações editadas pela "Sociedade Torre de Vigia de Tratados de Sião", constituída no ano de 1881 em Pittsburgo, Pensilvânia, Estados Unidos. Esta sociedade editora, posteriormente designada como "Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Pensilvânia", passou a ser usada como o principal instrumento legal daquele grupo de pessoas que vieram a ser conhecidos por Estudantes da Bíblia e, décadas mais tarde, por Testemunhas de Jeová. A sociedade editava também as publicações e cartas que serviam como fonte de orientação doutrinária e de todos os procedimentos para a realização das suas reuniões bem como do seu movimento internacional de evangelização.
Com o passar do tempo, o termo abreviado "Sociedade Torre de Vigia", ou simplesmente "Sociedade" tornou-se sinónimo do Corpo Governante, o grupo de homens responsáveis pelas actividades mundiais das Testemunhas de Jeová.

CORPO GOVERNANTE


O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová é formado por um órgão central de homens mais experientes, usualmente designados anciãos, todos afirmando possuir uma esperança celestial, cujo número tem variado ao longo dos últimos 35 anos. Este grupo colegial tem a responsabilidade de promover e coordenar a obra das Testemunhas de Jeová em dezenas de milhares de congregações. O Corpo Governante designa homens qualificados que, por sua vez, são autorizados a designar anciãos e servos ministeriais para cuidar das congregações. As Testemunhas de Jeová em todo o mundo respeitam essas designações.
As Testemunhas de Jeová baseiam a necessidade de existência de um Corpo Governante, ou órgão central administrativo, por estabelecerem uma comparação com o que acontecia nas congregações do Século I EC. Naquele tempo, os "apóstolos e anciãos em Jerusalém" enviavam cartas e emissários às congregações. (Atos 15:22-29) O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová afirma seguir este precedente bíblico ao enviar cartas, publicações bíblicas e superintendentes viajantes, com o objectivo de corrigir, instruir, orientar e encorajar todas as Testemunhas de Jeová.
Apesar dos membros do Corpo Governante se assumirem como "cristãos ungidos" pelo espírito santo de Deus, afirmam que são co-cristãos e não amos da fé de cada Testemunha de Jeová. Não alegam serem inspirados por Deus ou terem o dom de profetizar, ao contrário do que se atribui aos escritores do texto bíblico. Reconhecem ser humanos imperfeitos e não se afirmam infalíveis, nem como pessoas nem no exercício das suas funções, e têm reconhecido erros relacionados com expectativas, determinadas doutrinas ou procedimentos. Várias vezes reconhecem nas publicações da Sociedade Torre de Vigia que a sua visão sobre certos assuntos era incorrecta e que se fizeram esforços para aprofundar conhecimentos bíblicos para se adotarem medidas mais compatíveis com o que consideram ser a verdade da Bíblia.

 

EVOLUÇÃO DO CONCEITO


Desde 1884 até 1971, os 7 membros da Directoria da Sociedade Torre de Vigia, e em particular o seu Presidente, tiveram uma grande influência nas decisões tomadas e na orientação de toda a organização a nível mundial. A partir de 1944, surgiu o conceito que que a Directoria da Sociedade constituía "um Corpo Governante" para todas as Testemunhas de Jeová. A actual noção de Corpo Governante surge em 1971. Desde de Janeiro de 1976, o funcionamento do Corpo Governante foi estruturado em 6 comissões administrativas, cada uma designada para cuidar de certos aspectos das suas actividades mundiais. Novos ajustes foram introduzidos em 1992 e em 2000.

 

FILIAIS E CONGÉNERES DA SOCIEDADE


Até 1976, a supervisão de cada filial e congénere da Sociedade Torre de Vigia era entregue a um só homem. No entanto, na sequência dos ajustes no funcionamento do principal órgão governativo da organização, em 1 de Fevereiro de 1976 todas as filiais e passaram também ter uma Comissão de Filial composta de homens considerados capazes designados pelo Corpo Governante, mediante a sua Comissão do Serviço. Cada Escritório de Filial é organizado em diferentes departamentos, consoante as suas necessidades. O trabalho da Comissão de Filial é supervisionado pelo Coordenador da Comissão de Filial, escolhido dentre os seus pares e servindo nessa função por tempo indeterminado. Existe ainda um rodízio anual na presidência das reuniões da Comissão de Filial, que ocorre a 1 de Janeiro de cada ano.
O livro Procedimentos Organizacionais (lançado em 1977 e revisado em Fevereiro de 2003), é o manual que contém as normas e regras que governam todas as filiais e congéneres da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados e seus complexos gráficos. Outras orientações adicionais são recebidas nas publicações, em sessões de treino periódico ou em cartas internas. Em Brooklyn, a partir de Dezembro de 1977, iniciou-se um curso especial, de cinco semanas, para membros de Comissões de Filial.
A responsabilidade da Comissão de Filial é cuidar das necessidades de todas as congregações no seu território, as quais poderão ascender às muitas centenas, compostas por dezenas de milhares de Testemunhas de Jeová. Certificam-se que toda a população do país ou países sob a sua supervisão possam ser contactados regularmente com a mensagem que pregam, providenciam que as Testemunhas e as pessoas interessadas possam obter Bíblias e publicações baseadas nela, estruturam os circuitos e os distritos em que distribuem as congregações, designam homens capazes para cuidar de cada congregação, cuidam dos interesses dos missionários e outros trabalhadores ou pregadores de tempo integral, efectuam preparativos para a realização de grandes Assembleias e Congressos, cuidam de aspectos legais relacionados com a construção e propriedade de Salões do Reino e de Assembleias, entre muitas outras tarefas, todas elas sob a orientação directa do Corpo Governante.
Nos países onde não existe uma Filial da Sociedade Torre de Vigia, é usual a formação de uma Comissão do País que trabalha sob a supervisão da Comissão de Filial designada àquela região.
Em 1955, existiam 77 filiais da Sociedade Torre de Vigia sendo que a sua supervisão directa cabia ao Presidente da Sociedade. Em face da dificuldade desta tarefa, programou-se dividir a Terra em dez zonas, cada zona compreendendo certo número de filiais da Sociedade. Homens qualificados da sede de Brooklyn e experientes Superintendentes de Filial foram designados como servos de zona (hoje chamados Superintendentes Zonais) e foram treinados para esse trabalho. Em 1 de janeiro de 1956, o primeiro desses servos de zona inaugurou esse novo serviço de visitar as filiais. Em 1992, mais de 30 homens experientes, incluindo membros do Corpo Governante, serviam na qualidade de Superintendentes Zonais. Actualmente existem mais de cem filiais, sendo que algumas deles supervisionam a actividade em países estrangeiros. Por exemplo, a Filial de Portugal, além de cuidar dos interesses das Testemunhas de Jeová no território continental e arquipélagos da Madeira e Açores, supervisiona ainda a actividade realizada em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Em 2006 existiam 114 filiais e congéneres da Sociedade em todo o mundo, coordenando a actividade das Testemunhas em 236 países e regiões autónomas. As filiais são agrupadas em conjuntos, cada um deles chamado de Zona Internacional. Anualmente, cada zona recebe a visita de um Superintendente Zonal, designado pela Comissão do Serviço do Corpo Governante. O trabalho primário destes superintendentes é ajudar a Comissão de Filial a lidar com problemas ou perguntas que talvez surjam relacionadas com a obra de evangelização. Também, é usual que se reúnam com os missionários que trabalham sob a supervisão da Comissão de Filial visitada. Examina os registos mantidos para a operação da Filial, inspecciona as gráficas ou outras instalações e mostra particular interesse no andamento da obra de pregação realizada no país ou região bem como na condição espiritual das congregações supervisionadas pela Comissão de Filial visitada. Quando possível, utilizam-se Salões de Assembleias ou locais públicos alugados para a realização de uma reunião especial para a qual podem ser convidados todos os publicadores de um país ou de uma região do país.

 

SERVIÇO DE BETEL


Betel ou "Casa de Deus", é a designação usada entre as Testemunhas de Jeová para se referirem ao conjunto de edifícios administrativos, complexos gráficos, fazendas e edifícios residenciais para os seus trabalhadores permanentes, todos eles sob a supervisão de uma Comissão de Filial, num determinado país ou conjunto de países. Todos estes bens imóveis pertencem à Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados ou às suas congéneres.
Tomando como exemplo o Brasil, o conjunto dos edifícios administrativos, complexos gráficos e blocos residenciais pertencentes à filial da Sociedade Torre de Vigia daquele país, ali designada por Associação das Testemunhas Cristãs de Jeová, é habitualmente chamado de "Betel do Brasil". O Betel do Brasil está situado no município de Cesário Lange, no estado de São Paulo. O Betel de Portugal, que serve de sede à filial da Sociedade Torre de Vigia, designada por Associação das Testemunhas de Jeová naquele país, está situado em Alcabideche, a alguns quilómetros de Lisboa.
Os trabalhadores voluntários que trabalham nestes locais por Tempo Integral, usualmente chamados de betelitas, integram a Ordem Mundial dos Servos Especiais de Tempo Integral. A escolha de novos membros é feita pela Comissão de Filial e designados mediante a Comissão de Pessoal do Corpo Governante. Os novos membros cursam a Escola de Iniciantes de Betel, que visa a sua formação pessoal e integração na rotina do Serviço em Betel, e recebem um manual intitulado Morar Juntos em União.
Os betelitas encaram a sua permanência em Betel como fazendo parte de uma família. Assim, entre as Testemunhas de Jeová, é habitual usar-se a expressão família de Betel tanto para designar todos os membros que trabalham numa determinada filial como em todas elas, como família global.

