domingo, 17 de fevereiro de 2013

DOUTRINAS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ - TÓPICO 1: ESCATOLOGIA



Blog “Testemunhas de Jeová”, de autoria de Superdotado Álaze Gabriel.


ESCATOLOGIA DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Escatologia (do grego antigo εσχατος, último, mais o sufixo logia) é um termo que define o estudo dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final do gênero humano, comumente denominado como fim do mundo. As Testemunhas de Jeová possuem uma interpretação singular do que entendem como fim, não da Terra e de todos os seus habitantes, mas sim de um "sistema de coisas", ou seja, uma determinada ordem mundial que deverá ser substituída por uma outra sociedade terrestre, organizada numa teocracia literal através de um governo de origem divina.

MENSAGEM DE VIGILÂNCIA

As Testemunhas de Jeová são conhecidas, e muitas vezes criticadas, pela sua insistência numa mensagem de aviso da proximidade do fim do atual sistema de coisas e da iminente vinda de Jesus Cristo como Juiz, estendendo a influência do Reino de Deus a toda a Terra. Transmitem o anúncio da proximidade desse dia de Jeová ou dia do Armagedom.
Os principais instrumentos de divulgação da sua mensagem apresentam essa urgência implícita nos títulos, como por exemplo:

·       A Sentinela - Anunciando o Reino de Jeová. Esta revista serve, portanto, como ponto de observação dos acontecimentos mundiais, visando avisar ou alertar sobre a proximidade da chegada do Reino de Deus.
·       Despertai!. Este título é um apelo à vigilância com os mesmos objetivos acima expostos.

Estas revistas são publicadas pela Sociedade Torre de Vigia que, também como o nome indica, pretende ser uma editora que publica a Bíblia e publicações baseadas nela com o objetivo de manter despertos e atentos os seus leitores.
Ao longo dos anos, as Testemunhas de Jeová sempre mostraram um enorme interesse na cronologia bíblica, tentando interpretá-la como forma de se aperceberem da época em que o Armagedom ocorreria. Devido a esse anseio, chegaram mesmo a suspeitar de certos épocas para a sua ocorrência. Quando tais passaram, alguns nas suas fileiras ficaram decepcionados e abandonaram a organização, porém os que tinham amor a Deus, lembraram-se das palavras de Provérbios 4:18: "A vereda do justo é como a luz clara, que clareia mais e mais, até o dia estar firmemente estabelecido". Sim aceitaram que não devia-se estipular uma data, como de fato não ocorreu precisamente então, mas que deviam aguardar o dia de Deus. O dia estava apenas clareando, e não firmemente estabelecido. Lampejos da verdade continuariam clareando suas doutrinas e fé.

SINAL DO FIM DO SISTEMA DE COISAS

As Testemunhas de Jeová, assim como os judeus, devido a observância da lei, acreditam que a Terra jamais será destruída, segundo o que entendem de versículos bíblicos tais como Eclesiastes 1:4, Isaías 45:18, Salmos 37:29 e Salmos 104:5. Ensinam que o propósito de Deus é que o planeta se encha de humanos e que, portanto, a expressão "fim do mundo", ou "fim do sistema de coisas" conforme a versão da Bíblia que usam, refere-se à ocasião em que Deus, através do seu Filho Jesus Cristo, estabelecerá um reino ou governo global, eliminando todos os outros governos humanos; Esta pretensão é a mesma dos judeus, que fundamentados no antigo testamento ou lei, afirmam que se estabelecerá um reinado ou governo de Deus através do Messias (o Filho (Redentor) de Deus, feito da mesma essência) somente para eles, assim como os Testemunhas de Jeová ensinam que será estabelecido o reinado Jesus Cristo sobre si. Este acontecimento global, precedido por um período de "grande tribulação" (Mateus 24:21, 22, 29) como a humanidade nunca sentiu, é por elas conhecido por "dia de Jeová", "guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso" e "Armagedom", conforme inferem de versículos como Daniel 2:44, Joel 1:15 e Revelação 5:9,10; 16:14-16. Esta conflagração universal derrotará todas as nações, bem como as criaturas espirituais iníquas, tal como Satanás e os demônios. Será o culminar de um período que designam de "últimos dias", durante os quais se desenrolam acontecimentos que prenunciam o fim, tal como um sinal anuncia a proximidade de um perigo. Este sinal composto é constituído por características profetizadas por Jesus Cristo e por outros escritores bíblicos. Esta série de eventos, juntos, constituiriam um sinal identificador perceptível em qualquer parte da Terra num dado período da história. As Testemunhas entendem que tais acontecimentos estão referidos na Bíblia nos versículos que se alistam em seguida, conforme apresentados na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas (NM):

·       "Nação se levantará contra nação e reino contra reino." (Mateus 24:7; Revelação 6:4)
·       "Haverá escassez de víveres." (Mateus 24:7; Revelação 6:5, 6, 8)
·       "...num lugar após outro, pestilências." (Lucas 21:11; Revelação 6:8)
·       "Haverá... terremotos num lugar após outro." (Mateus 24:7)
·       "Aumento do que é contra a lei." (Mateus 24:12)
·       "Nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, pretensiosos, soberbos, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, desleais, sem afeição natural, não dispostos a acordos, caluniadores, sem autodomínio, ferozes, sem amor à bondade, traidores, teimosos, enfunados de orgulho, mais amantes de prazeres do que amantes de Deus, tendo uma forma de devoção piedosa, mostrando-se, porém, falsos para com o seu poder." (2 Timóteo 3:1-5)
·       "Arruínam a terra" (Revelação 11:18)
·       "Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada." (Mateus 24:14)

