Blog “Testemunhas de
Jeová”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.
Disponível em http://www.alazegabriel.blogspot.com.br
ESCATOLOGIA DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Escatologia (do grego antigo εσχατος, último, mais o
sufixo logia) é um termo que define o estudo dos últimos eventos na história
do mundo ou do destino
final do gênero
humano, comumente denominado como fim do mundo. As Testemunhas de
Jeová possuem uma interpretação singular do que entendem como fim, não da Terra
e de todos os seus habitantes, mas sim de um "sistema de coisas", ou
seja, uma determinada ordem mundial que deverá ser substituída por uma outra
sociedade terrestre, organizada numa teocracia literal através de um governo de
origem divina.
MENSAGEM DE VIGILÂNCIA
As Testemunhas de Jeová são
conhecidas, e muitas vezes criticadas, pela sua insistência numa mensagem de
aviso da proximidade do fim do atual sistema de coisas e da iminente vinda de
Jesus Cristo como Juiz, estendendo a influência do Reino de Deus a toda a
Terra. Transmitem o anúncio da proximidade desse dia de Jeová ou dia do Armagedom.
Os principais instrumentos de
divulgação da sua mensagem apresentam essa urgência implícita nos títulos, como
por exemplo:
· A
Sentinela - Anunciando o Reino de Jeová. Esta revista serve, portanto, como
ponto de observação dos acontecimentos mundiais, visando avisar ou alertar
sobre a proximidade da chegada do Reino de Deus.
· Despertai!.
Este título é um apelo à vigilância com os mesmos objetivos acima expostos.
Estas revistas são publicadas
pela Sociedade Torre de Vigia que, também como
o nome indica, pretende ser uma editora que publica a Bíblia e publicações
baseadas nela com o objetivo de manter despertos e atentos os seus leitores.
Ao longo dos anos, as
Testemunhas de Jeová sempre mostraram um enorme interesse na cronologia bíblica, tentando
interpretá-la como forma de se aperceberem da época em que o Armagedom
ocorreria. Devido a esse anseio, chegaram mesmo a suspeitar de certos épocas
para a sua ocorrência. Quando tais passaram, alguns nas suas fileiras ficaram
decepcionados e abandonaram a organização, porém os que tinham amor a Deus,
lembraram-se das palavras de Provérbios 4:18: "A vereda do justo é como a
luz clara, que clareia mais e mais, até o dia estar firmemente
estabelecido". Sim aceitaram que não devia-se estipular uma data, como de
fato não ocorreu precisamente então, mas que deviam aguardar o dia de Deus. O
dia estava apenas clareando, e não firmemente estabelecido. Lampejos da verdade
continuariam clareando suas doutrinas e fé.
SINAL DO FIM DO SISTEMA DE COISAS
As Testemunhas de Jeová, assim como os judeus,
devido a observância da lei, acreditam que a Terra jamais será destruída,
segundo o que entendem de versículos bíblicos tais como Eclesiastes 1:4, Isaías
45:18, Salmos 37:29 e Salmos 104:5. Ensinam que o propósito de Deus é que o
planeta se encha de humanos e que, portanto, a expressão "fim do
mundo", ou "fim do sistema de coisas" conforme a versão da Bíblia que
usam, refere-se à ocasião em que Deus, através do seu Filho Jesus Cristo,
estabelecerá um reino ou governo global, eliminando todos os outros governos
humanos; Esta pretensão é a mesma dos judeus, que fundamentados no antigo
testamento ou lei, afirmam que se estabelecerá um reinado ou governo de
Deus através do Messias (o Filho (Redentor) de Deus, feito da mesma essência)
somente para eles, assim como os Testemunhas de Jeová ensinam que será
estabelecido o reinado Jesus Cristo sobre si. Este acontecimento global,
precedido por um período de "grande tribulação" (Mateus 24:21, 22,
29) como a humanidade nunca sentiu, é por elas conhecido por "dia de
Jeová", "guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso" e "Armagedom",
conforme inferem de versículos como Daniel 2:44, Joel 1:15 e Revelação 5:9,10;
16:14-16. Esta conflagração universal derrotará todas as nações, bem como as
criaturas espirituais iníquas, tal como Satanás e os
demônios.
Será o culminar de um período que designam de "últimos dias", durante
os quais se desenrolam acontecimentos que prenunciam o fim, tal como um sinal
anuncia a proximidade de um perigo. Este sinal composto é constituído por
características profetizadas por Jesus Cristo e por outros escritores bíblicos.
Esta série de eventos, juntos, constituiriam um sinal identificador perceptível
em qualquer parte da Terra num dado período da história. As Testemunhas
entendem que tais acontecimentos estão referidos na Bíblia nos versículos que
se alistam em seguida, conforme apresentados na Tradução do Novo Mundo
das Escrituras Sagradas (NM):
· "Nação se levantará contra nação e reino contra reino."