 

ORDEM MUNDIAL DOS SERVOS ESPECIAIS DE TEMPO INTEGRAL


Desde 1995, que todos os trabalhadores voluntários da Associação Torre de Vigia (incluindo os membros do Corpo Governante), tanto na sede mundial como nas respectivas filiais e congéneres (chamados de Betelitas), pioneiros especiais e missionários, superintendentes de Circuito e de Distrito, fazem um voto de pobreza por escrito como membros da Ordem Mundial dos Servos Especiais de Tempo Integral das Testemunhas de Jeová. São dessa forma considerados trabalhadores voluntários não-remunerados. Recebem uma pequena ajuda de custo para despesas pessoais prementes (se casados, suas esposas também recebem), como consequência directa do seu serviço religioso de Tempo Integral. Segundo o Anuário das Testemunhas de Jeová de 2007, no mundo inteiro, um total de 19.328 ministros ordenados servem nas Filiais. Todos são membros da Ordem Mundial dos Servos Especiais de Tempo Integral das Testemunhas de Jeová.
Espera-se que estas pessoas, trabalhem voluntariamente em Betel ou sirvam como missionários ou Superintendentes Viajantes, sejam especialmente exemplares na sua conduta e na aplicação dos princípios éticos e de moral apresentados na Bíblia, encarando a sua posição como um serviço que prestam aos demais. Independentemente do seu trabalho, que consideram um alto privilégio, todos eles estão sujeitos às mesmas instruções e obrigações como qualquer outra Testemunha de Jeová e, portanto, a negligência no cumprimento dos seus deveres pode resultar na perda do seu privilégio e, em caso de violação séria dos princípios da Bíblia, poderão ser desassociados da organização.

 

CIRCUITOS E DISTRITOS


As congregações sob a jurisdição de uma Filial, são agrupadas em conjuntos de cerca de 20 congregações, incluindo grupos isolados. Este conjunto é chamado de Circuito. Semestralmente, cada congregação recebe a visita de um Superintendente de Circuito, que se inicia à terça-feira e termina ao Domingo. Trata-se de um Superintendente Viajante cuja responsabilidade é verificar o andamento dos assuntos na congregação visitada, encorajando e animando os seus membros, reunindo-se com os seus Anciãos, Servos Ministeriais e Pioneiros Regulares. Cuida de alguma dificuldade premente que lhe seja apresentada, profere discursos à congregação e participa com ela no seu serviço de evangelização durante a semana. Caso seja casado, a sua esposa acompanha-o e participa no serviço de evangelização junto com as Testemunhas locais. Caso o circuito seja extenso, é usual os Superintendentes Viajantes permanecerem hospedados na casa de um dos membros da congregação. Estes anciãos viajantes são recomendados pela Comissão de Filial e nomeados pela Comissão de Serviço do Corpo Governante, dentre os anciãos experientes que estão no serviço de Tempo Integral. No final de cada visita enviam um relatório ao Escritório da Filial.
Um Distrito é formado por cerca de 20 circuitos. Cada Circuito recebe semestralmente a visita semanal de um Superintendente de Distrito. É recomendado pela Comissão de Filial e nomeado pela Comissão de Serviço do Corpo Governante, dentre os superintendentes de Circuito mais experientes. Ele é directamente responsável pelo ensino transmitido nas Assembleias de Circuito do seu Distrito e preocupa-se em ajudar os Superintendentes de Circuito nas suas respectivas tarefas, dando conselhos e orientações. No final de cada visita a um Circuito enviam um relatório ao Escritório da Filial.
Anualmente, realizam-se reuniões de grandes dimensões chamadas de Congresso de Distrito, reunindo um Distrito inteiro ou parte do mesmo. Estas são realizadas em Salões de Assembleias das Testemunhas de Jeová ou em locais locados ou alugados para o efeito, tal como recintos desportivos. Os oradores participantes são seleccionados pelo Escritório da Filial.
Desde 1999, os superintendentes (anciãos) de Circuito e de Distrito recebem treinamento numa nova escola chamada de Escola de Superintendentes Viajantes. Muitos deles, já haviam antes frequentado a Escola Bíblica de Gileade ou a Escola de Treinamento Ministerial. Até 2005, 13 turmas cursaram a Escola para Superintendentes Viajantes no Centro Educacional da Torre de Vigia em Patterson, Nova York, Estados Unidos. Mais de 600 Superintendentes de Circuito e de Distrito do Canadá e dos Estados Unidos fizeram o curso. Durante o ano de serviço de 2004, a escola também passou a ser realizada em 87 outras filiais. Em 23 dessas, as turmas incluíam alunos de outros países.
Em meados de 2011, foi descontinuado o arranjo que instituia nas cidades com duas ou mais congregações, um ancião congregacional designado pela Comissão de Filial como Superintendente de Cidade, para cooperar com os diversos superintendentes viajantes.

ASSEMBLEIAS E CONGRESSOS

 

A primeira vez que os Estudantes da Bíblia, como então se designavam as Testemunhas de Jeová, efectuaram um grande ajuntamento foi em 1893, na cidade de Chicago, Illinois, EUA. A assistência foi de 360 pessoas e 70 novos membros foram batizados.
Na actualidade, realizam-se anualmente assembleias reunindo um Circuito inteiro ou parte do mesmo, chamadas de Assembleia de Circuito, de dois dias, e o Dia de Assembleia Especial. Estes eventos locais são assistidos por centenas e até milhares de pessoas.
Estas Assembleias são supervisionadas pelo Superintendente de Circuito que convida alguns anciãos mais experientes do Circuito para o proferimento dos diversos discursos programados pela Comissão de Ensino do Corpo Governante, debaixo de um tema geral. Os arranjos mecânicos relacionados com a Assembleia também estão sob a sua supervisão, tal como o arranjo do local, serviços de som, indicadores, entre outros. Geralmente reúne-se um dia antes da Assembleia de Circuito com os Pioneiros Regulares do circuito para prover-lhes treinamento básico e encorajamento.
Anualmente, realizam-se reuniões de grandes dimensões chamadas de Congresso de Distrito, reunindo um Distrito inteiro ou parte do mesmo. Estas são realizadas em Salões de Assembleias das Testemunhas de Jeová ou em locais locados ou alugados para o efeito, tal como recintos desportivos. Os oradores participantes são seleccionados pelo Escritório da Filial. Filiais ou congéneres menores poderão considerar ser mais prático reunir todas as congregações sob a sua jurisdição num só local, realizando assim um Congresso Nacional. A estes congressos anuais chegam a assistir vários milhares ou mesmo algumas dezenas de milhares de pessoas.
Note o que ocorreu em alguns dos últimos congressos:

·       "Obediência a Deus" em 2005: Foi lançado um novo livro de 224 páginas intitulado O Que a Bíblia Realmente Ensina?

·       "Aproxima-se o Livramento!" em 2006: Realizado em 155 países foi o primeiro Congresso a ser anunciado através de uma campanha mundial de convites distribuídos pessoalmente pelas Testemunhas. Foi lançado o novo livro de 192 páginas com o título Viva tendo em mente o dia de Jeová;

·       "Siga a Cristo!" em 2007: Lançou-se o novo livro de 192 páginas intitulado 'Venha Ser Meu Seguidor';

·       "Guiados Pelo Espírito de Deus" em 2008: Lançou-se um livro de 320 páginas intitulado Os Jovens Perguntam - Respostas Práticas II e o livro Mantenha-se no Amor de Deus;

·       "Mantenha-se Vigilante" em 2009: Lançou-se o livro Dê Testemuno Cabal sobre o Reino de Deus, o DVD As maravilhas da Criação Revelam A Glória de Deus, a brochura intitulada A Bíblia - Qual é a sua Mensagem? e um novo conjunto de 135 cânticos (consequentemente lançados também como cancioneiro Cantemos a Jeová);

·       "Continue Achegado a Jeová" em 2010: Lançou-se as brochuras A Vida - Teve um Criador? e A Origem da Vida - Cinco Perguntas Que Merecem Respostas, o livro de 192 páginas intitulado Jeremias e a Mensagem de Deus para Nós e o DVD Testemunhas de Jeová - Fé em Ação, Parte 1 - Da Escuridão para a Luz;

·       “Venha o Reino de Deus!'" em 2011: Lançou-se as brochuras Escute a Deus e Viva para Sempre, uma versão reduzida intitulada Escute a Deus, uma versão revisada do livro Os Jovens Perguntam - Respostas Práticas I e o DVD Testemunhas de Jeová - Fé em Ação, Parte 2 - Deixem a luz brilhar!, sendo este ultimo o segundo duma série de dois DVD's que contam a história recente das Testemunhas de Jeová;