As Testemunhas de Jeová crêem que vivemos agora nesse período de "últimos dias", especialmente desde 1914, data criada pelo seu segundo presidente Joseph Franklin Rutherford ano estabelecido após a morte de seu fundador e primeiro presidente Charles Russel, que havia afirmado que o Espírito Santo que havia sido derramado sobre a igreja americana era o cumprimento das profecias bíblicas e eram fatos físicos indisputáveis, tais fatos eram afirmações sobre o início do pentacostalismo americano, ou derramamento do Espírito Santo sobre as igrejas americanas, disse ainda que esse derramamento seria recolhido, anunciando este fim para o ano de 1914, porém foi perceptivelmente equivocado, no entanto no final do ano de 1927, mesmo sendo notável que este derramamento ainda permanecia sobre as igrejas, Rutherford afirma que esta presença encerrou-se; O estabelecimento deste ano em específico gerou diversas discussões e dissensões entre os líderes da Sociedade, pois os seguidores e leitores cristãos da época entendiam plenamente que tal manifestação espiritual que havia ocorrido em 1874, ainda era notável, e vigentes entre os cristãos, sendo que os escritos dos Estudantes da Bíblia eram aceitos e lidos por todos os cristãos da época e estas afirmações podem ser vistas conforme as instruções em suas publicações:

A profecia da Bíblia mostra que o Senhor haveria de aparecer pela segunda vez no ano 1874. A profecia cumprida mostra para além de qualquer dúvida que ele apareceu no ano 1874. A profecia cumprida é também designada por os factos físicos; e estes factos são indisputáveis. Todos os verdadeiros vigias estão familiarizados com estes factos, conforme apresentados nas Escrituras e explicados na interpretação pelo servo especial do Senhor.

— The Watch Tower, 1 de Novembro de 1922, p. 333 (em inglês).,

"A prova é muito clara e convincente de que a segunda presença de nosso Senhor data de 1874, e que desse tempo em diante o Senhor Jesus tem estado a ajuntar aqueles que fizeram um pacto com o Senhor Deus através de sacrifício.

— The Watch Tower, 15 de Fevereiro de 1927, p. 54 (em inglês).,

O nosso Senhor, o Rei designado, está agora presente, desde Outubro de 1874, A.D., segundo o testemunho dos profetas, para aqueles que têm ouvidos para ouvir: e a inauguração formal do seu cargo real data de Abril de 1878, A.D.: e o primeiro trabalho do Reino, conforme mostrado pelo nosso Senhor, nas suas parábolas e profecias (o ajuntamento dos "seus eleitos") está agora em progresso. "Os mortos em Cristo levantar-se-ão primeiro", explicou o Senhor através do Apóstolo; e a ressurreição da Igreja será num momento. Consequentemente o Reino, conforme representado no nosso Senhor, e os santos adormecidos já aptos e preparados e achados dignos de serem membros do "seu corpo", a "noiva", foi estabelecido em 1878; e a única coisa que falta fazer para estar completo é o "ajuntamento no Senhor" daqueles dos "eleitos" que estão vivos e permanecem cujo julgamento ainda não está completo.

— The Battle of Armageddon, 1913, pp. 621-622, Charles T. Russel (em inglês).,

Estas explanações demonstram claramente que 1874 era o ano afirmado pelos Estudantes Internacionais da Bíblia para ocorrência do segundo advento de Cristo, porém Rutherford no final de 1927 começa uma batalha para o estabelecimento do ano de 1914, como o fim da manifestação do Espírito sobre as Igrejas, além da implantação de suas outras doutrinas, por exemplo, em 1926, começou a desacreditar o ensino de Russell sobre a importância do desenvolvimento do caráter cristão "ou" santificação pessoal, em 1928, Rutherford começou a afastar-se do ensino de Russell natural que os judeus seriam restaurados à Palestina e ao retornar ao favor de Deus, em 1933, afirmou que líderes de negócios judeus foram "arrogantes, auto-importantes e extremamente egoístas", e não tinham posição favorecida com Deus. O ensinamento de que Deus iria restaurar os judeus para a Palestina foi interrompido em torno do mesmo tempo, estudiosos dizem que estes ensinos foram precursores e inspiradores de Hitler no ataque aos judeus, em 1938, quando Rutherford persuadiu a seus seguidores que a organização, cuja cabeça era ele, era a “Teocrácia de Deus” e que a partir de então nem os indivíduos nem grupos de indivíduos entre as Testemunhas deviam ter voz em absoluto na direção da obra, mas todas as ordenações partiriam do escritório central; Rutherford ficou conhecido por sua arrogância e manipulação, como bom advogado que era, manipulou os estatutos da Sociedade Torre de Vigia, de maneira que o presidente seria o diretor e gerente geral da Sociedade Torre de Vigia, expulsando todos os seus desafetos, assumindo total controle dos negócios em todo o mundo, tais descontroles emocionais e seus ensinos foram a causa do desligamento dos Testemunhas de Jeová dos demais cristãos, e diversas discensões entre os Estudantes da Bíblia, criando-se diversos grupos independentes de estudo, pois até então Russel debatia com os demais cristãos em busca da verdade, e entendia e publicava em seus artigos que todos os cristãos faziam parte do grande ajuntamento.
Após a morte de Rutherford, em 1942, assumiu Knorr que iniciou seu projeto de estruturação e organização dos já conhecidos Testemunhas de Jeová desde 1931 (início das transmissões de Rutherford na rede de rádios WBBR), e com doutrinas atríbuidas aos arianistas do segundo século, uma visão Cristológica sustentada pelos seguidores de Arius, bispo de Alexandria nos primeiros tempos da Igreja primitiva, que negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus, que os igualasse, fazendo do Cristo pré-existente uma criatura, além das doutrinas já conhecidas de Rutherford. Em sua busca incessantemente para estabelecer suas doutrinas e evitar problemas renova novamente todo o corpo presidente e diretoria com apoiadores de suas doutrinas e a partir de 1955 estabelece o ano de 1914, como início das tribulações, ensino que é preservado até hoje pelos seguidores:

Porque, então, as nações não se apercebem nem aceitam a aproximação deste clímax de julgamento? É porque elas não acataram o anúncio mundial sobre a volta de Cristo e a sua segunda presença. Desde muito antes da Primeira Guerra Mundial as testemunhas de Jeová apontaram para 1914 como sendo o tempo em que este grande evento ocorreria.

— The Watchtower, 15 de Junho de 1954, p. 370 (em inglês).,

Este ano foi estabelecido devido aos tormentos da época que geraram a 1ª Guerra Mundial(também conhecida como Grande Guerra antes de 1939, e Guerra das Guerras), fundamentando todas os versículos utilizados acima pelas tribulações ocorridas na época.
Este ano foi estabelecido devido aos tormentos da época que geraram a 1ª Guerra Mundial(também conhecida como Grande Guerra antes de 1939, e Guerra das Guerras), fundamentando todas os versículos utilizados acima pelas tribulações ocorridas na época.
Knorr ficou conhecido pelo seu afinco no estabelecimento das doutrinas, criou o Curso Avançado de Ministério Teocrático, uma escola que contou com pesquisa da Bíblia e falar em público, em 1942, Knorr sugeriu que a Sociedade estabelecesse uma outra escola para formar missionários para o serviço em países estrangeiros, o ápice de seus trabalhos ocorreram após a segunda guerra, com suas ajudas financeiras e materiais aos seguidores em necessidade, inicia o projeto de uma tradução Biblíca para fundamentar suas ideologias e começa um projeto de viagens para todos os países, onde estavam estabelecidos seus seguidores, para unificar seus pensamentos, encerrou em 1957 as transmissões da rede WBBR radiodifusora, investindo totalmente em trabalhos porta a porta baseando seus interesses em Atos 20: 20, gerando a implantação das doutrinas sem interferência ou críticas de outros conhecedores da Bíblia, destruindo todas as inscrições anteriores a sua presidência, em 1967, passa a declarar a independência dos Testemunhas de Jeová de qualquer outro grupo, intitulando-os "verdadeiros cristãos":

Desde 1879 a revista A Sentinela tem sido usada por este grupo colectivo de cristãos para dispensar alimento espiritual regularmente àqueles deste 'pequeno rebanho' de verdadeiros cristãos.

— The Watchtower, 1 de Outubro de 1967, p. 590 (em inglês).,
Em 1975, após finalizar seu trabalho doutrinário transforma a presidência da Sociedade da Torre de Vigia no Corpo Governante dos Testemunhas de Jeová, de maneira que somente anciões fariam parte deste governo, baseando-se no entendimento das escrituras, formando assim, um grupo mantenedor de suas doutrinas, evitando que qualquer doutrina diferente de seu trabalho fosse implantada; Durante sua gestão ampliou de 25, para 97 os países alcançados por suas doutrinas.
A doutrina jeovista diz que os que Deus e o seu Juiz designado, Jesus Cristo, considerarem dignos de sobreviver a esse "fim do sistema de coisas" passarão vivos para um novo sistema sob um novo governo celestial, enquanto os demais serão aniquilados para sempre, deixando de existir (2 Tessalonicenses 1:6-10; Salmos 37:9-11; Provérbios 2:21, 22). A humanidade entrará então num período áureo, conhecido por Reinado Milenar, ou seja o governo da Terra às mãos de Cristo e de 144.000 humanos escolhidos e que reinarão com ele desde os céus (Revelação 5:9, 10; 14:1-3; 20:6), e que durante esse governo, milhões de pessoas que não tiveram oportunidade de conhecer a Deus e os seus mandamentos serão ressuscitados dentre os mortos, abrindo-se-lhes a oportunidade de também viverem sem voltar a experimentar a morte. Ensinam ainda que, no fim desse Reino de mil anos, período estipulado para que não haja qualquer dúvida de períodos e que sua previsões não sejam surpreendidas, Satanás e os seus anjos, ou demônios, serão soltos de uma condição de inatividade a que terão sido sujeitos após a derrota no Armagedom (Revelação 20:1, 7). Isto lhes dará uma última oportunidade de exercer a sua influência na Terra após o que, eles junto com os humanos que eventualmente os apoiarem, serão definitivamente eliminados numa morte eterna e sem retorno. Alcançar-se-á então o cumprimento definitivo do propósito original de Deus, de que todos em toda a parte, seja na Terra ou no Céu, adorarão a Jeová em felicidade eterna.
Independente de todas as previsões já feitas para o "Armagedon" teologicamte entende-se que o maior erro cometido por qualquer estudante da bíblia é ignorar a própria escritura e as palavras de Jesus:

Deveras, eu vos digo que esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas aconteçam. Céu e terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai. Persisti em olhar, mantende-vos despertos, pois não sabeis quando é o tempo designado.