(Mateus 24:7; Revelação 6:4)
· "Haverá escassez de víveres." (Mateus 24:7; Revelação 6:5, 6,
8)
· "...num lugar após outro, pestilências." (Lucas 21:11;
Revelação 6:8)
· "Haverá... terremotos num lugar após outro." (Mateus 24:7)
· "Aumento do que é contra a lei." (Mateus 24:12)
· "Nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. Pois
os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, pretensiosos,
soberbos, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, desleais, sem
afeição natural, não dispostos a acordos, caluniadores, sem autodomínio,
ferozes, sem amor à bondade, traidores, teimosos, enfunados de orgulho, mais
amantes de prazeres do que amantes de Deus, tendo uma forma de devoção piedosa,
mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder." (2 Timóteo 3:1-5)
· "Arruínam a terra" (Revelação 11:18)
· "Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra
habitada." (Mateus 24:14)
As Testemunhas de Jeová crêem que vivemos agora
nesse período de "últimos dias", especialmente desde 1914, data
criada pelo seu segundo presidente Joseph Franklin Rutherford ano
estabelecido após a morte de seu fundador e primeiro presidente Charles
Russel, que havia afirmado que o Espírito
Santo que havia sido derramado sobre a igreja americana era o cumprimento
das profecias bíblicas e eram fatos físicos indisputáveis, tais fatos
eram afirmações sobre o início do pentacostalismo americano, ou derramamento do
Espírito Santo sobre as igrejas americanas, disse ainda que esse derramamento
seria recolhido, anunciando este fim para o ano de 1914, porém foi
perceptivelmente equivocado, no entanto no final do ano de 1927, mesmo sendo
notável que este derramamento ainda permanecia sobre as igrejas, Rutherford
afirma que esta presença encerrou-se; O estabelecimento deste ano em específico
gerou diversas discussões e dissensões entre os líderes da Sociedade, pois os
seguidores e leitores cristãos da época entendiam plenamente que tal
manifestação espiritual que havia ocorrido em 1874, ainda era notável, e
vigentes entre os cristãos, sendo que os escritos dos Estudantes da Bíblia eram
aceitos e lidos por todos os cristãos da época e estas afirmações podem ser
vistas conforme as instruções em suas publicações:
A profecia da Bíblia mostra que o Senhor haveria
de aparecer pela segunda vez no ano 1874. A profecia cumprida mostra para
além de qualquer dúvida que ele apareceu no ano 1874. A profecia cumprida é
também designada por os factos físicos; e estes factos são indisputáveis.
Todos os verdadeiros vigias estão familiarizados com estes factos,
conforme apresentados nas Escrituras e explicados na interpretação pelo servo
especial do Senhor.
— The Watch Tower, 1 de Novembro de 1922, p. 333
(em inglês).,
"A prova é muito clara e convincente de que a
segunda presença de nosso Senhor data de 1874, e que desse tempo em diante
o Senhor Jesus tem estado a ajuntar aqueles que fizeram um pacto com o Senhor
Deus através de sacrifício.
— The Watch Tower, 15 de Fevereiro de 1927, p. 54
(em inglês).,
O nosso Senhor, o Rei designado, está agora
presente, desde Outubro de 1874, A.D., segundo o testemunho dos profetas,
para aqueles que têm ouvidos para ouvir: e a inauguração formal do seu cargo
real data de Abril de 1878, A.D.: e o primeiro trabalho do Reino, conforme
mostrado pelo nosso Senhor, nas suas parábolas e profecias (o ajuntamento dos
"seus eleitos") está agora em progresso. "Os mortos em Cristo
levantar-se-ão primeiro", explicou o Senhor através do Apóstolo; e a
ressurreição da Igreja será num momento. Consequentemente o Reino, conforme
representado no nosso Senhor, e os santos adormecidos já aptos e preparados e
achados dignos de serem membros do "seu corpo", a "noiva",
foi estabelecido em 1878; e a única coisa que falta fazer para estar completo é
o "ajuntamento no Senhor" daqueles dos "eleitos" que estão
vivos e permanecem cujo julgamento ainda não está completo.
— The Battle of Armageddon, 1913, pp. 621-622,
Charles T. Russel (em inglês).,
Estas explanações demonstram
claramente que 1874 era o ano afirmado pelos Estudantes Internacionais da Bíblia para
ocorrência do segundo advento de Cristo, porém Rutherford no
final de 1927 começa uma batalha para o estabelecimento do ano de 1914, como o
fim da manifestação do Espírito sobre as Igrejas, além da implantação de suas
outras doutrinas, por exemplo, em 1926, começou a desacreditar o ensino de
Russell sobre a importância do desenvolvimento do caráter cristão
"ou" santificação pessoal, em 1928, Rutherford começou a afastar-se
do ensino de Russell natural que os judeus seriam restaurados à Palestina e ao
retornar ao favor de Deus, em 1933, afirmou que líderes de negócios judeus
foram "arrogantes, auto-importantes e extremamente egoístas", e não
tinham posição favorecida com Deus. O ensinamento de que Deus iria restaurar os
judeus para a Palestina
foi interrompido em torno do mesmo tempo, estudiosos dizem que estes ensinos foram
precursores e inspiradores de Hitler no ataque aos judeus, em 1938, quando Rutherford
persuadiu a seus seguidores que a organização, cuja cabeça era ele, era a
“Teocrácia de Deus” e que a partir de então nem os indivíduos nem grupos de
indivíduos entre as Testemunhas deviam ter voz em absoluto na direção da obra,
mas todas as ordenações partiriam do escritório central; Rutherford ficou
conhecido por sua arrogância e manipulação, como bom advogado que era,
manipulou os estatutos da Sociedade Torre de Vigia, de maneira que o
presidente seria o diretor e gerente geral da Sociedade Torre de Vigia,
expulsando todos os seus desafetos, assumindo total controle dos negócios em
todo o mundo, tais descontroles emocionais e seus ensinos foram a causa do
desligamento dos Testemunhas de Jeová dos demais cristãos, e diversas
discensões entre os Estudantes da Bíblia, criando-se diversos
grupos independentes de estudo, pois até então Russel debatia com os demais
cristãos em busca da verdade, e entendia e publicava em seus artigos que todos
os cristãos faziam parte do grande ajuntamento.