·       "Proteja seu Coração'" em 2012: Será realizada a partir do mês de maio, no mundo inteiro;

CONGRESSOS INTERNACIONAIS

 

Sob a supervisão do Corpo Governante, realizam-se periodicamente Congressos Internacionais em diversos países espalhados pelos cinco continentes. Utilizam-se estádios desportivos ou outros locais convenientes, que possam comportar as grandes multidões que costumam comparecer a esses eventos. Como exemplo pode referir-se o Congresso Internacional de 1985, sob o tema Mantenedores da Integridade, que no Brasil reuniu quase 250 mil pessoas nos dois maiores estádios do país, a saber, o Maracanã com 86.410 pessoas e o Morumbi com 162.941 pessoas, recebendo delegações de onze países. O Congresso Internacional (ou Assembleia Internacional como se designava na época) que reuniu maior número de pessoas numa única cidade, realizou-se em Nova Iorque, entre os dias 27 de Julho a 3 de Agosto de 1958, sob o tema Vontade Divina. Mais de 250 mil pessoas lotaram o Estádio Ianque e o vizinho Campo de Pólo. Esta notável reunião juntou congressistas de pelo menos 123 países e grupos de ilhas. Neste Congresso, 7.136 pessoas foram batizados na praia de Orchard, a alguns quilómetros de distância. Durante muitos anos, este foi o maior batismo em massa, num só local, realizado pelas Testemunhas de Jeová.
Os Congressos Internacionais costumam ter uma duração de quatro dias, geralmente de quinta-feira a domingo. Tal como nos Congressos de Distrito, são proferidos discursos baseados na Bíblia, realiza-se a cerimónia de batismo de novos membros, é apresentada uma encenação teatral, muitas vezes com trajes antigos retratando um episódio bíblico, são efectuados lançamentos de novas publicações ou traduções da Bíblia num novo idioma e, em alguns anos, são adotadas resoluções após aprovação entusiástica dos presentes. O que torna mais distintivo um Congresso Internacional é a existência de delegações de diferentes países que escutam o programa no seu próprio idioma nos sectores do recinto que lhe estão destinados. Isto exige um enorme esforço de organização, incluindo transporte dos congressistas estrangeiros bem como a sua hospedagem, muitas vezes efectuada em casas particulares de Testemunhas locais. Segundo referido pelos congressistas que assistem, estes eventos reforçam o sentimento de união entre as Testemunhas, a maioria das quais se reúne com outras que nunca antes se haviam encontrado.
Mais recentemente foram realizados Congressos Internacionais em quatro países europeus: República Tcheca, Eslováquia, Alemanha e Polónia. Na Alemanha foram utilizados simultaneamente cinco estádios, os mesmos que haviam sido usados pela FIFA, duas semanas antes, durante o Campeonato Mundial de Futebol de 2006. A assistência foi superior a 200 mil pessoas, sendo que, apesar desse contingente de pessoas, não foi usada qualquer equipa de segurança particular ou estatal, em face da organização e bom comportamento das Testemunhas reunidas.
Os mais de 7.000.000 de membros activos das Testemunhas de Jeová segundo o Anuário das Testemunhas de Jeová de 2010, página 31 e nas estatísticas do seu site oficial, junto com muitos outros milhões de pessoas interessadas que assistem às suas reuniões nos Salões do Reino e Congressos, estão organizadas e distribuídas por congregações locais, precisamente 105.298 delas em todo o mundo. Certas localidades poderão ter apenas uma destas congregações, enquanto algumas cidades poderão conter várias dezenas. Todas essas congregações são supervisionadas por uma estrutura organizativa mundial, sob a liderança de um Corpo Governante.

ESTRUTURA ATUAL


Os mais de sete milhões e setecentos mil membros ativos das Testemunhas de Jeová em 2013 (vide anuário das Testemunhas de Jeová 2013 disponível em http://download.jw.org/files/media_books/47/yb13_T.pdf), encontram-se distribuídos em congregações que, por sua vez, fazem parte de uma estrutura mundial, supervisionada de sua sede mundial por seu grupo administrativo conhecido como Corpo Governante.

 

CONGREGAÇÕES


Cada congregação (ou igreja local, em gr. ekklesía), é composta de publicadores, ou seja, homens e mulheres, jovens e idosos, que publicam, pregam ou divulgam a mensagem que as Testemunhas chamam "boas novas", cumprindo assim o que entendem ter sido a ordem expressa de Jesus Cristo para os seus seguidores. A maioria destes publicadores são batizados, apesar de alguns ainda não terem alcançado esse passo. Para a liderança da congregação e de todas as suas atividades, são designados entre os homens batizados, experientes e exemplares, os que servirão como anciãos (ou presbíteros; em gr. presbýteroi) ou superintendentes (em gr. epískopoi), e servos ministeriais (ou diáconos; em gr. diákonos) como seus ajudantes. Os termos "servo ministerial" e "ancião" não são usados como títulos religiosos. Desde 1935, o local onde se reúne a congregação designa-se por "Salão do Reino". Conforme os locais, cada congregação pode possuir de poucas dezenas até bem mais de uma centena de membros ativos.

 

ANCIÃOS E SERVOS MINISTERIAIS

 

Reunião congregacional num Salão do Reino, em Portugal

As responsabilidades de todos os anciãos envolvem presidir as reuniões congregacionais e ensinar na congregação, tomar a dianteira no trabalho de evangelização, fazer periodicamente visitas de pastoreio a membros da congregação, visando aconselhar ou encorajar publicadores individuais ou as suas famílias, e julgarem assuntos relacionados com transgressões de leis ou princípios bíblicos, por parte de algum membro batizado. Na execução destas tarefas, os homens mais maduros ou anciãos são também conhecidos por superintendentes, visto que exercem uma função de supervisão e instrução.
Publicadores batizados exemplares poderão vir a ser designados servos ministeriais. Os servos ministeriais exercem funções não relacionadas com o ensino ou o pastoreio, tais como as tarefas mecânicas relacionadas com a distribuição de literatura pelos publicadores, cuidar da distribuição de território para pregação a cada publicador, supervisionar a limpeza e manutenção do Salão do Reino, entre outras. Alguns servos ministeriais com maior potencial são treinados pelos anciãos para receberem maiores responsabilidades. Alguns deles poderão proferir discursos à congregação, acompanhar anciãos em visitas de pastoreio ou mesmo cuidar de um grupo de Estudo biblico de Congregação (antigamente conhecido como Estudo de Livro), caso não existam anciãos suficientes. Por sua vez, novos anciãos são escolhidos entre estes servos ministeriais que demonstram capacidade de ensino e familiar, humildade e potencial de realizar as tarefas esperadas de um ancião.
Desde 1959, os anciãos congregacionais recebem treinamento periódico na Escola do Ministério do Reino. Cada ancião recebe um exemplar do manual intitulado Pastoreiem o Rebanho de Deus - 1 Pedro 5:2 (edição 2010), para usarem ao cuidar de suas responsabilidades. O uso do manual é reservado somente aos anciãos designados, solicitando-se a sua devolução caso deixem de servir nessa qualidade. É ainda desaconselhado que tenham partes do manual armazenados num computador pessoal. Este manual é um resumo condensado de instruções encontradas em dezenas de artigos de A Sentinela e outras publicações editadas pela Sociedade Torre de Vigia.
Desde 1984, a Escola do Ministério do Reino passou a incluir os Servos Ministeriais, provendo-lhes treinamento prático.
Anciãos e Servos ministeriais solteiros, podem ser convidados a cursar a Escola de Treinamento Ministerial (desde 1987), que visa habilitá-los a cuidar de forma mais eficiente das suas responsabilidades.
A designação como Ancião ou Servo Ministerial é altamente prezada pelos que a possuem, sendo que o cargo é encarado como um serviço voluntário prestado aos restantes membros da congregação. Nenhum destes homens é remunerado ou recebe qualquer compensação monetária ou material, pelas muitas horas dedicadas à execução das suas tarefas. Os restantes membros da congregação usualmente mostram respeito pelos que tomam a dianteira.