Evangelho de Marcos 13: 30 - 33, TNM,

Pois, querer desvendar este mistério é colocar-se em uma posição de igualdade com Deus, estando até acima do próprio Cristo (o Filho de Deus), pois é incompreensível que qualquer ser humano em perfeito juízo e que acredite que a Bíblia foi elaborada através de inspiração Divina, busque matematicamente ou teologicamente inquirir o que não pode ser revelado, ou seja, se a Bíblia é a verdade de Deus, qualquer data declarada será fruto de adivinhação humana.

DATAS PARA O ARMAGEDOM

Alguns críticos referem que as Testemunhas têm mencionado com antecedência diversas datas como hipóteses da ocorrência do fim do sistema de coisas. Mencionam que tais anos criaram expectativas que acabaram por resultar em desapontamento o que os leva a afirmar que as Testemunhas de Jeová têm profetizado falsamente. Os anos mais marcantes, mencionados direta ou indiretamente nas publicações das Testemunhas, ou insinuados pelos críticos como estando implícitos no texto, como prováveis datas para a vinda do Armagedom são os seguintes:

1914

Em 1876, Charles T. Russell escreveu o primeiro de muitos artigos em que apontava para 1914 como o ano do fim dos tempos dos gentios mencionados por Jesus Cristo. (Lucas 21:24 Almeida, versão Corrigida e Fiel). No seu número de 15 de outubro de 1913, A Sentinela (em inglês) declarou:
"Segundo o melhor cálculo cronológico de que somos capazes, é aproximadamente nessa época — em outubro de 1914, ou então mais tarde. Sem dogmatizar, estamos aguardando certos eventos: (1) O fim dos Tempos dos Gentios — a supremacia gentia no mundo — e (2) o início do Reino do Messias no mundo."
Com a aproximação de 1914, cresciam as expectativas. No The Bible Students Monthly (Volume VI, nº 1, publicado no início de 1914), Russell escreveu:
"Se temos a correta data e cronologia, os Tempos dos Gentios findarão este ano — 1914. O que significa isso? Não sabemos com certeza. A nossa expectativa é de que o domínio ativo do Messias começará por volta do fim da concessão de poder aos gentios. A nossa expectativa, certa ou errada, é que ocorrerão maravilhosas manifestações dos julgamentos divinos contra toda a injustiça, e que isto significará o colapso de muitas instituições atuais, se não de todas."
Mas como se sentiram quando isso não ocorreu em 1914? A revista A Sentinela (em inglês) de 15 de abril de 1916, declarou:
"Cremos que as datas revelaram ser bem corretas. Cremos que os Tempos dos Gentios findaram." Contudo, acrescentou: "O Senhor não disse que a Igreja toda seria glorificada em 1914. Nós meramente inferimos isso e, evidentemente, erramos."
Alguns críticos afirmam que as Testemunhas de Jeová anunciaram o fim do mundo para 1914. Mas embora as próprias Testemunhas de Jeová reconheçam que nem todas suas expectativas se realizaram naquele ano, elas esclarecem que segundo seu estudo da cronologia bíblica, este ano sinalizou e marcou o "fim dos tempos dos gentios" ou o "fim dos tempos designados das nações" (governos humanos) e que o fim desse período em 1914, marcou o novo tempo designado para Deus empossar seu rei escolhido, quando o próprio Jesus Cristo entronizado, avançaria na conquista do domínio de toda a Terra.[1]

1925

O discurso Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão, proferido por J. F. Rutherford em 21 de março de 1920 no Hippodrome, na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos da América, dirigiu atenção ao ano de 1925. Num folheto publicado naquele mesmo ano, foi dito que, se 70 plenos jubileus fossem calculados a partir da data em que Israel, segundo se entendia, entrou na Terra Prometida, isso poderia apontar para o ano de 1925. À base do que se escreveu ali, muitos esperavam que os que possuíam esperança celestial recebessem a sua recompensa no Céu em 1925. Esse ano também foi relacionado com a expectativa de ressurreição de fiéis servos de Deus pré-cristãos, para que servissem na Terra como príncipes representantes do Reino celestial. Se isso realmente ocorresse, isso significaria que a humanidade entraria numa era em que a morte deixaria de dominar e milhões que então viviam podiam ter a esperança de nunca desaparecer da Terra. Embora equivocada, os Estudantes da Bíblia, como eram então conhecidas as Testemunhas de Jeová, partilharam ansiosamente essa esperança com outros. Os cálculos de tempo e as expectativas criadas causaram sérios desapontamentos. Depois de 1925, a assistência às reuniões caiu drasticamente em algumas congregações, especialmente em alguns países Europeus.