Após a morte de Rutherford, em
1942, assumiu Knorr que iniciou seu projeto de estruturação e
organização dos já conhecidos Testemunhas de Jeová desde 1931 (início das
transmissões de Rutherford na rede de rádios WBBR), e com doutrinas atríbuidas
aos arianistas
do segundo século, uma visão Cristológica sustentada pelos seguidores de Arius, bispo de Alexandria
nos primeiros tempos da Igreja primitiva, que negava a existência da consubstancialidade
entre Jesus e Deus, que os igualasse,
fazendo do Cristo pré-existente uma criatura, além das doutrinas já conhecidas
de Rutherford. Em sua busca incessantemente para estabelecer suas doutrinas e
evitar problemas renova novamente todo o corpo presidente e diretoria com
apoiadores de suas doutrinas e a partir de 1955 estabelece o ano de 1914, como
início das tribulações, ensino que é preservado até hoje pelos seguidores:
Porque, então, as nações não se apercebem nem
aceitam a aproximação deste clímax de julgamento? É porque elas não acataram o
anúncio mundial sobre a volta de Cristo e a sua segunda presença. Desde muito
antes da Primeira Guerra Mundial as testemunhas de Jeová apontaram para 1914
como sendo o tempo em que este grande evento ocorreria.
— The Watchtower, 15 de Junho de 1954, p. 370 (em
inglês).,
Este ano foi estabelecido
devido aos tormentos da época que geraram a 1ª Guerra Mundial(também conhecida como Grande
Guerra antes de 1939, e Guerra das Guerras), fundamentando todas os versículos
utilizados acima pelas tribulações ocorridas na época.
Este ano foi estabelecido
devido aos tormentos da época que geraram a 1ª Guerra Mundial(também conhecida como Grande
Guerra antes de 1939, e Guerra das Guerras), fundamentando todas os versículos
utilizados acima pelas tribulações ocorridas na época.
Knorr ficou conhecido pelo seu
afinco no estabelecimento das doutrinas, criou o Curso Avançado de Ministério
Teocrático, uma escola que contou com pesquisa da Bíblia e falar em público, em
1942, Knorr sugeriu que a Sociedade estabelecesse uma outra escola para formar
missionários para o serviço em países estrangeiros, o ápice de seus trabalhos
ocorreram após a segunda guerra, com suas ajudas financeiras e materiais aos
seguidores em necessidade, inicia o projeto de uma tradução Biblíca para fundamentar
suas ideologias e começa um projeto de viagens para todos os países, onde
estavam estabelecidos seus seguidores, para unificar seus pensamentos, encerrou
em 1957 as transmissões da rede WBBR radiodifusora, investindo totalmente em
trabalhos porta a porta baseando seus interesses em Atos 20: 20, gerando a
implantação das doutrinas sem interferência ou críticas de outros conhecedores
da Bíblia, destruindo todas as inscrições anteriores a sua presidência, em
1967, passa a declarar a independência dos Testemunhas de Jeová de qualquer
outro grupo, intitulando-os "verdadeiros cristãos":
Desde 1879 a revista A Sentinela tem sido usada por
este grupo colectivo de cristãos para dispensar alimento espiritual
regularmente àqueles deste 'pequeno rebanho' de verdadeiros cristãos.
— The Watchtower, 1 de Outubro de
1967, p. 590 (em inglês).,
Em 1975, após finalizar seu
trabalho doutrinário transforma a presidência da Sociedade da Torre de Vigia no
Corpo Governante dos Testemunhas de Jeová, de maneira que somente anciões
fariam parte deste governo, baseando-se no entendimento das escrituras,
formando assim, um grupo mantenedor de suas doutrinas, evitando que qualquer
doutrina diferente de seu trabalho fosse implantada; Durante sua gestão ampliou
de 25, para 97 os países alcançados por suas doutrinas.
A doutrina jeovista diz que os
que Deus e o seu Juiz designado, Jesus Cristo, considerarem dignos de
sobreviver a esse "fim do sistema de coisas" passarão vivos para um
novo sistema sob um novo governo celestial, enquanto os demais serão
aniquilados para sempre, deixando de existir (2 Tessalonicenses 1:6-10; Salmos
37:9-11; Provérbios 2:21, 22). A humanidade entrará então num período áureo,
conhecido por Reinado Milenar, ou seja o governo da Terra às mãos de Cristo e
de 144.000 humanos escolhidos e que reinarão com ele desde os céus (Revelação
5:9, 10; 14:1-3; 20:6), e que durante esse governo, milhões de pessoas que não
tiveram oportunidade de conhecer a Deus e os seus mandamentos serão
ressuscitados dentre os mortos, abrindo-se-lhes a oportunidade de também
viverem sem voltar a experimentar a morte. Ensinam ainda que, no fim desse
Reino de mil anos, período estipulado para que não haja qualquer dúvida de
períodos e que sua previsões não sejam surpreendidas, Satanás e os
seus anjos, ou demônios, serão soltos de uma condição de inatividade a que
terão sido sujeitos após a derrota no Armagedom (Revelação 20:1, 7). Isto lhes
dará uma última oportunidade de exercer a sua influência na Terra após o que,
eles junto com os humanos que eventualmente os apoiarem, serão definitivamente
eliminados numa morte eterna e sem retorno. Alcançar-se-á então o cumprimento
definitivo do propósito original de Deus, de que todos em toda a parte, seja na
Terra ou no Céu, adorarão a Jeová em felicidade eterna.