 

PROCEDIMENTOS DE DESIGNAÇÃO E REMOÇÃO


Duas vezes por ano em cada congregação, cada Corpo de Anciãos juntamente com o superintendente do circuito reúne-se para considerar a recomendação de cristãos exemplares habilitados para serem designados como servos ministeriais ou como anciãos (superintendentes) na congregação. A consideração é iniciada e concluída com uma oração. Durante a reunião, eles analisam se cada candidato em consideração preenche satisfatoriamente as qualificações estabelecidas na Bíblia. (1Timóteo 3:2-7, 8-13; Tito 1:5-9; 1 Pedro 5:2-4) Caso concordem que a pessoa satisfaz as qualificações num grau razoável, sua recomendação é enviada ao Departamento do Serviço do Escritório da Filial. Nenhum dos homens visados tem conhecimento prévio de que foi recomendado, sendo que todo processo é mantido confidencial para toda a congregação. Mais tarde, a Comissão de Serviço da Congregação será informada por escrito se a pessoa recomendada foi designada e só nesta altura o visado será informado da designação, que entrará em vigor caso ele concorde em assumir a designação. Em caso positivo, será feito um breve anúncio à congregação.
A pessoa designada servirá nessa qualidade enquanto estiver à altura dos requisitos, não tendo necessidade de resignar por motivo de doença prolongada ou limitações físicas devido a idade avançada. Se divergir das orientações oficiais do Corpo Governante ou transgredir leis divinas, conforme delineadas na Bíblia, ele deverá prontamente pedir a resignação de seus cargos congregacionais. Como qualquer outro membro da congregação, será removido de suas designações de serviço se ficar bem estabelecido que cometeu grave negligência no cumprimento dos seus deveres. Em caso de violação de leis bíblicas, poderão ser desassociados, caso não demonstrem genuíno arrependimento. Usualmente, aqueles que perderam os seus privilégios especiais de serviço, após terem recuperado a sua boa reputação, terão de aguardar um certo tempo, e após ter sido aprovado pelos anciãos, poderão ser designados novamente.

 

CORPO DE ANCIÃOS


Cada congregação é governada por uma comissão de anciãos congregacionais (ou presbitério; em gr. presbytérion), habitualmente chamado de Corpo de Anciãos, com função deliberativa. Todos têm a mesma autoridade, apesar de nem todos possuírem a mesma experiência. Normalmente, reúnem-se em cada visita semestral do superintendente de circuito e em outras ocasiões que sejam consideradas necessárias para cuidar de assuntos relacionados com a congregação a que servem. Regra geral, o ancião congregacional mais experiente é designado como Coordenador do Corpo de Anciãos, presidindo as reuniões do Corpo de Anciãos. No entanto, não lhe é atribuída mais autoridade do que a qualquer outro ancião. Ele não tem poder de decidir nada sozinho, e vale ressaltar que ele é o "Coordenador" do Corpo de Anciãos, e não da congregação. O inteiro Corpo de Anciãos coordena a congregação.

 

COMISSÃO DE SERVIÇO DA CONGREGAÇÃO


A Comissão de Serviço da Congregação exerce uma função executiva, sendo formada pelos anciãos congregacionais que ocupam os cargos de Coordenador do Corpo de Anciãos, de Secretário da Congregação e de Superintendente do Serviço. Visto que uma congregação pode possuir diversos anciãos, estes delegam na Comissão de Serviço da Congregação a execução de algumas tarefas que exigem atenção imediata. No entanto, toda a sua actuação é subordinada à autoridade do Corpo de Anciãos da congregação e das orientações recebidas do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová através da respectiva Comissão de Filial.
A Comissão de Serviço se espelha nos apóstolos de Jesus, e o aceitam como líder, seguindo de perto a Bíblia como guia.

 

PUBLICADORES DE CONGREGAÇÃO


Todos – homens e mulheres, jovens e idosos - os que participam regularmente na actividade de testemunho organizado pelas congregações locais das Testemunhas de Jeová, são chamados de Publicadores de Congregação. É dever de cada publicador ensinar publicamente as "Boas Novas do Reino" de Deus (Mateus 24:14; 28:19,20), segundo a interpretação dada pelo Corpo Governante das Testemunhas de Jeová. Em Atos 20:20 (NM), usa-se a expressão "de casa em casa". Assim, contactam a população local nas suas casas, estabelecimentos e locais públicos, com a intenção de apresentar a mensagem bíblica e oferecer cursos ou estudos bíblicos domiciliares gratuitos, em base regular, para as pessoas interessadas. Para isso, usam actualmente como manual de estudo bíblico o livro O Que a Bíblia Realmente Ensina?, editado em 2005, pela Sociedade Torre de Vigia. Nos idiomas em que está disponível, distribuem e usam nos estudos e reuniões a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Caso contrário, usam as traduções disponíveis naquele idioma. Poderá ser usado um segundo livro Adore o Único Deus Verdadeiro editado em 2002, pela Sociedade Torre de Vigia, para consolidar os conhecimentos já adquiridos.
Por fazerem isso, os publicadores crêem que estão a realizar a vontade divina e que ajudam as pessoas interessadas a aprender a verdade bíblica. O seu ministério de evangelização pública é feito gratuitamente e motivado, segundo afirmam, pelo amor a Deus e ao próximo. Muitas pessoas, mesmo as que não se tornaram Testemunhas batizadas, afirmam que foram beneficiadas por começarem a estudar a Bíblia, aprofundando assim o seu conhecimento bíblico e a sua fé, por receberem treinamento em oratória e arte de ensino, e por interiorizarem valores do cristianismo nas suas vidas.

FORMAÇÃO DOS PUBLICADORES

 

Semanalmente, todos os publicadores recebem treinamento em oratória e arte de ensino na Escola do Ministério Teocrático (desde 1943), baseado no manual intitulado Beneficie-se da Escola do Ministério Teocrático editado em 2003, pela Sociedade Torre de Vigia. Recebem um periódico com 4 a 8 páginas, intitulado Nosso Ministério do Reino, com instruções mensais sobre como fazer a obra de evangelização. Este folheto serve de base para a realização semanal nos seus Salões do Reino da Reunião do Serviço. O livro Raciocínios à Base das Escrituras (editado em 1983 e revisado em 1989, pela Sociedade Torre de Vigia) é o manual dos publicadores para o uso no ministério público. Espera-se que todos os membros da congregação participem na obra de pregar a mensagem bíblica e, segundo o seu entendimento das ordens de Jesus registadas em Mateus 28:19, 20, esforçam-se por encontrar e fazer novos discípulos. Baseando-se nas palavras de Jesus, costumam participar neste serviço aos pares e encaram o seu território como um campo em colheita, daí que muitas vezes usem a expressão "serviço de campo" para se referirem ao trabalho de evangelização. (Lucas 10:1, 2; Mateus 10:37, 38; João 4:35, 36).

NOVO PUBLICADOR

 

Quando alguém assiste às reuniões das Testemunhas, podendo estar matriculado na Escola do Ministério Teocrático, e deseja iniciar o trabalho de evangelização junto com a congregação local, normalmente expressa isso à pessoa que lhe dirige o estudo bíblico gratuito. Ao serem informados sobre este desejo, os anciãos designam dois entre os seus pares para analisarem, junto com a pessoa, se ela já ajustou a sua vida aos ensinos das Testemunhas. Em caso positivo, a pessoa é aceita como um "Publicador não-batizado" da congregação. Enquanto for "publicador não-baptizado", é encarado como um associado às Testemunhas de Jeová, habilitado a representar a congregação local no território. Se cometer transgressão grave, deixará de ser contado como "Publicador" de Congregação. Os publicadores não-batizados usualmente incluem os filhos menores de pais Testemunhas de Jeová e os estudantes da Bíblia que se preparam para o batismo.

BATISMO DOS PUBLICADORES

 

Quando o publicador solicita o batismo, o Corpo de Anciãos designa três dos seus pares para que cada um realize uma de três sessões de perguntas e respostas com o candidato. São usadas as perguntas impressas no apêndice do manual Organizados para Fazer a Vontade de Jeová, editado em 2005, pela Sociedade Torre de Vigia. As respostas devem ser espontâneas e sempre baseadas na Bíblia. Se os três anciãos ficarem convencidos de que a pessoa, naquela data, está firmemente convicta de que deseja ser uma Testemunha de Jeová, acreditando plenamente e aceitando voluntariamente todas as suas doutrinas e normas de moral, então ela poderá ser batizada na próxima ocasião conveniente. A partir do seu batismo, o publicador torna-se membro da congregação local, sendo então correctamente chamado de "Testemunha de Jeová".

RELATÓRIOS DE SERVIÇO DOS PUBLICADORES

 

Mensalmente, cada publicador, batizado ou não, entrega um Relatório de Serviço de Campo indicando as horas gastas no ministério de evangelização, as Bíblias e publicações da Sociedade deixadas com o público, o número de revisitas, ou seja visitas subsequentes, efetuadas a pessoas interessadas e os estudos bíblicos domiciliares dirigidos. Este relatório serve de base para o Secretário da Congregação elaborar o Registro do Serviço de cada publicador e da congregação em geral. Estes dados são então publicados mensalmente em Nosso Ministério do Reino pelo Escritório local da Filial. Por sua vez, o relatório mundial é publicado anualmente no Anuário das Testemunhas de Jeová. Os publicadores não tem uma cota fixa mensal de horas. É aceito o máximo que cada pessoa puder dar na sua participação na obra de evangelizar, consoante às suas condições familiares ou pessoais, questões de idade e saúde, entre outras. Incentiva-se que todos os publicadores tenham como alvo atingir pelo menos a média de horas de sua congregação ou do país.
Chama-se Publicador Irregular, o publicador que num mês ou mais não relatou o seu serviço. Considera-se um Publicador Inativo quando alguém deixa de participar na obra de evangelização, não relatando o seu serviço por 6 meses consecutivos ou mais. Neste último caso, o publicador deixa de ser contado no número total de publicadores ativos. No caso dos inativos batizados, apesar de não ser contado entre o número dos publicadores, ainda é formalmente uma Testemunha de Jeová. Ou seja, ainda continua a ser considerado e apoiado como membro da congregação mas, tal como todos os demais, se cometer uma transgressão grave está sujeito a uma ação judicativa.