1975

As Testemunhas já por muito tempo partilhavam a crença de que o Reinado Milenar de Cristo viria depois de 6.000 anos de história humana. O livro Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus, lançado (em inglês) numa série de Congressos de Distrito em 1966, apontava para 1975 como a época em que se perfazia seis milênios desde a criação de Adão. Ainda no local, quando os congressistas examinaram o conteúdo, o novo livro suscitou muitos comentários sobre 1975.
No congresso realizado em Baltimore, Maryland, Estados Unidos da América, o discurso concludente foi proferido por F. W. Franz. Ele começou por dizer:
"Pouco antes de subir à tribuna, um jovem aproximou-se de mim e disse: 'Diga-me, que significa esse 1975?'" Franz mencionou muitas perguntas feitas sobre se a matéria no novo livro quereria dizer que em 1975 o Armagedom ocorreria. Ele acrescentou, em síntese: "Pode ser. Mas não estamos dizendo isso. Todas as coisas são possíveis a Deus. Mas não estamos dizendo isso. E que ninguém seja específico ao falar sobre o que irá acontecer a partir de agora até 1975. Mas, prezados irmãos, a grande questão é: o tempo é curto. O tempo está-se esgotando, não resta dúvida sobre isso."
Nos anos que se seguiram a 1966, muitas Testemunhas de Jeová começaram a criar vivas expectativas que, evidentemente, não se cumpriram. O livro Testemunhas de Jeová - Proclamadores do Reino de Deus, publicado pela Sociedade Torre de Vigia, em 1993, na página 633, após mencionar as expectativas referentes a 1925 informa:

"De novo, em 1975, houve desapontamento quando as expectativas sobre o início do Milênio não se concretizaram. Em resultado, alguns se afastaram da organização. Outros, porque tentaram subverter a fé de associados, foram desassociados. Sem dúvida, o desapontamento com relação à data era um fator, mas, em alguns casos, as raízes eram mais profundas."

Referente ao que se falou sobre 1975, o livro admitiu, na página 104:

"Outras declarações foram publicadas sobre esse assunto, e algumas foram provavelmente mais taxativas do que seria aconselhável."

Isso foi também reconhecido no exemplar de A Sentinela de 15 de setembro de 1980, na página 17:

"Se permanecermos fiéis, Deus não nos deixará cometer erros ruinosos. Mas, às vezes, ele permite que erremos, para que entendamos a necessidade de sempre recorrer a ele e à sua Palavra. Isto fortalece nossa relação com ele e nossa perseverança enquanto esperamos. Aprendemos de nossos enganos que é necessário termos mais cuidado no futuro. Os cristãos, no decorrer dos séculos, sempre tiveram o forte desejo de que o novo sistema de coisas tomasse totalmente conta da terra. E por causa de sua própria vida curta, sem dúvida, ansiavam que isso viesse durante o seu período de vida. Os que têm procurado manter "bem em mente" o tempo de julgamento por Deus, em mais de uma ocasião, na história, têm ficado excessivamente ansiosos de que aquele dia chegasse, procurando acelerar, na sua própria mente, a chegada dos acontecimentos desejados. (2 Pedro 3:12) (...) Nos tempos modernos, tal avidez, embora elogiável em si mesma, tem levado a tentativas de fixar datas para a desejada libertação do sofrimento e das dificuldades, que são o quinhão das pessoas em toda a terra. Quando foi publicado o livro Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus e seus comentários sobre quão apropriado seria se o reinado milenar de Cristo fosse paralelo ao sétimo milênio da existência do homem, criou-se muita expectativa sobre o ano de 1975. Fizeram-se naquele tempo, e depois, declarações que enfatizavam que se tratava apenas de uma possibilidade. Infelizmente, porém, ao lado de tal informação acauteladora, publicaram-se outras declarações que davam a entender que tal cumprimento da esperança até aquele ano era mais uma probabilidade do que mera possibilidade. Lamenta-se que estas últimas declarações, pelo visto, tenham ofuscado as acauteladoras e tenham contribuído para o aumento duma expectativa já criada. A Sentinela, no seu número de 15 de janeiro de 1977, comentou que não era aconselhável fixarmos a vista em determinada data, dizendo: "Caso alguém tenha ficado desapontado, por não seguir este raciocínio, deve agora concentrar-se em reajustar seu ponto de vista, por não ter sido a palavra de Deus que falhou ou o enganou e lhe causou desapontamento, mas, sim, seu próprio entendimento baseado em premissas erradas." Ao dizer "alguém", A Sentinela incluiu todos os desapontados entre as Testemunhas de Jeová, portanto, inclusive os que tinham que ver com a publicação da informação que contribuiu para criar as esperanças que giravam em torno daquela data."