Independente de todas as
previsões já feitas para o "Armagedon" teologicamte entende-se que o
maior erro cometido por qualquer estudante da bíblia é ignorar a própria
escritura e as palavras de Jesus:
Deveras, eu vos digo que esta geração de modo algum
passará até que todas estas coisas aconteçam. Céu e terra passarão, mas as
minhas palavras não passarão. Acerca daquele dia e daquela hora ninguém
sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai. Persisti em olhar,
mantende-vos despertos, pois não sabeis quando é o tempo designado.
— Evangelho de Marcos 13: 30 - 33, TNM,
Pois, querer desvendar este
mistério é colocar-se em uma posição de igualdade com Deus, estando até acima
do próprio Cristo (o Filho de Deus), pois é incompreensível que qualquer ser
humano em perfeito juízo e que acredite que a Bíblia foi elaborada através de
inspiração Divina, busque matematicamente ou teologicamente inquirir o que não
pode ser revelado, ou seja, se a Bíblia é a verdade de Deus, qualquer data
declarada será fruto de adivinhação humana.
DATAS PARA O ARMAGEDOM
Alguns críticos referem que as
Testemunhas têm mencionado com antecedência diversas datas como hipóteses da
ocorrência do fim do sistema de coisas. Mencionam que tais anos criaram
expectativas que acabaram por resultar em desapontamento o que os leva a
afirmar que as Testemunhas de Jeová têm profetizado falsamente. Os anos mais
marcantes, mencionados direta ou indiretamente nas publicações das Testemunhas,
ou insinuados pelos críticos como estando implícitos no texto, como prováveis
datas para a vinda do Armagedom são os seguintes:
1914
Em 1876, Charles T. Russell escreveu o primeiro de
muitos artigos em que apontava para 1914 como o ano do fim dos tempos dos
gentios mencionados por Jesus Cristo. (Lucas 21:24 Almeida, versão Corrigida e Fiel). No
seu número de 15 de outubro de 1913, A Sentinela (em inglês) declarou:
"Segundo
o melhor cálculo cronológico de que somos capazes, é aproximadamente nessa
época — em outubro de 1914, ou então mais tarde. Sem dogmatizar, estamos
aguardando certos eventos: (1) O fim dos Tempos dos Gentios — a supremacia
gentia no mundo — e (2) o início do Reino do Messias no mundo."
Com a aproximação de 1914,
cresciam as expectativas. No The Bible Students Monthly (Volume
VI, nº 1, publicado no início de 1914), Russell escreveu:
"Se
temos a correta data e cronologia, os Tempos dos Gentios findarão este ano —
1914. O que significa isso? Não sabemos com certeza. A nossa expectativa é de
que o domínio ativo do Messias começará por volta do fim da concessão de poder
aos gentios. A nossa expectativa, certa ou errada, é que ocorrerão maravilhosas
manifestações dos julgamentos divinos contra toda a injustiça, e que isto
significará o colapso de muitas instituições atuais, se não de todas."
Mas como se sentiram quando
isso não ocorreu em 1914? A revista A Sentinela (em inglês) de 15
de abril de 1916, declarou:
"Cremos
que as datas revelaram ser bem corretas. Cremos que os Tempos dos Gentios
findaram." Contudo, acrescentou: "O Senhor não
disse que a Igreja toda seria glorificada em 1914. Nós meramente inferimos isso
e, evidentemente, erramos."
Alguns críticos afirmam que as
Testemunhas de Jeová anunciaram o fim do mundo para 1914. Mas embora as
próprias Testemunhas de Jeová reconheçam que nem todas suas expectativas se
realizaram naquele ano, elas esclarecem que segundo seu estudo da cronologia
bíblica, este ano sinalizou e marcou o "fim dos tempos dos gentios"
ou o "fim dos tempos designados das nações" (governos humanos) e que
o fim desse período em 1914, marcou o novo tempo designado para Deus empossar
seu rei escolhido, quando o próprio Jesus Cristo entronizado, avançaria na
conquista do domínio de toda a Terra.[1]
1925
O discurso Milhões Que
Agora Vivem Jamais Morrerão, proferido por J. F. Rutherford em 21 de março de 1920
no Hippodrome, na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos da América, dirigiu
atenção ao ano de 1925. Num folheto publicado naquele mesmo ano, foi dito que,
se 70 plenos jubileus
fossem calculados a partir da data em que Israel, segundo se entendia, entrou
na Terra Prometida, isso poderia apontar para o ano de 1925. À base do que se
escreveu ali, muitos esperavam que os que possuíam esperança celestial
recebessem a sua recompensa no Céu em 1925. Esse ano também foi relacionado com
a expectativa de ressurreição de fiéis servos de Deus pré-cristãos, para que
servissem na Terra como príncipes representantes do Reino celestial. Se isso
realmente ocorresse, isso significaria que a humanidade entraria numa era em
que a morte deixaria de dominar e milhões que então viviam podiam ter a
esperança de nunca desaparecer da Terra. Embora equivocada, os Estudantes da Bíblia,
como eram então conhecidas as Testemunhas de Jeová, partilharam ansiosamente
essa esperança com outros. Os cálculos de tempo e as expectativas criadas
causaram sérios desapontamentos. Depois de 1925, a assistência às reuniões caiu
drasticamente em algumas congregações, especialmente em alguns países Europeus.