COBERTURA DO TERRITÓRIO

 

Para melhor organizar o seu trabalho de evangelização, as congregações locais possuem um determinado território designado pela Comissão de Filial, através do Departamento do Serviço. Este território é, por sua vez, dividido em pequenas secções (por bairro, quadra ou quarteirão, rua ou parte da mesma, etc.). Esta área, usualmente indicada num pequeno cartão com um mapa, conhecido por Cartão de Território, é designada a um publicador para realizar seu trabalho de evangelização.
Faz-se uma breve visita a cada pessoa, procurando palestrar sobre um tópico bíblico e deixando publicações apropriadas com as pessoas que mostrarem interesse. Procura-se contactar sempre que possível todos os moradores indicados na porção de território designado. Após estar concluído, esse território será novamente designado a outro publicador.
Se uma pessoa visitada manifestar de forma clara o desejo de não ser contactada numa base regular em sua residência, o publicador que presentemente cuida desse território tem o dever de transmitir esse pedido a um dos membros da Comissão de Serviço da congregação local, que fará um registo escrito do pedido no respectivo cartão de território. Em alternativa, a pessoa poderá transmitir a sua vontade remetendo uma carta à Comissão de Serviço da Congregação local.

SERVIÇO DE TEMPO INTEGRAL

 

Há diferentes modalidades de serviço disponível para os publicadores batizados na congregação, sejam homens ou mulheres. Designam-se por Pioneiros, os publicadores de congregação que decidem voluntariamente tornar-se evangelizadores de uma forma mais ampliada. O termo Pioneiro deriva da forma como eram conhecidos os pregadores entre as Testemunhas, há cerca de um século atrás, que foram a regiões onde pouco ou nenhum trabalho de evangelização se fizera e lançaram a base para o futuro crescimento organizacional. Tais pessoas dedicavam todo o seu tempo a essa obra de evangelização.
Todos os homens ou mulheres que, apesar do seu desejo, não possam ingressar como evangelizadores de Tempo Integral, por razões familiares, escolares ou profissionais, podem escolher servir como Pioneiros Auxiliares. Eles fazem um esforço para atingir o requisito de dedicar pelo menos 50 horas na obra de evangelização pública, durante pelo menos um mês. Para serem reconhecidos como tal durante aquele mês, terão de ser publicadores batizados e a sua petição deverá ser aprovada pela Comissão de Serviço da congregação local.
Os chamados Pioneiros Regulares, homens ou mulheres, são publicadores batizados que aceitam voluntariamente o requisito de realizar pelo menos 840 horas durante pelo menos um ano na obra de evangelização pública. A sua petição deverá ser aprovada pela Comissão de Serviço da congregação local bem como pelo Escritório da Filial. Tal como acontece com todos os outros publicadores, o seu ministério não é remunerado e o Pioneiro Regular necessita de cuidar do seu sustento pessoal ou familiar. Findo o primeiro ano de serviço, regra geral, poderá ser convidado a cursar a Escola do Serviço de Pioneiro (desde 1978) onde receberá um manual intitulado Brilhando como Iluminadores do Mundo. Consoante as suas habilitações e circunstâncias pessoais, poderá ser convidado a ingressar em outras modalidades de serviço de Tempo Integral, tais como o serviço de Betel, serviço de Pioneiro Especial ou no Serviço Missionário.
Pioneiros Especiais e pioneiros Missionários, são designados e enviados como evangelizadores para territórios em que a obra de evangelização é inexistente ou onde existe um pequeno número de publicadores, ou ainda, em países em que há necessidade de liderança em congregações recém-formadas. O seu requisito de horas de evangelização é actualmente de 130 horas por mês (anteriormente o requisito era de 140 horas, e durante os anos 30 e 40 do Século XX, de 150 horas). No caso destes Pioneiros, fazem um voto de pobreza por escrito como membros da Ordem Mundial dos Servos Especiais de Tempo Integral das Testemunhas de Jeová.

 

POSIÇÃO E PAPEL DA MULHER NA CONGREGAÇÃO

 

No entendimento das Testemunhas de Jeová, a Bíblia estabelece que os cargos de serviço nas congregações sejam exercidos apenas por cristãos batizados habilitados. (1 Timóteo 2:12, 13) Impede-se assim que mulheres exerçam autoridade religiosa sobre cristãos batizados do sexo masculino da congregação. Tampouco, devem questionar publicamente, desafiar ou tentar usurpar a sua posição de autoridade. Ainda assim, o trabalho das mulheres é altamente valorizado no serviço de pregação pública, visto que elas também são consideradas como ministros ordenados após o seu batismo. As mulheres podem participar nas reuniões com comentários e em demonstrações práticas de como efectuar a obra de evangelização. Se as suas circunstâncias pessoais e familiares permitirem, podem ingressar em várias modalidades do serviço de Tempo Integral, tal como no serviço de Pioneiro ou Missionário.
Orar ou ensinar na congregação normalmente é uma responsabilidade atribuída ao homem. Portanto, quando uma mulher cristã cuida de assuntos pertinentes à adoração, que normalmente seriam cuidados pelo marido ou por um homem batizado, ela deve usar uma cobertura sobre a cabeça (como um lenço, por exemplo) segundo o entendimento das Testemunhas das instruções contidas em 1 Coríntios 11:3-10. Se numa congregação recém-formada não houver cristãos habilitados disponíveis, uma cristã batizada capaz pode presidir a reuniões congregacionais, ser leitora pública ou fazer oração, mas fará isso sentada e usando uma cobertura na cabeça. De igual modo, pode ser designada não oficialmente a cuidar de algumas tarefas congregacionais. Se servir como tradutora, durante uma reunião ou de uma oração, não é necessário que cubra a cabeça.
Na família, ao orar em voz alta para si mesma ou para os filhos, ou quando dirige um estudo bíblico aos filhos, caso esteja na presença do marido que não é Testemunha, a mulher deverá cobrir a cabeça. Se o marido não estiver presente, a esposa não precisa cobrir a cabeça, pois entende-se que está divinamente autorizada a ensinar os filhos.
Na obra de evangelização pública, não precisa usar uma cobertura na cabeça como sinal externo de sujeição ao arranjo de Deus, visto que a responsabilidade como ministros públicos cabe a ambos os sexos. No entanto, caso uma mulher tenha de dirigir um estudo bíblico na presença de um homem batizado, talvez por este se encontrar incapacitado de falar, ela deverá cobrir a cabeça.

REFERÊNCIAS

 

1.    http://www.watchtower.org/e/statistics/worldwide_report.htm Statistics: 2009 Report of Jehovah's Witnesses Worldwide
2.    [1]
3.    Despertai! de 8 de Agosto de 1992, página 12
5.    A Sentinela, de 1 de Setembro de 1982, pág. 16-17

ESTRUTURA DO CORPO GOVERNANTE DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová é formado por um órgão central de homens mais experientes, usualmente designados. Este colegiado tem a responsabilidade de promover e coordenar a obra das Testemunhas de Jeová em dezenas de milhares de congregações. O Corpo Governante designa homens qualificados que, por sua vez, são autorizados a designar anciãos e servos ministeriais para cuidar das congregações. As Testemunhas de Jeová em todo o mundo respeitam essas designações. Esse grupo de homens, orienta, direciona, determina e dirige a organização das Testemunhas de Jeová. A autoridade deste grupo é incontestável dentro da organização, pois crêem que falam por designação de Deus.