"" REINADO MILENAR DE JESUS CRISTO "" Em 1975 foi especulado que o Reinado Milenar de Jesus Cristo iniciaria após ter completado os 6.000 anos de descanso de Jeová. Sabemos disso pois segundo o livro "Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa" informa que Adão foi criado em 4026 AEC e até 1975 EC completaria 6.000 anos da história da humanidade e então levaria ao Armagedom para que então inicia-se o Reinado de Jesus Cristo. Após o Reinado não ter começado em 1975 EC foi explicado o seguinte a respeito: Em 1963 (1966 em português), o livro Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa depois de calcular que Adão tinha sido criado em 4026 a.C., afirmou nas páginas. 286-7: "De que importância é isto hoje? A primeira edição deste livro em português, de 1966, dizia: Significa isto, então, que até 1966 temos passado 5 991 anos do 'dia' em que Jeová vem descansando de toda a sua obra? (Génesis 2:3) Não, pois a criação de Adão não corresponde com o começo do dia de descanso de Jeová. Seguindo a criação de Adão, e ainda dentro do sexto dia criativo, parece que Jeová formou outras criações de animais e aves. Também, fez que Adão desse nome aos animais, que levaria algum tempo, e passou a criar a Eva. ... Qualquer tempo decorrido entre a criação de Adão e o término do dia sexto deve ser subtraído dos 5 991 anos, a fim de dar o real período de tempo desde o princípio do dia sétimo até [ 1966 ]. Não adianta usar a cronologia bíblica para especular sobre datas que se acham ainda no futuro, na corrente do tempo. Mateus 24:36." A resposta a essa dúvida que talvez muitos tenham é que na realidade Adão e Eva foram sim, criados no mesmo ano de 4026 AEC. Pois Jeová não aguardaria Adão ficar sem Eva durante 38 anos que fazem agora em 2013, pois assim quando Jeová deu a tarefa para Adão dar nomes aos animais, é com absoluta certeza que Adão não ficou fazendo isso durante 38 anos e além do mais, sentindo solidão. O fato é que quando usaram o calendário gregoriano para calcular até a criação de Adão e conseguiram saber o ano, esqueceram de saber um pequeno detalhe que faz toda a diferença na corrente do tempo, que desde 4026 AEC até 2 AEC, ninguém utilizava o calendário gregoriano, mas sim o calendário hebraico, o calendário gregoriano só tem valor a partir do nascimento de Jesus Cristo pelo fato de que por esse motivo nós estamos hoje no ano de 2013 EC ou por assim dizer, em 2013 durante a Era Cristã. Feito isso, não se especulou mais sobre quando se completaria os 6.000 anos até agora. Mas como Jesus mesmo disse certa vez, devemos nos manter vigilantes pois o Dia de Jeová virá como ladrão e pegará muitas pessoas dormindo e sem saber o que está acontecendo no mundo e em que tempo estamos vivendo. Vou lhes informar através do livro "Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa" e "Estudo Perspicaz Das Escrituras" como eu fiquei sabendo o porque que em 1975 EC não poderia iniciar o Reinado Milenar de Jesus Cristo e quando é que poderá acontecer. O Tempo é unidirecional. Como o tráfego numa rua de mão única, o tempo passa inexoravelmente num só sentido - para a frente, sempre para a frente. Qualquer que seja sua velocidade para a frente, jamais se pode fazer o tempo recuar. Estamos interessados no uso sábio do tempo, pois nosso futuro depende disso - Efésios 5:15,16. "E Deus prosseguiu, dizendo: 'Venha a haver luzeiros na expansão dos céus para fazerem separação entre o dia e a noite; e eles terão de servir de sinais, e para épocas, e para dias, e para anos.'" (Gênesis 1:14) Assim, como um grande número de objetos com propósitos interligados, esses corpos celestes se movem nos seus ciclos perfeitos, e medem sem parar e sem erro o movimento unidirecional do tempo. Existem 3 tipos de calendários que devemos levar em questão quanto a quando se completará os 6.000 anos, sendo: Calendário Hebraico, Calendário Gregoriano e o Calendário de Jeová(Ano Profético). [editar]O Calendário Hebraico (Ano Lunar) é baseado na contagem de que cada ano tem 354 dias com [editar]O Calendário Gregoriano (Ano Solar) é baseado na contagem de que cada ano tem 365.25 dias == O Calendário de Jeová (Ano Profético) é baseado na contagem de que cada ano tem 360 dias == (O Calendário de Jeová(Ano Profético) é baseado no ponto de vista de Jeová de quanto tempo tem um ano do ponto de vista dele. Porque as estações e outras coisas que interferem no tempo, interferem somente para nós, mas não para Jeová, a resposta está no final desse assunto. Agora vou lhes explicar outra coisa. Aqui segue o cálculo simples, fácil de entender, mas difícil de acreditar para aqueles que persistem em dizer que o dia e a hora ninguém sabe, sim isso eu já sei, mas isso não impediu de anunciar 1914, não impediu de especular 1975. (15 Setembro/15 Outubro) 4026 AEC até 2 AEC = 4024 anos 4024 anos x 354 dias (Calendário Hebraico) = 1424496 dias (15 Setembro/15 Outubro) 2 AEC até 15 Setembro/15 Outubro 2012 = 2013 anos 2013 anos x 365.25 dias (Calendário Gregoriano) = 735248.25 dias Somando os resultados do período do Calendário Hebraico e o período do Calendário Gregoriano: 1424496 dias + 735248.25 dias = 2159744.2 dias O resultado da soma dos dois calendários dividimos pelo Calendário de Jeová que tem como base o Ano Profético de 360 dias: 2159744.2 dias / 360 dias = 5999.2894 anos em 15/Setembro - 15/Outubro de 2012. Faltando 255 dias e algumas horas para completar os 2160000 dias que divididos por 360 é igual a 6000 anos que se completa por volta de 28 de Maio a 02 de Agosto de 2013. """"""" ATENÇÃO """"""""" Eu não sou professo ser ungido, nem profeta, nem apóstata. Estou compartilhando isso aqui porque estou DESASSOCIADO e ninguém vai me ouvir mesmo, mas acredito de a internet hoje é o melhor meio de divulgar aquilo que aprendemos e que gostaríamos de compartilhar. Ao passo que os cristãos, hoje, costumam usar o calendário vigente no seu respectivo país, apercebem-se que o Deus da Eternidade, Jeová, tem seu próprio calendário referente aos eventos, não governado por sistemas humanos de cálculo. Conforme escreveu o profeta Daniel: "Ele muda os tempos e as épocas, removendo reis e estabelecendo reis, dando sabedoria aos sábios e conhecimento aos que têm discernimento. Ele revela as coisas profundas e as coisas escondidas, sabendo o que há na escuridão; e com ele habita a luz" (Daniel 2:21,22) Portanto, na sua posição de Soberano Universal, ele está muito acima da terra girante que tem dia e noite, ciclos lunares e ano solar. Todavia, na sua Palavra, a Bíblia, Deus relata prestimosamente suas ações e seus propósitos com relação a tais medições do tempo, permitindo assim que suas criaturas na terra fiquem sabendo onde estão com relação ao Seu grandioso calendário de eventos.