1975
As Testemunhas já por muito
tempo partilhavam a crença de que o Reinado Milenar de Cristo viria depois de
6.000 anos de história humana. O livro Vida Eterna — na Liberdade dos
Filhos de Deus, lançado (em inglês) numa série de Congressos de
Distrito em 1966, apontava para 1975 como a época em que se perfazia seis
milênios desde a criação de Adão. Ainda no local, quando os congressistas examinaram o
conteúdo, o novo livro suscitou muitos comentários sobre 1975.
No congresso realizado em Baltimore, Maryland, Estados Unidos da América, o discurso
concludente foi proferido por F. W. Franz. Ele começou por dizer:
"Pouco
antes de subir à tribuna, um jovem aproximou-se de mim e disse: 'Diga-me, que
significa esse 1975?'" Franz mencionou muitas
perguntas feitas sobre se a matéria no novo livro quereria dizer que em 1975 o
Armagedom ocorreria. Ele acrescentou, em síntese: "Pode ser. Mas não
estamos dizendo isso. Todas as coisas são possíveis a Deus. Mas não estamos
dizendo isso. E que ninguém seja específico ao falar sobre o que irá acontecer
a partir de agora até 1975. Mas, prezados irmãos, a grande questão é: o tempo é
curto. O tempo está-se esgotando, não resta dúvida sobre isso."
Nos anos que se seguiram a
1966, muitas Testemunhas de Jeová começaram a criar vivas expectativas que,
evidentemente, não se cumpriram. O livro Testemunhas de
Jeová - Proclamadores do Reino de Deus, publicado pela Sociedade Torre
de Vigia, em 1993, na página 633, após mencionar as expectativas referentes a
1925 informa:
"De
novo, em 1975, houve desapontamento quando as expectativas sobre o início do
Milênio não se concretizaram. Em resultado, alguns se afastaram da organização.
Outros, porque tentaram subverter a fé de associados, foram desassociados. Sem
dúvida, o desapontamento com relação à data era um fator, mas, em alguns casos,
as raízes eram mais profundas."
Referente ao que se falou
sobre 1975, o livro admitiu, na página 104:
"Outras
declarações foram publicadas sobre esse assunto, e algumas foram provavelmente
mais taxativas do que seria aconselhável."
Isso foi também reconhecido no
exemplar de A Sentinela de 15 de setembro de 1980, na página 17:
"Se
permanecermos fiéis, Deus não nos deixará cometer erros ruinosos. Mas, às
vezes, ele permite que erremos, para que entendamos a necessidade de sempre
recorrer a ele e à sua Palavra. Isto fortalece nossa relação com ele e nossa
perseverança enquanto esperamos. Aprendemos de nossos enganos que é necessário
termos mais cuidado no futuro. Os cristãos, no decorrer dos séculos, sempre
tiveram o forte desejo de que o novo sistema de coisas tomasse totalmente conta
da terra. E por causa de sua própria vida curta, sem dúvida, ansiavam que isso
viesse durante o seu período de vida. Os que têm procurado manter "bem em
mente" o tempo de julgamento por Deus, em mais de uma ocasião, na
história, têm ficado excessivamente ansiosos de que aquele dia chegasse,
procurando acelerar, na sua própria mente, a chegada dos acontecimentos
desejados. (2 Pedro 3:12) (...) Nos tempos modernos, tal avidez, embora
elogiável em si mesma, tem levado a tentativas de fixar datas para a desejada
libertação do sofrimento e das dificuldades, que são o quinhão das pessoas em
toda a terra. Quando foi publicado o livro Vida Eterna
— na Liberdade dos Filhos de Deus e seus comentários sobre quão apropriado
seria se o reinado milenar de Cristo fosse paralelo ao sétimo milênio da
existência do homem, criou-se muita expectativa sobre o ano de 1975. Fizeram-se
naquele tempo, e depois, declarações que enfatizavam que se tratava apenas de
uma possibilidade. Infelizmente, porém, ao lado de tal informação acauteladora,
publicaram-se outras declarações que davam a entender que tal cumprimento da
esperança até aquele ano era mais uma probabilidade do que mera possibilidade.
Lamenta-se que estas últimas declarações, pelo visto, tenham ofuscado as
acauteladoras e tenham contribuído para o aumento duma expectativa já criada.
A Sentinela, no seu número de 15 de janeiro de 1977, comentou que não era
aconselhável fixarmos a vista em determinada data, dizendo: "Caso alguém
tenha ficado desapontado, por não seguir este raciocínio, deve agora
concentrar-se em reajustar seu ponto de vista, por não ter sido a palavra de
Deus que falhou ou o enganou e lhe causou desapontamento, mas, sim, seu próprio
entendimento baseado em premissas erradas." Ao dizer "alguém",
A Sentinela incluiu todos os desapontados entre as Testemunhas de Jeová,
portanto, inclusive os que tinham que ver com a publicação da informação que
contribuiu para criar as esperanças que giravam em torno daquela data."
""
REINADO MILENAR DE JESUS CRISTO "" Em 1975 foi
especulado que o Reinado Milenar de Jesus Cristo iniciaria após ter completado
os 6.000 anos de descanso de Jeová. Sabemos disso pois segundo o livro
"Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa" informa que Adão
foi criado em 4026 AEC e até 1975 EC completaria 6.000 anos da história da
humanidade e então levaria ao Armagedom para que então inicia-se o Reinado de
Jesus Cristo. Após o Reinado não ter começado em 1975 EC foi explicado o
seguinte a respeito: Em 1963 (1966 em português), o livro Toda a Escritura É
Inspirada por Deus e Proveitosa depois de calcular que Adão tinha sido criado
em 4026 a.C., afirmou nas páginas. 286-7: "De que importância é isto hoje?