MODELO BÍBLICO

 

As Testemunhas de Jeová baseiam a necessidade de existência de um Corpo Governante, ou órgão central administrativo, por entenderem que há um paralelo com o que acontecia nas congregações do Século I EC.
Desde o começo, os seguidores de Jesus estavam organizados. Ao passo que o número dos discípulos se multiplicava, formaram-se igrejas ou congregações locais e designaram-se homens responsáveis, presbíteros ou anciãos, para as orientarem. Por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu a Tito, comissionando-o:

·       Tito 1:5: "Eu te deixei em Creta para cuidares da organização e ao mesmo tempo para que constituas presbíteros em cada cidade." (Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, de 2002)

Após a morte de Jesus, os doze apóstolos actuavam como o que pode ser designado um corpo governante central. Nesta função, tomaram destemidamente a dianteira na obra de evangelização. (Atos 4:33, 35, 37; 5:18, 29) Organizaram a distribuição de alimentos para os necessitados, e enviaram missionários a Samaria, para cuidar do interesse relatado lá (Atos 6:1-6; 8:6-8, 14-17). Vários assuntos eram reportados a esses homens em Jerusalém. Por exemplo, Barnabé apresentou-lhes Paulo, para confirmar que ele era agora um seguidor de Jesus (Atos 9:27; Gálatas 1:18, 19). Também, depois de Pedro ter pregado a Cornélio e aos da sua casa, ele voltou a Jerusalém e explicou aos apóstolos e a outros irmãos na Judéia havia ocorrido esta primeira conversão entre os gentios (Atos 11:1-18).
Quando surgiu uma disputa sobre se os gentios que seguiam a Jesus deviam sujeitar-se à Lei religiosa dos judeus, o assunto foi apresentado para decisão aos "apóstolos e anciãos, que estavam em Jerusalém". (Atos 15:2, 6, 20, 22, 23) A Bíblia não revela porque outros além dos Apóstolos foram incluídos nas reuniões de tomada de decisões, mas a morte de Tiago e o encarceramento de Pedro provavam que os apóstolos poderiam algum dia ser presos ou mortos. Assim, a presença de outros anciãos habilitados garantiria a continuação ordeira da supervisão de todas as igrejas ou congregações. Esta supervisão era muitas vezes exercida por meio de cartas e instruções escritas:

·       Atos 16:4: "Ao passarem pelas cidades, transmitiam-lhes, para que as observassem, as decisões sancionadas pelos apóstolos e anciãos de Jerusalém." (Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, de 2002)

Assim, segundo o entendimento das Testemunhas de Jeová, os "apóstolos e anciãos em Jerusalém" enviavam cartas e emissários às congregações, servindo como um colégio governante ou orientador. O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová afirma seguir este precedente bíblico ao enviar cartas, publicações bíblicas e superintendentes viajantes, com o objectivo de corrigir, instruir, orientar e encorajar todas as Testemunhas de Jeová.

 

ESTRUTURA INICIAL DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ


Em julho de 1879 foi publicada pela primeira vez uma nova revista religiosa chamada Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo (em inglês), em Pittsburgh, na Pensilvânia, Estados Unidos da América, com uma primeira edição de apenas 6.000 exemplares. A revista passou a ter uma tiragem mensal e o seu redator e editor era Charles Taze Russell, mencionando-se os nomes de mais cinco colaboradores regulares. Naquele tempo, Russell associava-se com uma congregação cristã de estudantes da Bíblia em Allegheny, na Pensilvânia, e esta congregação solicitou que ele servisse como seu pastor religioso. Depois disso, Russell veio a ser mundialmente conhecido como "Pastor Russell".
A edição em inglês, de Setembro de 1881 da Torre de Vigia de Sião, (hoje conhecida como A Sentinela - Anunciando o Reino de Jeová) foi publicada como edição especial destacando o artigo "Alimento Para os Cristãos Refletivos". Esta edição atraiu muita atenção e teve ampla distribuição. Anteriormente, Russell havia publicado outros panfletos gratuitos, distribuindo milhões de cópias. Com o fim de divulgar com mais eficiência literatura bíblica similar a tais panfletos, organizou-se em 1881 a Sociedade Torre de Vigia de Tratados de Sião (Zion’s Watch Tower Tract Society) que viu a sua designação alterada am 1986 para Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (Watch Tower Bible and Tract Society). Os estatutos da Sociedade estabeleceram uma provisão de direito a votos em que todo associado que contribuísse um total de dez dólares tinha direito a voto na escolha dos membros da junta de diretores e administradores da Sociedade. Era opinião geral que tais contribuições dariam evidência do genuíno interesse na obra daquela organização. Esta Sociedade passou a ter Assembleias-gerais dos seus membros, numa base anual, desde 1885.
Com o passar do tempo, organizaram-se outras sociedades religiosas, em outros países, para trabalharem com a sociedade religiosa original nos Estados Unidos. Em consequência, muitos milhares de pessoas, em todo o globo, tornaram-se leitores das publicações da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Elas reuniam-se em grupos de estudo da Bíblia e esperavam receber dos redatores e editores da Sociedade Torre de Vigia o que consideravam alimento espiritual na forma da revista A Sentinela e de outras publicações como ajudas ao entendimento do texto bíblico. Estes cristãos vieram a ser conhecidos como Estudantes Internacionais da Bíblia. Continuaram a usar este nome até 26 de julho de 1931, quando adotaram num congresso geral da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia, em Columbus, Ohio, Estados Unidos da América, a resolução de tomar o nome de Testemunhas de Jeová.
Até à década de 40 do Século XX, a Diretoria da Sociedade Torre de Vigia, constituída por sete membros, que incluía o Presidente, eram virtualmente os responsáveis por toda a informação publicada, bem como pela orientação dos procedimentos administrativos e doutrinais a aplicar em cada congregação das Testemunhas de Jeová em toda a terra. Assim, era habitual usar a expressão a Sociedade como referência a esta liderança.

 

SURGE O CONCEITO DE UM CORPO GOVERNANTE


Na reunião administrativa com todos os membros da Sociedade que tinham direito a voto, em 2 de outubro de 1944, foi unanimemente decidido que os estatutos da Sociedade fossem revisados. O número de membros seria restringido entre 300 e 500, devendo todos ser homens escolhidos pela junta de diretores, não com base nas contribuições monetárias, mas por serem Testemunhas de Jeová maduras, ativas e fiéis que estivessem servindo por tempo integral na obra da organização ou que fossem ministros ativos nas congregações das Testemunhas de Jeová. Esses membros votariam para a escolha da junta de diretores, e a junta de diretores por sua vez selecionaria os seus componentes. Esse novo sistema entrou em vigor no ano seguinte, em 1 outubro de 1945.
Foi na sequência dessa Assembleia-geral da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados em 2 de outubro de 1944, que pela primeira vez se fez referência ao grupo de homens responsáveis pela orientação dos interesses das Testemunhas de Jeová como constituíndo um Corpo Governante. O artigo "O Alinhamento Teocrático Hoje", publicado em A Sentinela de novembro de 1945, declarou:

"Razoavelmente, os aos quais se confiou a publicação das verdades reveladas da Bíblia eram considerados o corpo governante escolhido do Senhor para guiar todos os que desejavam adorar a Deus em espírito e em verdade e servi-lo unidamente na disseminação destas verdades reveladas a outros famintos e sedentos. (...) O dinheiro, conforme representado nas contribuições financeiras, não deve ter voto determinante, de fato não deve ter nada que ver com a escolha do corpo governante das Testemunhas de Jeová na terra. O espírito santo, a força ativa que desce de Jeová Deus mediante Cristo Jesus, é que deve determinar e guiar o assunto."

CONCEITO ATUAL


Apesar dos ajustes estatutários da Sociedade em 1944, durante as décadas seguintes os membros do Corpo Governante ainda eram identificados com os sete membros da diretoria da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Pensilvânia. Sobre o Presidente da Sociedade recaía a principal carga de responsabilidade de tomar decisões que afetavam o funcionamento das filiais e congêneres da Sociedade em todo o mundo.
Em 1 de Outubro de 1971, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia realizou a sua Assembléia-geral anual, no Salão de Assembléias das Testemunhas de Jeová, em Buckingham, na Pensilvânia, Estados Unidos da América. Todos os sete membros da Diretoria desta Sociedade estiveram presentes e participaram no programa apresentado. A lista de membros de Sociedade na ocasião era de 450, em toda a terra. Muitos destes membros assistiram pessoalmente e outros foram representados por procuração. Ao todo, assistiram 2.076 pessoas a esta assembléia geral. No programa apresentado, explicou-se que o Corpo Governante deveria ser uma estrutura mais aproximada da que existia pouco depois da implementação do Cristianismo, durante o período apostólico. Foram fornecidas razões para separar definitivamente o conceito de Corpo Governante da Diretoria de uma qualquer Sociedade. Entre tais argumentos estavam os seguintes:

·       Os mandatos dos diretores da Sociedade expiravam após três anos, necessitando de ser substituídos ou reeleitos. O mesmo acontecia com os mandatos de três encarregados da Sociedade, a saber, os do presidente, do vice-presidente e do secretário-tesoureiro (e agora também o do seu ajudante). Mas, tal como no caso dos doze apóstolos e dos outros anciãos da congregação de Jerusalém, os membros do Corpo Governante não poderiam ser eleitos anualmente, mas deveriam ocupar os seus cargos de responsabilidade de modo permanente, enquanto vivessem e continuassem fiéis como discípulos de Jesus Cristo.

·       O Corpo Governante não deveria ter funcionários tais como a Diretoria da Sociedade, a saber, titulares tais como um presidente, um vice-presidente, um secretário-tesoureiro e um secretário-tesoureiro ajudante. Deveria ter apenas alguém que preside, assim como teve o corpo governante do Século I AD. Argumentou-se que o apóstolo Pedro presidiu ao corpo governante no dia festivo de Pentecostes do ano 33 AD, e o discípulo Tiago, meio-irmão de Jesus Cristo, presidiu numa data posterior, segundo a narrativa nos Atos dos Apóstolos.

·       O número de membros do Corpo Governante não deveria ser limitado ao número dos membros da Diretoria da Sociedade, a saber, ao número de sete. A congregação cristã começou em Pentecostes com doze membros no seu corpo governante situado em Jerusalém, e foi posteriormente aumentado para além dos doze apóstolos de Cristo para incluir outros anciãos da congregação de Jerusalém.