COMO RESPONDEM À ACUSAÇÃO DE SEREM FALSOS PROFETAS

Os seus críticos apontam as expectativas falhadas como prova da sua falsidade como profetas, baseando-se nas palavras de Deuteronômio 18:20-22, que informa:
"No entanto, o profeta que presumir de falar em meu nome alguma palavra que não lhe mandei falar ou que falar em nome de outros deuses, tal profeta terá de morrer. E caso digas no teu coração: 'Como saberemos qual a palavra que Jeová não falou?' quando o profeta falar em nome de Jeová e a palavra não suceder nem se cumprir, esta é a palavra que Jeová não falou. O profeta proferiu-a presunçosamente. Não deves ficar amedrontado por causa dele." (NM)

NÃO AFIRMAM SER INSPIRADAS

Às acusações de profecias falsas, as Testemunhas de Jeová respondem por referir que nunca afirmaram ser inspirados por Deus como acontecia com os profetas dos tempos bíblicos, com os Apóstolos e muito menos com Jesus Cristo, o Messias, a quem o contexto das palavras de Deuteronômio citadas acima evidentemente se referia. A Sentinela, expressou várias vezes esse conceito. Por exemplo, afirmou em janeiro de 1883, página 425:

"Não temos o dom da profecia."

Reiterou esta posição em 15 de dezembro de 1896, página 306:

"Não desejamos que os nossos escritos sejam reverenciados ou considerados infalíveis."

Com referência à sua crença de que alguns são ungidos pelo espírito de Jeová, a revista disse também em setembro de 1947, página 135:

"Não significa que os que servem agora como testemunhas de Jeová são inspirados. Não significa que os escritos nesta revista A Sentinela são inspirados e infalíveis e sem erros."

Acrescentou em 15 de agosto de 1950, página 263:

"A Sentinela não se diz inspirada em suas pronunciações nem é dogmática."

Mais recentemente, em 15 de agosto de 1981, página 19, reconheceu:

"Os irmãos que preparam essas publicações não são infalíveis. Seus escritos não são inspirados assim como eram os de Paulo e dos outros escritores bíblicos. (2 Timóteo 3:16) E assim, às vezes, tornou-se necessário corrigir conceitos, conforme o entendimento se tornou mais claro (Provérbios 4:18)."

Com relação aos símbolos contidos em Revelação ou Apocalipse, as Testemunhas de Jeová publicaram vários livros ao longo do Século XX contendo as suas explicações sobre a aplicação dos quadros proféticos daquele último livro da Bíblia. O mais recente livro sobre esse assunto foi publicado em 1988 (com revisão em 2006) com o título: "Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo". Na página 9 inclui o seguinte esclarecimento:

"Não se afirma que as explicações nesta publicação sejam infalíveis. Dizemos assim como José, na antiguidade: “Não pertencem a Deus as interpretações?” (Gênesis 40:8) Ao mesmo tempo, porém, cremos firmemente que as explicações apresentadas aqui se harmonizam com a Bíblia na sua inteireza, mostrando quão notavelmente a profecia divina se tem cumprido nos acontecimentos mundiais de nossos tempos catastróficos."

PORQUE MANTÊM A EXPECTATIVA ANSIOSA

Apesar das expectativas falhadas quanto a certas datas, as Testemunhas afirmam que isso seria natural e de esperar entre os adoradores de Deus. Argumentam que desde a revelação de Jeová no Éden, de que a serpente, ou Satanás, seria esmagado, os Seus servos fiéis sempre tiveram uma viva curiosidade de saber como se realizaria o propósito divino. Mencionam que até mesmo os anjos mostraram curiosidade sobre isso! (1 Pedro 1:12)
Com a vinda de Jesus Cristo e as suas profecias sobre a sua Segunda Vinda, a necessidade de manter a expectativa aumentou. O próprio Jesus exortou:

·       Marcos 13:32-37

"Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai. Persisti em olhar, mantende-vos despertos, pois não sabeis quando é o tempo designado. É semelhante a um homem que viajou para fora e deixou a sua casa, dando autoridade aos seus escravos, a cada um o seu trabalho, e ordenou ao porteiro que se mantivesse vigilante. Portanto, mantende-vos vigilantes, pois não sabeis quando vem o senhor da casa, quer tarde no dia, quer à meia-noite, quer ao canto do galo, quer cedo de manhã; a fim de que, ao chegar ele repentinamente, não vos ache dormindo. Mas, o que eu vos digo, digo a todos: Mantende-vos vigilantes." (NM)
As Testemunhas lembram que nos dias de Jesus, muitos estavam intensamente interessados em saber o tempo exato da vinda do Reino. Jesus, porém, disse-lhes repetidas vezes que não lhes pertencia saber isso mas, antes, exortou-os a prestarem atenção às suas responsabilidades cristãs, mantendo cada dia o senso de urgência, conforme as suas palavras registadas:

·       Lucas 21:34-36

"Mas, prestai atenção a vós mesmos, para que os vossos corações nunca fiquem sobrecarregados com o excesso no comer, e com a imoderação no beber, e com as ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vós instantaneamente como um laço. Pois virá sobre todos os que moram na face de toda a terra. Portanto, mantende-vos despertos, fazendo todo o tempo súplica para que sejais bem sucedidos em escapar de todas estas coisas que estão destinadas a ocorrer, e em ficar em pé diante do Filho do homem." (NM)

Após a morte de Cristo, os Apóstolos mantiveram este apelo à vigilância e expectativa da Segunda Vinda e do consequente Armagedom. O apóstolo Pedro exortou:

·       1 Pedro 4:7

"Tem-se aproximado o fim de todas as coisas. Sede ajuizados, portanto, e sede vigilantes, visando as orações." (NM)
Crê-se que as três cartas atribuídas ao apóstolo João e a Revelação, ou Apocalipse, foram todas escritas depois de 70 EC. Na sua primeira carta, João aconselha os cristãos a permanecer em união com Cristo enquanto aguardavam a manifestação Dele. (1 João 3:2) Em todas as três cartas, João adverte contra apóstatas. Quanto à Revelação, desde o início até o fim se enfatiza a vinda de Cristo na glória do seu Reino, sendo a sua penúltima expressão, no capítulo 22, versículo 20:

"Amém! Vem, Senhor Jesus!"

Ernst Benz, professor de história eclesiástica, escreve:

"As últimas coisas (escatologia) eram as coisas prioritárias, em termos de urgência, para os fiéis da primitiva igreja. A essência central da fé e da esperança deles era o vindouro Reino de Deus."

Mesmo que o Reino não viesse durante a vida deles, essa atitude correta de expectativa protegeria os cristãos de ficarem espiritualmente sonolentos. Após a morte dos apóstolos, alguns conceberam idéias errôneas quanto à proximidade da vinda de Cristo no seu Reino. C. J. Cadoux, em sua obra A Primitiva Igreja e o Mundo (em inglês), declara:

"Irineu [Século II EC] e Hipólito [fim do Século II e início do Século III EC] pensavam ser possível calcular com algum grau de exatidão o tempo em que viria o fim."

Alguns, devido a uma cronologia inexata, achavam que 6.000 anos de história humana quase já se haviam passado, e que estava próximo o advento do sétimo milênio. Estavam errados, naturalmente. Mas, pelo menos esforçavam-se a manter-se espiritualmente despertos. Por outro lado, a maioria dos professos cristãos perderam todo o senso de urgência e de expectativa do Reino. O Dicionário Teológico do Novo Testamento (em inglês) informa:

"Influenciados pela metafísica de Platão e pela ética dos estóicos, os apologistas cristãos [padres da igreja do Século II e III EC] fazem pouco uso do conceito do reino de Deus. Ao passo que possuem uma escatologia, esta é dominada pela idéia da perfeição do cristão individual. (...) Os conceitos gregos da imortalidade, da vida eterna e do conhecimento são mais importantes do que o conceito bíblico do Reino de Deus. (...) De modo similar, em Orígenes [c. 185 --- c. 254 EC], (...) quase não há lugar para a mensagem bíblica do Reino de Deus."

As Testemunhas recordam que na maior parte, esta foi a atitude que prevaleceu no decorrer dos séculos entre as igrejas chamadas cristãs. A Enciclopédia Britânica revela:

"Desde o tempo do imperador romano Constantino (morreu em 337 EC), o reconhecimento político do cristianismo tem sido entendido como esperança cumprida no Reino de Cristo. A escatologia futurista continuou a existir nas seitas clandestinas que sofriam repressão. (...) No período que precedeu a Reforma do Século XVI, grupos heréticos (...) acusaram a Igreja de Roma de trair a iminente expectativa escatológica original."

As Testemunhas reclamam para si o reavivamento desta expectativa e vigilância ordenada por Jesus Cristo. É com este senso de vigilância que dizem viver, reagindo imediatamente a cada sinal que lhes indique a eventual vinda de Jesus, mesmo que isso signifique a precipitação ou falso alarme. Afirmam que os anteriores conceitos errôneos não significavam que a promessa de Deus fosse errada, ou que Ele tivesse cometido um engano, mas sim que a sua própria esperança ansiosa resultou na criação de expectativas que falharam. Dizem preferir isso à indolência espiritual.

REFERÊNCIAS

1.    Documentário Testemunhas de Jeová - Fé em Ação, parte 1: Da Escuridão para Luz - em DVD -2010



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