A primeira edição deste livro em português, de 1966, dizia: Significa isto,
então, que até 1966 temos passado 5 991 anos do 'dia' em que Jeová vem
descansando de toda a sua obra? (Génesis 2:3) Não, pois a criação de Adão não
corresponde com o começo do dia de descanso de Jeová. Seguindo a criação de
Adão, e ainda dentro do sexto dia criativo, parece que Jeová formou outras
criações de animais e aves. Também, fez que Adão desse nome aos animais, que
levaria algum tempo, e passou a criar a Eva. ... Qualquer tempo decorrido entre
a criação de Adão e o término do dia sexto deve ser subtraído dos 5 991 anos, a
fim de dar o real período de tempo desde o princípio do dia sétimo até [ 1966
]. Não adianta usar a cronologia bíblica para especular sobre datas que se
acham ainda no futuro, na corrente do tempo. Mateus 24:36." A resposta a
essa dúvida que talvez muitos tenham é que na realidade Adão e Eva foram sim,
criados no mesmo ano de 4026 AEC. Pois Jeová não aguardaria Adão ficar sem Eva
durante 38 anos que fazem agora em 2013, pois assim quando Jeová deu a tarefa
para Adão dar nomes aos animais, é com absoluta certeza que Adão não ficou
fazendo isso durante 38 anos e além do mais, sentindo solidão. O fato é que
quando usaram o calendário gregoriano para calcular até a criação de Adão e
conseguiram saber o ano, esqueceram de saber um pequeno detalhe que faz toda a
diferença na corrente do tempo, que desde 4026 AEC até 2 AEC, ninguém utilizava
o calendário gregoriano, mas sim o calendário hebraico, o calendário gregoriano
só tem valor a partir do nascimento de Jesus Cristo pelo fato de que por esse
motivo nós estamos hoje no ano de 2013 EC ou por assim dizer, em 2013 durante a
Era Cristã. Feito isso, não se especulou mais sobre quando se completaria os
6.000 anos até agora. Mas como Jesus mesmo disse certa vez, devemos nos manter
vigilantes pois o Dia de Jeová virá como ladrão e pegará muitas pessoas
dormindo e sem saber o que está acontecendo no mundo e em que tempo estamos
vivendo. Vou lhes informar através do livro "Toda a Escritura É Inspirada
por Deus e Proveitosa" e "Estudo Perspicaz Das Escrituras" como
eu fiquei sabendo o porque que em 1975 EC não poderia iniciar o Reinado Milenar
de Jesus Cristo e quando é que poderá acontecer. O Tempo é unidirecional. Como
o tráfego numa rua de mão única, o tempo passa inexoravelmente num só sentido -
para a frente, sempre para a frente. Qualquer que seja sua velocidade para a
frente, jamais se pode fazer o tempo recuar. Estamos interessados no uso sábio
do tempo, pois nosso futuro depende disso - Efésios 5:15,16. "E Deus
prosseguiu, dizendo: 'Venha a haver luzeiros na expansão dos céus para fazerem
separação entre o dia e a noite; e eles terão de servir de sinais, e para
épocas, e para dias, e para anos.'" (Gênesis 1:14) Assim, como um grande
número de objetos com propósitos interligados, esses corpos celestes se movem
nos seus ciclos perfeitos, e medem sem parar e sem erro o movimento
unidirecional do tempo. Existem 3 tipos de calendários que devemos levar em
questão quanto a quando se completará os 6.000 anos, sendo: Calendário
Hebraico, Calendário Gregoriano e o Calendário de Jeová(Ano Profético).
[editar]O Calendário Hebraico (Ano Lunar) é baseado na contagem de que cada ano
tem 354 dias com [editar]O Calendário Gregoriano (Ano Solar) é baseado na
contagem de que cada ano tem 365.25 dias == O Calendário de Jeová (Ano
Profético) é baseado na contagem de que cada ano tem 360 dias == (O Calendário
de Jeová(Ano Profético) é baseado no ponto de vista de Jeová de quanto tempo
tem um ano do ponto de vista dele. Porque as estações e outras coisas que
interferem no tempo, interferem somente para nós, mas não para Jeová, a
resposta está no final desse assunto. Agora vou lhes explicar outra coisa. Aqui
segue o cálculo simples, fácil de entender, mas difícil de acreditar para
aqueles que persistem em dizer que o dia e a hora ninguém sabe, sim isso eu já
sei, mas isso não impediu de anunciar 1914, não impediu de especular 1975. (15
Setembro/15 Outubro) 4026 AEC até 2 AEC = 4024 anos 4024 anos x 354 dias
(Calendário Hebraico) = 1424496 dias (15 Setembro/15 Outubro) 2 AEC até 15
Setembro/15 Outubro 2012 = 2013 anos 2013 anos x 365.25 dias (Calendário
Gregoriano) = 735248.25 dias Somando os resultados do período do Calendário
Hebraico e o período do Calendário Gregoriano: 1424496 dias + 735248.25 dias =
2159744.2 dias O resultado da soma dos dois calendários dividimos pelo
Calendário de Jeová que tem como base o Ano Profético de 360 dias: 2159744.2
dias / 360 dias = 5999.2894 anos em 15/Setembro - 15/Outubro de 2012. Faltando
255 dias e algumas horas para completar os 2160000 dias que divididos por 360 é
igual a 6000 anos que se completa por volta de 28 de Maio a 02 de Agosto de
2013. """"""" ATENÇÃO
""""""""" Eu não sou professo ser
ungido, nem profeta, nem apóstata. Estou compartilhando isso aqui porque estou
DESASSOCIADO e ninguém vai me ouvir mesmo, mas acredito de a internet hoje é o
melhor meio de divulgar aquilo que aprendemos e que gostaríamos de
compartilhar. Ao passo que os cristãos, hoje, costumam usar o calendário
vigente no seu respectivo país, apercebem-se que o Deus da Eternidade, Jeová,
tem seu próprio calendário referente aos eventos, não governado por sistemas
humanos de cálculo. Conforme escreveu o profeta Daniel: "Ele muda os
tempos e as épocas, removendo reis e estabelecendo reis, dando sabedoria aos
sábios e conhecimento aos que têm discernimento. Ele revela as coisas profundas
e as coisas escondidas, sabendo o que há na escuridão; e com ele habita a
luz" (Daniel 2:21,22) Portanto, na sua posição de Soberano Universal, ele
está muito acima da terra girante que tem dia e noite, ciclos lunares e ano
solar. Todavia, na sua Palavra, a Bíblia, Deus relata prestimosamente suas
ações e seus propósitos com relação a tais medições do tempo, permitindo assim
que suas criaturas na terra fiquem sabendo onde estão com relação ao Seu
grandioso calendário de eventos.