·       Entendia-se que o Corpo Governante deveria ser constituído apenas por membros "ungidos" e com esperança celestial. No entanto, a maioria dos até 500 membros da Sociedade com direito a voto são constituídos por pessoas que não professam pertencer a essa classe. Assim, não seria lógico que fossem tais pessoas a escolher o Corpo Governante "ungido".

Embora o modelo antigo baseado em: "Atos 15: 4 Chegando a Jerusalém, foram recebidos benevolamente pela congregação e pelos apóstolos e anciãos, e eles narraram as muitas coisas que Deus tinha feito por meio deles. 5 Contudo, alguns dos da seita dos fariseus, que haviam crido, levantaram-se dos seus assentos e disseram: “É necessário circuncidá-los e adverti-los que observem a lei de Moisés.” 6 E os apóstolos e os anciãos ajuntaram-se para considerar esta questão. 7 Ora, tendo havido muita disputa, levantou-se Pedro e disse-lhes: “Irmãos, bem sabeis que desde os primeiros dias Deus fez entre vós a escolha de que por intermédio da minha boca as pessoas das nações ouvissem a palavra das boas novas e cressem; 8 e Deus, que conhece o coração, deu testemunho por dar-lhes o espírito santo, assim como dera também a nós."
E, "Atos 15: 22 Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, junto com toda a congregação, enviar a Antioquia homens escolhidos dentre eles, junto com Paulo e Barnabé, a saber, Judas, que era chamado Barsabás, e Silas, homens de liderança entre os irmãos; 23 e escreveram por sua mão: “Os apóstolos e os anciãos, irmãos, aos irmãos em Antioquia, e Síria, e Cilícia, que são das nações: Cumprimentos!". Vemos que Atos, escrito por Lucas, mostra claramente que "fariseus" e "toda a congregação" também faziam parte daquele tal corpo governante, todos estavam juntos. O que não acontece hoje, quando meia dúzia de membros do atual corpo governante, decidem sobre todos os membros testemunhas.
Outro fato interessante a ressaltar é que naquele tempo não existia uma empresa, uma sociedade, por trás do corpo governante como existe hoje, contrariando a ordem direta de Jesus registrado em "Lucas 10:1 Depois destas coisas, o Senhor indicou outros setenta e os enviou, aos dois, na sua frente, a cada cidade e lugar aonde ele mesmo estava para ir. 2 Começou então a dizer-lhes: “A colheita, deveras, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, rogai ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. 3 Ide. Eis que eu vos envio como cordeiros no meio de lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias, e não abraceis a ninguém em cumprimento ao longo da estrada. 5 Onde quer que entrardes numa casa, dizei primeiro: ‘Haja paz nesta casa.’ 6 E, se ali houver um amigo da paz, descansará sobre ele a vossa paz. Mas, se não houver, ela voltará para vós. 7 Assim, ficai naquela casa, comendo e bebendo as coisas que provêem, porque o trabalhador é digno de seu salário. Não vos estejais transferindo de casa em casa."
Portanto, vemos que Jesus disse que para pregar não deveriam levar qualquer aparato para levar publicações (bolsa ou similar, e conclui-se ainda que não havia necessidade de uma editora de livros e revistas),e ainda disse que não deveriam ir (transferir) de "casa em casa".

 


COMISSÕES ADMINISTRATIVAS DO CORPO GOVERNANTE


No começo de dezembro de 1975, todo o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová reuniu-se em Brooklyn, Nova Iorque, Estados Unidos da América, com o objectivo de considerar recomendações relacionadas com a organização e o funcionamento. Por muitos meses, duas comissões diferentes haviam estudado ajustes na organização. E assim, em 4 de dezembro de 1975, o Corpo Governante aceitou unanimemente essas recomendações, sendo que o presidente do Corpo Governante, em 12 de dezembro de 1975, leu para a família de Betel uma carta explicando os ajustes. Enviaram-se também cartas a todas as filiais e congéneres em todo o mundo, explicando o funcionamento, e na Sentinela de 1 de fevereiro de 1976 (em inglês; 1 de abril, em português) foi publicado um artigo intitulado "Ajustes no Corpo Governante", o qual explicou que haviam sido formadas seis comissões do Corpo Governante que começaram a funcionar em 1 de janeiro de 1976.
Cada comissão seria constituída por 3 a 6 membros, todos os quais tendo voz igual nos assuntos em consideração. O presidente de cada comissão serviria nessa capacidade por um ano. Os membros individuais do Corpo Governante poderiam servir em uma ou mais dessas comissões. Os assuntos decididos por unanimidade em cada comissão, seriam submetidos à apreciação de todos os membros do Corpo Governante.
Segundo mencionado em A Sentinela, estas seis Comissões e as suas responsabilidades são as seguintes:

·       Comissão dos Coordenadores
É formada pelos coordenadores de cada uma das outras comissões e um secretário. Ela se certifica de que todas as comissões operem de modo suave e eficiente. Cuida também de emergências maiores, perseguições, desastres e outros assuntos urgentes que afectam as Testemunhas de Jeová no mundo inteiro.

·       Comissão de Redação
Esta comissão supervisiona a colocação do alimento espiritual em forma escrita e gravada para publicação e distribuição entre as Testemunhas de Jeová e o público em geral, tal como preparação de novas publicações e a redacção de artigos, incluindo a produção de cassetes áudio e vídeo, CD's e DVD's. Visto que ela trata das publicações, supervisiona também o trabalho de tradução feito em toda a terra, em centenas de línguas.

·       Comissão de Ensino
A responsabilidade desta comissão é supervisionar a programação e realização das reuniões congregacionais, assembleias de Circuito e Especiais, Congressos de Distrito, bem como das diversas escolas de treinamento especializado. Cuida ainda da instrução para a família de Betel, esquematizando a matéria a ser usada para esses fins.

·       Comissão de Serviço
Esta comissão supervisiona a realização da obra de evangelização, o trabalho das comissões de Filial, dos superintendentes de Zona, dos superintendentes de Circuito e de Distrito, actividades dos pioneiros especiais e missionários, e cuida das designação ou remoção de anciãos e de servos ministeriais.

·       Comissão Editora
Esta comissão supervisiona a impressão, edição e expedição das publicações em todo o mundo. Portanto, tem a responsabilidade de supervisionar as gráficas e propriedades pertencentes e administradas pelas diversas sociedades usadas pelas Testemunhas de Jeová, bem como as operações financeiras, assuntos jurídicos e comerciais relacionados com a evangelização das Testemunhas em toda a terra.

·       Comissão do Pessoal
Esta comissão tem a supervisão sobre os arranjos feitos para prestar assistência pessoal e espiritual aos membros das famílias de Betel, pertencentes à Ordem Mundial dos Servos Especiais de Tempo Integral das Testemunhas de Jeová, e tem a responsabilidade de convidar novos membros a servir nas famílias de Betel e em outras instalações em todo o mundo.

Além do arranjo de supervisionar a obra do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová por meio das seis comissões, foi também providenciado que cada filial, a partir de 1 de fevereiro de 1976, tivesse uma comissão responsável para cooperar com o Corpo Governante na administração dos arranjos organizacionais, mantendo-o informado sobre o progresso da obra do Reino no território designado a filial. Esta comissão tem um presidente que serve por um ano. Dependendo do tamanho da filial, a comissão poderá ter desde três membros a tantos quantos sete. O rodízio de presidência nas comissões de filial ocorre cada ano em 1 de janeiro.

 

DESENVOLVIMENTOS MAIS RECENTES


A Sentinela de 15 de Abril de 1992 publicou um anúncio onde se apresentavam alguns ajustes no funcionamento das Comissões do Corpo Governante. A revista informava na página 31:

"Os membros do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, atualmente 12, continuam a servir fielmente em suas designações. Sempre são gratos pelo apoio zeloso dos membros leais da crescente “grande multidão”. (Revelação ou Apocalipse 7:9, 15) Em vista do tremendo aumento no mundo todo, parece apropriado nesta ocasião providenciar ajuda adicional para o Corpo Governante. Portanto, decidiu-se convidar vários ajudantes, principalmente dentre a grande multidão, para participarem nas reuniões das Comissões do Corpo Governante, isto é, as Comissões do Pessoal, Editora, de Serviço, de Ensino e de Redação. Assim, o número de participantes nas reuniões de cada uma dessas comissões será aumentado para sete ou oito. Sob a orientação dos membros do Corpo Governante da respectiva comissão, esses ajudantes participarão nas considerações e cuidarão de várias incumbências que a comissão lhes der. Este novo arranjo vigora a partir de 1 de maio de 1992."