COMO RESPONDEM À ACUSAÇÃO DE SEREM FALSOS PROFETAS
Os seus críticos apontam as
expectativas falhadas como prova da sua falsidade como profetas, baseando-se
nas palavras de Deuteronômio 18:20-22, que informa:
"No
entanto, o profeta que presumir de falar em meu nome alguma palavra que não lhe
mandei falar ou que falar em nome de outros deuses, tal profeta terá de morrer.
E caso digas no teu coração: 'Como saberemos qual a palavra que Jeová não
falou?' quando o profeta falar em nome de Jeová e a palavra não suceder nem se
cumprir, esta é a palavra que Jeová não falou. O profeta proferiu-a
presunçosamente. Não deves ficar amedrontado por causa dele." (NM)
NÃO AFIRMAM SER INSPIRADAS
Às acusações de profecias
falsas, as Testemunhas de Jeová respondem por referir que nunca afirmaram ser
inspirados por Deus como acontecia com os profetas dos tempos bíblicos, com os
Apóstolos e muito menos com Jesus Cristo, o Messias, a quem o contexto das
palavras de Deuteronômio citadas acima evidentemente se referia. A
Sentinela, expressou várias vezes esse conceito. Por exemplo, afirmou
em janeiro de 1883, página 425:
"Não
temos o dom da profecia."
Reiterou esta posição em 15 de
dezembro de 1896, página 306:
"Não
desejamos que os nossos escritos sejam reverenciados ou considerados
infalíveis."
Com referência à sua crença de
que alguns são ungidos pelo espírito de Jeová, a revista disse também em
setembro de 1947, página 135:
"Não
significa que os que servem agora como testemunhas de Jeová são inspirados. Não
significa que os escritos nesta revista A Sentinela são inspirados e infalíveis
e sem erros."
Acrescentou em 15 de agosto de
1950, página 263:
"A
Sentinela não se diz inspirada em suas pronunciações nem é dogmática."
Mais recentemente, em 15 de
agosto de 1981, página 19, reconheceu:
"Os
irmãos que preparam essas publicações não são infalíveis. Seus escritos não são
inspirados assim como eram os de Paulo e dos outros escritores bíblicos. (2
Timóteo 3:16) E assim, às vezes, tornou-se necessário corrigir conceitos,
conforme o entendimento se tornou mais claro (Provérbios 4:18)."
Com relação aos símbolos
contidos em Revelação ou Apocalipse, as Testemunhas de
Jeová publicaram vários livros ao longo do Século XX
contendo as suas explicações sobre a aplicação dos quadros proféticos daquele
último livro da Bíblia. O mais recente livro sobre esse assunto foi publicado
em 1988 (com revisão em 2006) com o título: "Revelação — Seu
Grandioso Clímax Está Próximo". Na página 9 inclui o seguinte
esclarecimento:
"Não se
afirma que as explicações nesta publicação sejam infalíveis. Dizemos assim como
José, na antiguidade: “Não pertencem a Deus as interpretações?” (Gênesis 40:8)
Ao mesmo tempo, porém, cremos firmemente que as explicações apresentadas aqui
se harmonizam com a Bíblia na sua inteireza, mostrando quão notavelmente a
profecia divina se tem cumprido nos acontecimentos mundiais de nossos tempos
catastróficos."
PORQUE MANTÊM A EXPECTATIVA ANSIOSA
Apesar das expectativas
falhadas quanto a certas datas, as Testemunhas afirmam que isso seria natural e
de esperar entre os adoradores de Deus. Argumentam que desde a revelação de Jeová no Éden, de que a
serpente, ou Satanás,
seria esmagado, os Seus servos fiéis sempre tiveram uma viva curiosidade de
saber como se realizaria o propósito divino. Mencionam que até mesmo os anjos
mostraram curiosidade sobre isso! (1 Pedro 1:12)
Com a vinda de Jesus Cristo e
as suas profecias sobre a sua Segunda Vinda, a necessidade de manter a
expectativa aumentou. O próprio Jesus exortou:
· Marcos 13:32-37
"Acerca
daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho,
senão o Pai. Persisti em olhar, mantende-vos despertos, pois não sabeis quando
é o tempo designado. É semelhante a um homem que viajou para fora e deixou a
sua casa, dando autoridade aos seus escravos, a cada um o seu trabalho, e
ordenou ao porteiro que se mantivesse vigilante. Portanto, mantende-vos
vigilantes, pois não sabeis quando vem o senhor da casa, quer tarde no dia,
quer à meia-noite, quer ao canto do galo, quer cedo de manhã; a fim de que, ao
chegar ele repentinamente, não vos ache dormindo. Mas, o que eu vos digo, digo
a todos: Mantende-vos vigilantes." (NM)
As Testemunhas lembram que nos
dias de Jesus, muitos estavam intensamente interessados em saber o tempo exato
da vinda do Reino. Jesus, porém, disse-lhes repetidas vezes que não lhes
pertencia saber isso mas, antes, exortou-os a prestarem atenção às suas
responsabilidades cristãs, mantendo cada dia o senso de urgência, conforme as
suas palavras registadas:
· Lucas 21:34-36
"Mas,
prestai atenção a vós mesmos, para que os vossos corações nunca fiquem
sobrecarregados com o excesso no comer, e com a imoderação no beber, e com as
ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vós instantaneamente como um laço.
Pois virá sobre todos os que moram na face de toda a terra. Portanto,
mantende-vos despertos, fazendo todo o tempo súplica para que sejais bem
sucedidos em escapar de todas estas coisas que estão destinadas a ocorrer, e em
ficar em pé diante do Filho do homem." (NM)
Após a morte de Cristo, os
Apóstolos mantiveram este apelo à vigilância e expectativa da Segunda Vinda e
do consequente Armagedom. O apóstolo Pedro exortou:
· 1 Pedro 4:7
"Tem-se
aproximado o fim de todas as coisas. Sede ajuizados, portanto, e sede
vigilantes, visando as orações." (NM)
Crê-se que as três cartas
atribuídas ao apóstolo João e a Revelação, ou Apocalipse, foram todas escritas
depois de 70 EC. Na sua primeira carta, João aconselha os cristãos a permanecer
em união com Cristo enquanto aguardavam a manifestação Dele. (1 João 3:2) Em
todas as três cartas, João adverte contra apóstatas. Quanto à Revelação, desde o
início até o fim se enfatiza a vinda de Cristo na glória do seu Reino, sendo a
sua penúltima expressão, no capítulo 22, versículo 20:
"Amém!
Vem, Senhor Jesus!"
Ernst Benz, professor de história
eclesiástica, escreve:
"As
últimas coisas (escatologia) eram as coisas prioritárias, em termos de
urgência, para os fiéis da primitiva igreja. A essência central da fé e da
esperança deles era o vindouro Reino de Deus."
Mesmo que o Reino não viesse
durante a vida deles, essa atitude correta de expectativa protegeria os
cristãos de ficarem espiritualmente sonolentos. Após a morte dos apóstolos,
alguns conceberam idéias errôneas quanto à proximidade da vinda de Cristo no
seu Reino. C. J. Cadoux, em sua obra A
Primitiva Igreja e o Mundo (em inglês), declara:
"Irineu [Século II
EC] e Hipólito
[fim do Século II e início do Século III EC] pensavam ser possível calcular com
algum grau de exatidão o tempo em que viria o fim."
Alguns, devido a uma
cronologia inexata, achavam que 6.000 anos de história humana quase já se
haviam passado, e que estava próximo o advento do sétimo milênio. Estavam
errados, naturalmente. Mas, pelo menos esforçavam-se a manter-se
espiritualmente despertos. Por outro lado, a maioria dos professos cristãos
perderam todo o senso de urgência e de expectativa do Reino. O Dicionário
Teológico do Novo Testamento (em inglês) informa:
"Influenciados
pela metafísica de Platão e pela ética dos estóicos, os apologistas cristãos
[padres da igreja do Século II e III EC] fazem pouco uso do conceito do reino
de Deus. Ao passo que possuem uma escatologia, esta é dominada pela idéia da
perfeição do cristão individual. (...) Os conceitos gregos da imortalidade, da
vida eterna e do conhecimento são mais importantes do que o conceito bíblico do
Reino de Deus. (...) De modo similar, em Orígenes
[c. 185 --- c. 254 EC], (...) quase não há lugar para a mensagem bíblica do
Reino de Deus."
As Testemunhas recordam que na
maior parte, esta foi a atitude que prevaleceu no decorrer dos séculos entre as
igrejas chamadas cristãs. A Enciclopédia Britânica revela:
"Desde
o tempo do imperador romano Constantino (morreu em 337 EC), o reconhecimento
político do cristianismo tem sido entendido como esperança cumprida no Reino de
Cristo. A escatologia futurista continuou a existir nas seitas clandestinas que
sofriam repressão. (...) No período que precedeu a Reforma do Século XVI,
grupos heréticos (...) acusaram a Igreja de Roma de trair a iminente
expectativa escatológica original."
As Testemunhas reclamam para
si o reavivamento desta expectativa e vigilância ordenada por Jesus Cristo. É
com este senso de vigilância que dizem viver, reagindo imediatamente a cada
sinal que lhes indique a eventual vinda de Jesus, mesmo que isso signifique a
precipitação ou falso alarme. Afirmam que os anteriores conceitos errôneos não
significavam que a promessa de Deus fosse errada, ou que Ele tivesse cometido
um engano, mas sim que a sua própria esperança ansiosa resultou na criação de
expectativas que falharam. Dizem preferir isso à indolência espiritual.
REFERÊNCIAS
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