Assim, Testemunhas de Jeová que não professavam ser membros da classe "ungida" e com esperança celestial, serviam agora como observadores e ajudantes, sem direito a voto, sendo que o anúncio traçava um paralelo entre estes e os antigos ajudantes não israelitas, netineus e filhos dos servos de Salomão, que retornaram do exílio em Babilónia com o restante dos judeus. Esses não-israelitas chegaram a ultrapassar em número os levitas que retornaram (Esdras 2:40-58; 8:15-20).
No final da Assembleia-geral anual da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, em 7 de Outubro de 2000, o presidente da reunião, John E. Barr, membro do Corpo Governante, fez um anúncio especial que ampliou os discursos proferidos antes naquele dia pelos também membros do Corpo Governante Theodore Jaracz e Daniel Sydlik. Nessas intervenções, explicou-se que não existiam motivos bíblicos para se insistir em que todos ou quaisquer diretores de entidades jurídicas usadas pelas Testemunhas de Jeová fossem cristãos que professavam pertencer à classe do Escravo Fiel e Discreto, "ungidos" com esperança celestial.
Referente à Sociedade Torre de Vigia, John E. Barr acrescentou:

"Desde a sua formação em 1884, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia tem desempenhado um papel importante na nossa história moderna. Mesmo assim, ela é apenas um instrumento jurídico à disposição do 'escravo fiel e discreto' quando necessário."

Anunciou-se então à assistência que certos membros do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, que serviam como diretores e executivos, haviam abdicado voluntariamente das diretorias de todas as sociedades usadas pelas Testemunhas de Jeová. Elegeram-se homens dignos de confiança, que não professam pretencer à classe ungida, para substituí-los. Considerou-se essa mudança como benéfica, pois permite que os membros do Corpo Governante gastem mais tempo na preparação do alimento espiritual e no cuidar das necessidades espirituais da fraternidade mundial das Testemunhas de Jeová.

COMO O CORPO GOVERNANTE É ENCARADO PELAS TESTEMUNHAS


Segundo as Testemunhas, a Bíblia mostra que os verdadeiros cristãos não devem servir a Deus coagidos ou obrigados, mas sim de forma voluntária. Para explicar como essa pretensão pode ser compatível com um organismo que governa, A Sentinela publicou um artigo intitulado "Uma vida em liberdade à altura da dedicação cristã", que pretendia analisar a relação entre a liberdade individual de cada Testemunha e a existência de um Corpo Governante. Ao considerar a questão acima, a revista mencionava:

"Para responder a esta pergunta, temos de ter em mente o princípio bíblico da chefia. (1 Coríntios 11:3) Em Efésios 5:21-24, Cristo é identificado como "cabeça da congregação", aquele a quem ela "está sujeita". As Testemunhas de Jeová entendem que o escravo fiel e discreto é composto dos irmãos espirituais de Jesus. (Hebreus 2:10-13) Esta classe do escravo fiel foi designada para fornecer ao povo de Deus o espiritual "alimento no tempo apropriado". Neste tempo do fim, Cristo designou este escravo "sobre todos os seus bens". Portanto, a posição dele merece ser respeitada por aquele que afirma ser cristão."

Mais adiante, a revista esclarecia:

"O Corpo Governante é uma provisão amorosa e um exemplo de fé digno de ser imitado. (Filipenses 3:17; Hebreus 13:7) Por aderirem a Cristo e o seguirem como modelo, esses irmãos podem repetir as palavras de Paulo: "Não é que sejamos os amos de vossa fé, mas somos colaboradores para a vossa alegria, porque é pela vossa fé que estais em pé." (2 Coríntios 1:24) Por observar tendências, o Corpo Governante chama atenção para os benefícios de se acatar o conselho bíblico, dá sugestões sobre como aplicar as leis e os princípios bíblicos, adverte contra perigos ocultos e dá o necessário encorajamento aos "colaboradores". Desincumbe-se assim da mordomia cristã, ajuda-os a manter a alegria e edifica-os na fé, para que possam manter-se firmes. (1 Coríntios 4:1, 2; Tito 1:7-9) Quando uma Testemunha toma decisões baseadas no conselho bíblico dado pelo Corpo Governante, faz isso da sua própria vontade, porque seu próprio estudo da Bíblia a convenceu de que este é o proceder certo. Cada Testemunha é influenciada pela Palavra do próprio Deus para aplicar o sólido conselho bíblico dado pelo Corpo Governante, reconhecendo plenamente que as decisões que tomar afetarão a relação pessoal que tem com Deus, a quem se dedicou. — 1 Tessalonicenses 2:13."

Apesar de se assumirem como "cristãos ungidos" pelo espírito santo de Deus, afirmam que são co-cristãos e não amos da fé de cada Testemunha de Jeová. A classe do "escravo fiel e discreto", composta por milhares de Testemunhas que se consideram "ungidas", e a que os membros do Corpo Governante afirmam pertencer e representar, é reconhecida pelas Testemunhas como sendo o actual canal de comunicação de Deus. Crêem que são guiados pelo espírito santo de Jeová, mas não alegam ser infalíveis, inspirados por Deus ou ter o dom de profetizar, ao contrário do que atribuem aos escritores do texto bíblico. Os membros do Corpo Governante, bem como todos os outros que se consideram "cristãos ungidos", reconhecem ser humanos imperfeitos e não se afirmam infalíveis, nem como pessoas nem no exercício das suas funções, e têm reconhecido erros relacionados com expectativas, determinadas doutrinas ou procedimentos. Várias vezes reconhecem nas publicações da Sociedade Torre de Vigia que a sua visão sobre certos assuntos era incorreta e que se fizeram esforços para aprofundar conhecimentos bíblicos para se adotarem medidas mais compatíveis com o que as Testemunhas consideram ser a Verdade da Bíblia. Nas suas publicações costumam comparar tais alterações com o aumento de luz ao se aproximar a manhã, luz crescente essa que permite ver mais nitidamente o que sempre esteve presente mas se distinguia com dificuldade. Com referência a este esclarecimento gradual, costumam citar o versículo bíblico de Provérbios 4:18:

"Mas a vereda dos justos é como a luz clara que clareia mais e mais até o dia estar firmemente estabelecido." (NM)

Ainda assim, as Testemunhas aceitam voluntariamente esta liderança porque, na sua perspectiva, o êxito da obra mundial orientada de uma forma unida pelo Corpo Governante só pode significar que merecem a aprovação divina. Afirmam que, tal como Deus usou homens que cometeram erros no passado para conduzir o Seu povo, tal como Moisés, Davi, Salomão, Pedro ou Paulo, Ele o continua a fazer de igual modo hoje.

MEMBROS DO CORPO GOVERNANTE

 

São atuais membros do Corpo Governante, em ordem alfabética:

·      Anthony Morris III (desde 25 de agosto de 2005)
·      David H. Splane (desde 2 de outubro de 1999)
·      Geoffrey Jackson (desde 1 de setembro de 2005)
·      Gerrit Lösch (desde 1 de julho de 1994)
·      Guy H. Pierce (desde 2 de outubro de 1999)
·      M. Stephen Lett (desde 2 de outubro de 1999)
·      Mark Sanderson (desde 1 de setembro de 2012)
·      Samuel F. Herd (desde 2 de outubro de 1999)

A presidência das reuniões do Corpo Governante é rotativa por ordem alfabética e o seu mandato dura 1 ano. As decisões do Corpo Governante, sobre assuntos doutrinais e procedimentos organizacionais, são feitas por maioria de dois terços dos membros ativos. Antes de 1975, as suas decisões eram tomadas por unanimidade.

Lista de anteriores membros (1972 a 2010)

 

·  Albert D. Schroeder (1974-2006)
·  Carey W. Barber (1977-2007)
·  Charles J. Fekel (1974-1977)
·  Daniel Sydlik (1974-2006)
·  Ewart Chitty (1972-1979)
·  Frederick William Franz (1972-1992)
·  George D. Gangas (1971-1994)
·  Grant Suiter (1972-1983)
·  Hugo H. Riemer (1974-?)
·  John C. Booth (1974-1996)
·  John E. Barr (1977-2010)
·  John O. Groh (1972-1975)
·  Karl F. Klein (1974-2001)
·  Leo K. Greenlees (1972-1984)
·  Lyman Alexander Swingle (1972-2001)
·  Martin Pötzinger (1977-1988)
·  Mílton George Henschel (1972-2003)
·  Nathan Homer Knorr (1972-1977)
·  Raymond Victor Franz (1972-1980)
·  Theodore Jaracz (1974-2010)
·  Thomas James Sullivan (1972-1974)
·  William K. Jackson (1972-1981)
·  William Lloyd Barry (1974-1999)


REFERÊNCIAS

 

2.    A Sentinela de 15 de Maio de 2008, página 29; A Sentinela de 15 de Junho de 2010, páginas 3 e 4
3.    A Sentinela de 15 de Março de 1998, páginas 18 a 23
4.    A Sentinela de 15 de Março de 1998, página 27
5.    A Sentinela de 1 de Março de 1978, página 21
6.    A Sentinela de 1 de Setembro de 1991, página 18
7.    As Testemunhas de Jeová - Unidas em Fazer Mundialmente a Vontade de Deus, publicado em 1989, página 26
8.    A Sentinela de 15 de Janeiro de 1994, página 16
9.    A Sentinela de 15 de Fevereiro de 2006, página 26





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